Moradia Econômica: primeiro projeto será no Regina Célia

O primeiro projeto do "Moradia Econômica", de responsabilidade do integrante da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Penápolis (AEAPenápolis), engenheiro civil Paulo Monreal, será realizado no bairro Regina Célia. Na manhã de ontem, o profissional esteve com o proprietário do imóvel e primeiro contemplado, tratador de piscinas Denis Aparecido Meira, 22 anos, para definir detalhes da moradia. Denis selecionou o projeto mais adequado à sua realidade. O prédio terá uma área construída de 59,80 metros quadrados - o limite é de 60 metros quadrados. Compreende dois dormitórios; sala e cozinha integradas e banheiro. "Projetos de edificações com ambientes integrados são muito procurados", comentou Paulo. A partir da definição do projeto, o engenheiro elabora a planta. Depois de aprovada pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), a AEAPenápolis subsidia as cópias e fornece a Caderneta de Obras. Para o Moradia Econômica, é emitida pelo engenheiro a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) social, que tem um custo simbólico de R$ 1 fixado pelo Crea.  Conforme estimou Paulo Monreal, a previsão de liberação do Alvará de Construção pelo setor de Engenharia da Prefeitura é de 10 dias. "Em breve, Denis poderá dar início à construção de sua casa", completa.

SONHO
Ter a casa própria é um sonho de Denis. Em junho, ele deu o primeiro passo quando adquiriu o terreno. Logo, soube do projeto Moradia Econômica e procurou a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Sasc) para inscrever-se. "Não teria dinheiro para pagar a planta da casa. Fico feliz por ter esta ajuda que vai encurtar o tempo de espera pela casa própria", afirma. Com a ajuda de familiares, Denis pretende dar início às obras quando todos os trâmites do projeto estiverem concluídos. O tratador de piscinas tem o apoio de familiares: a mãe cede um cômodo nos fundos de sua casa para eliminar a despesa do aluguel e outros membros da família colaboram adquirindo itens da lista de materiais para construção. Quando concluídas as instalações elétrica e hidráulica da casa, ele, a esposa Jéssica Regina de Almeida e o filho do casal Cauã Mateus de Almeida Meira, de um ano, já pretendem morar no imóvel. Uma opção que se tornou possível pela inclusão no Moradia Econômica da emissão da Certidão Habite-se, documento que atesta que o imóvel foi construído dentro das normas estabelecidas pela prefeitura para a aprovação de projetos. Além de Denis, membros de outras quatro famílias contempladas pelo Moradia Econômica estiveram nesta semana na AEAPenápolis para agendar encontro com engenheiros e arquitetos. Todas as quartas-feiras, a Sasc encaminhará novos selecionados à associação para esta finalidade.  (AI/AEAPenápolis)

Foto: Paulo Monreal de Denis definem detalhes de projeto

AEAPenápolis: Pioneira em projeto no estado

A Associação dos Engenheiros, Agrônomos e Arquitetos de Penápolis (AEAPenápolis) é a primeira do estado de São Paulo a implantar em parceria com a prefeitura projeto em prol a carentes com projetos de habitação de interesse social. Nesta primeira etapa, que deve ser concluída até o final do ano pelos profissionais, serão 100 plantas elaboradas a custo zero para famílias selecionadas.
A iniciativa representa investimentos na ordem de R$ 46,6 mil, sendo R$ 38.360,00 subsidiados pelo Ministério das Cidades e o restante custeado pelo município. Moradia Econômica tem efeito em Penápolis pela Lei Municipal nº. 1.519/08. "A lei dá autonomia ainda de manter esta iniciativa que é um exemplo de responsabilidade social. A associação é pioneira dentre outras 500 unidades espalhadas pelo estado e queremos dar continuidade a esta ação", comenta o presidente da AEAPenápolis, Newton Geraissate. Além de todo trâmite burocrático, o projeto Moradia Econômica também determina as visitas técnicas pelos profissionais nas obras com o intuito de fiscalizar se estão de acordo com os projetos - sujeitas a embargo pela Prefeitura de Penápolis do contrário. (AI/AEAPenápolis)