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CIDADE & REGIÃO

29/09/2012

MISTÉRIO DESFEITO: Ossada é de João Torres; polícia prende ex-mulher

Arquivo/DIÁRIO
Detalhes Notícia
A ossada de João Torres estava enterrada em um poço artesiano no sítio da vítima

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil de Penápolis revelou na manhã de ontem que um exame de DNA feito em uma ossada encontrada no início do mês de junho provou que realmente se tratava dos restos mortais do advogado João Torres. O fato aconteceu em um sítio localizado no ‘Pico do Papagaio’, às margens da rodovia Marechal Rondon, em Penápolis. Diante dos fatos, um mandado de prisão temporária foi expedido contra a ex-mulher do advogado, que é suspeita do crime. Ela foi presa na manhã de ontem, o outro suspeito, o capataz do sítio já estava preso por conta de outro crime. Segundo o delegado responsável pela investigação, Mauro Gabriel, após a confirmação de que a ossada seria de Torres, foi pedido um mandado de prisão temporária contra o casal, que foi expedido na tarde de quinta-feira, 27, pelo Fórum de Penápolis. Na manhã de ontem, os investigadores da Delegacia do Município foram até a casa da ex-mulher do advogado onde a prenderam e encaminharam para a delegacia para prestar mais esclarecimentos. Mauro explicou que ela apresentava sinais de insanidade mental e que exames clínicos serão solicitados. “Vamos solicitar estes exames para esclarecer estas dúvidas, mas no momento da prisão perguntamos para sua filha que informou que a mãe não realiza nenhum tipo de acompanhamento médico”, explicou. O homem envolvido no caso teve seu mandado de prisão temporária encaminhado para uma penitenciária próxima de Presidente Prudente, onde está preso acusado de outro crime. “Nos próximos dias devo ir até lá para colher seu depoimento e darmos sequência às investigações”, completou o delegado. Com a oitiva dos dois suspeitos, o delegado espera poder obter mais informações que comprovem o envolvimento do casal, bem como detalhes de como tudo teria ocorrido. “Vamos dar prosseguimento nas investigações e se ficar comprovado que eles estavam envolvidos poderemos até realizar a reconstituição do crime, por enquanto temos que aguardar o desenrolar dos trabalhos investigativos”, afirmou. A mulher foi encaminhada para a Cadeia Pública de General Salgado, onde permanece à disposição da Justiça.

Espancamento
O delegado Mauro Gabriel informou em entrevista coletiva que os laudos dos exames técnicos feitos na ossada encontrada no poço artesiano revelaram que Torres teria sido morto por espaçamento. De acordo com Mauro, os laudos apontaram que a vítima sofreu fraturas na base do crânio, além de apresentar vértebras quebradas e fraturas nos arcos costais. “Estes são indícios de que a vítima foi espancada, mas ainda temos que investigar o que realmente teria acontecido, bem como ocorreu o espancamento”, disse. Os laudos indicaram que Torres foi enterrado no poço vestindo um pijama, o que aponta que o fato ocorreu quando ele estaria dormindo. “Por isso é muito importante sabermos se houve o envolvimento do casal para termos resposta mais claras sobre tudo o que ocorreu no momento do crime”, ressaltou. Os restos mortais de Torres já foram entregues para a família para a realização da cerimônia fúnebre.

O crime
Os restos mortais de João Torres foram encontrados no dia 14 de junho após denúncia anônima. Junto com a ossada foram encontrados os documentos do advogado, que estava desaparecido desde 2004, quando estava com 75 anos. Ele tinha escritório em São Paulo, e uma fazenda em Penápolis, local onde foram encontrados os ossos. De acordo com o delegado, investigadores já estavam escavando o local há cerca de duas semanas, os trabalhos iniciaram depois que a polícia recebeu a informações com detalhes sobre onde estaria enterrado o corpo do advogado. João Torres havia desaparecido em dezembro de 2004, quando sua esposa procurou a polícia de São Paulo para registrar a ocorrência. Alguns meses depois a investigação havia apontado que ele poderia ter sido morto e que o crime teria acontecido em Penápolis. Na oportunidade, a Polícia da cidade realizou diversas buscas na fazenda que era de sua propriedade, mas nada foi encontrado. Durante as investigações, a polícia descobriu que a esposa de Torres havia tido um relacionamento com um caseiro da fazenda e que após o desaparecimento da vítima, ambos começaram a administrar seus pertences, o que chamou a atenção para as investigações. Outro fator que também chamou a atenção foi a do caseiro possuir uma atenção especial por um pedaço de terra onde o corpo foi enterrado, até mesmo uma árvore e outras espécies de plantas foram plantadas no local. (Rafael Machi) 

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