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CIDADE & REGIÃO

27/09/2013

Movimento Sem Terra faz reivindicações na Prefeitura

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Cerca de 50 integrantes do MST que estão acampados em uma fazenda de Penápolis estiveram reunidos com o prefeito na manhã de ontem

DA REPORTAGEM

 

Representantes do Movimento Sem Terra que estão acampados às margens da rodovia Marechal Rondon (SP 300), próximo da fazenda São José, em Penápolis, estiveram na manhã de ontem reunidos com o prefeito Célio de Oliveira (PSD) e alguns secretários municipais. Eles foram até a Prefeitura levar algumas reivindicações ao prefeito visando maior assistência do poder público para com o acampamento.

Os integrantes - cerca de 50 pessoas entre crianças e adultos - conversaram com o prefeito por quase uma hora. Eles também estiveram na última segunda-feira (23) na Câmara Municipal para pedir apoio aos vereadores. Segundo o que foi exposto durante a reunião na prefeitura, o motivo da ida dos integrantes do movimento, foi devido a demora do prefeito em ir visitá-los no acampamento "Nelson Mandela" para que ele pudesse acompanhar a situação dos acampados e ouvir suas reivindicações. A presença do MST na prefeitura foi pacífica e entre as reivindicações apresentadas está a solicitação de terras da prefeitura para que eles montem um assentamento. O prefeito explicou a inviabilidade do pedido, pois as terras da prefeitura não podem ser repassadas para este fim, então foi sugerido a ele a intervenção junto ao Governo do Estado para que terras próximas ao Colégio técnico Agrícola sejam repassadas para a reforma agrária, além de outros assuntos a serem discutidos com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). "Entendo que temos que trabalhar para resolvermos determinadas situações do MST juntos e de forma ordeira. Eles me pediram algumas intervenções junto ao INCRA relacionados à reforma agrária e assim vamos ver o que pode ser feito por eles. Na próxima semana estarei em São Paulo para tratar de outros assuntos e vamos tentar viabilizar um encontro com representantes do INCRA para discutirmos os pedidos", comentou Célio de Oliveira.

 

Mais reivindicações

Além dos assuntos relacionados às terras para a reforma agrária, os integrantes do MST realizaram outros pedidos em prol aos acampados em Penápolis, como a distribuição de água potável. Segundo eles, no local existe uma mina d’água que é utilizada para consumo e outros fins, mas que não se sabe da qualidade, se está ou não imprópria para consumo. "Antes de tudo, preciso conversar com a presidente do Daep, Silvia Shinkai, para que uma equipe seja enviada ao local para realizar análises da água. Depois disso, caso essa água da mina seja imprópria para consumo, temos que verificar a viabilidade do Daep fornecer a água para o acampamento, sendo isso muito bem discutido e estudado pelos profissionais do Daep", explicou o prefeito. Entrou na pauta de pedidos a instalação de banheiros químicos no acampamento e a disponibilidade de um caminhão da prefeitura para que, semanalmente, verduras e legumes fossem recolhidos do assentamento em Promissão e levados até os acampados próximo à fazenda São José. Eles também pediram outro caminhão para buscar mensalmente na cidade de Bauru, 150 cestas básicas que serão distribuídas aos acampados através de um programa assistencialista. Outra preocupação dos acampados é em relação ao estudo das crianças e a saúde dos integrantes, principalmente das crianças e idosos. "Com relação à saúde das pessoas do acampamento e a escola das crianças, vamos ter que providenciar para que as famílias sejam atendidas pelo Programa Saúde da Família, bem como teremos que providenciar ônibus para as crianças irem para a escola, já que é um direito delas. Quanto aos demais pedidos ainda temos que analisar a viabilidade e o que pode ser feito. Enviaremos ao local uma equipe da Secretaria de Assistência Social para que um acompanhamento destas família seja feito, tendo um respaldo da prefeitura, já que o acampamento está localizado em nossa cidade", ressaltou Célio.

 

Acampamento

O grupo está acampado próximo a fazenda desde o fim de Agosto quando os membros do assentamento ocuparam parte da rodovia Marechal Rondon (SP 300) para pedir a inclusão das terras na reforma agrária. As famílias foram inscritas no programa do INCRA, que tem o objetivo de organizar os integrantes do movimento a fim de que, caso a fazenda seja incluída na reforma agrária – 527 alqueires - as terras possam ser divididas. Um dos coordenadores do acampamento explicou que a maioria dos integrantes do assentamento é de penapolenses, alguns inclusive, ex-funcionários da Usina Campestre, empresa pertencente à família proprietária da fazenda. "Estas terras foram colocadas à disposição de bancos, como garantia dos empréstimos feitos pela Campestre. Como os pagamentos não foram efetuados, a fazenda pertenceria ao banco. Nossa expectativa é a de que o INCRA inclua estas terras no plano de reforma agrária", completou. Caso isso ocorra poderá beneficiar até 150 famílias. (Rafael Machi)

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