Motoristas sentem no bolso os altos preços da gasolina

DA REPORTAGEM

Os proprietários de veículos à gasolina estão sentindo no bolso o alto preço do combustível pago nos últimos dias nas bombas de postos de Penápolis, que em 90% deles já comercializa a gasolina acima de R$ 4. Os valores encontrados são os maiores já registrados no município e acompanham outras grandes cidades da região, como Birigui e Araçatuba, mas vão, na contramão do que anunciou recentemente a Petrobrás, que diminuiu o valor da gasolina em pouco mais de 2% nas refinarias.

Segundo pesquisa feita pelo DIÁRIO DE PENÁPOLIS, a média de preço encontrado na cidade até ontem era de R$ 4,03. O valor mais baixo encontrado foi de R$ 3,99. Por outro lado, no posto que comercializava o litro mais caro da gasolina era de R$ 4,07. Os valores são referentes ao preço da gasolina comum. Os chamados combustíveis aditivados chegam a R$ 4,18 o litro. Os preços praticados em Penápolis acompanham a média de valores encontrados nas cidades de maiores portes na região. Pelo menos é o que foi apurado junto ao levantamento de preços apresentados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Em Araçatuba, por exemplo, a média de preço da gasolina é de R$ 4,01. O combustível mais barato pode ser encontrado a R$ 3,94, enquanto que o mais caro chega a custar naquela cidade R$ 4,09. O mesmo acontece em Birigui. Segundo o levantamento de preços da ANP, a média da gasolina custa R$ 4,03. O valor mais barato comercializado é de R$ 3,94, o mais caro nos postos de Birigui chega a R$ 4,08.

Sobe e desce

O preço médio da gasolina voltou a subir na última semana, de 3,96 reais para 4,02 reais por litro, segundo dados da ANP. Foi à quarta alta semanal consecutiva, e o combustível atingiu o valor mais alto no ano. O levantamento levou em conta o valor cobrado em 3.100 postos no país. Para as distribuidoras, o preço da gasolina cobrado pela Petrobras foi reajustado quatro vezes na última semana, o que representou uma alta acumulada de 2,43%, segundo dados divulgados pela estatal. As mudanças são parte da política que a empresa adota desde julho, que permite alterações diárias, segundo cálculo que leva em conta fatores como o preço internacional. Os postos têm liberdade para definir o preço que cobram dos consumidores. Desde julho, os reajustes na gasolina e no diesel, vendidos pela Petrobras somam 22,96% e 25,39%, respectivamente. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse nesta semana que os sucessivos aumentos no preço da gasolina não são culpa da estatal, e sim do aumento dos impostos, elevações feitas pelo governo do presidente Michel Temer. (Rafael Machi)