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CIDADE & REGIÃO

16/12/2007

Missa especial marca despedida de frei Mauro

Detalhes Notícia

Uma missa especial prevista para o próximo domingo, 23, às 19h30, no Santuário São Francisco de Assis, marcará a despedida de frei Mauro Aristides Strabelli dos serviços sacerdotais em Penápolis. Com 72 anos de idade, frei Mauro estava prestes a completar 15 anos de moradia na cidade e a transferência, segundo ele próprio, atende a um sistema de rodízio de religiosos promovido pela direção da igreja. “Após um determinado tempo na cidade somos transferidos. A finalidade é dar oportunidade para que um novo trabalho seja desenvolvido em uma comunidade diferente. A renovação é sempre importante para que o trabalho não fique estagnado”, destacou o religioso.

Por já estar em Penápolis há 14 anos, frei Mauro revelou que aguardava pela transferência há algum tempo. Ele deverá deixar a Paróquia após cumprir o prazo de transição, que vai do dia 27 de dezembro a 10 de janeiro do próximo ano. “Este período existe para evitar que o responsável pela Paróquia saia e outro não ocupe o cargo, já que são várias as atribuições, desde celebrar missas e casamentos, entre outras funções”, lembrou o frei. A data provável para deixar Penápolis será dia 08 de janeiro e além dele, o acompanharão o vigário-geral, frei Cláudio Moraes Messias e frei José Carlos de Oliveira, conhecido por frei “Zeca”. Os dois primeiros passarão a atuar na cidade de Cândido Mota e o último em Birigüi. Por estar lecionando em uma faculdade na cidade de Marília há 23 anos, frei Mauro optou pelo citado município. “A partir da missa do dia 23 nós três não pertenceremos mais a jurisdição da Paróquia e no dia 26 pretendo transferir para Cândido Mota os meus pertences, entre eles a biblioteca pessoal com mais de 1.500 volumes”, destacou.

 

Família

Após quase 60 anos de ausência do convívio familiar, frei Mauro assegurou que pretende passar este final de ano com seus familiares. “Devido minhas atribuições religiosas nunca passei um final de ano com eles. Para falar a verdade, nem sei direito como é que é”, brincou o religioso. O encontro será na cidade paulista de Santo André, município onde reside um irmão e uma irmã, ambos casados e com filhos. “Apesar dos constantes convites, minha família sabia onde eu estava e o que eu havia escolhido. Por isso nunca exigiram minha presença. Entretanto, sempre deixaram transparecer a alegria que seria passarem juntos uma época importante como esta”, observou o frei.

 

Atuação

Frei Mauro destaca que sua atuação em Penápolis pode ser comparada pelos critérios que a igreja costuma avaliar. “Primeiro é necessário ao religioso ser fiel à sua vocação, que é ser sacerdote, pregar e evangelizar. Nossa função é não mexer com dinheiro ou construir igrejas, que é uma tarefa de comissões encarregadas. Eu segui isto muito bem”, auto-avaliou. Para ele, seu trabalho seguiu as linhas gerais da igreja e se dedicou, com demais freis, no trabalho de formação de leigos e a evangelização. “Fundamos há treze anos uma escola de teologia, organizamos os grupos de Ministérios da Eucaristia, da Palavra e da Esperança e ainda na animação e fundação de Comunidades. Saio daqui deixando várias comunidades fundadas na periferia da cidade”, relembrou.

Na parte material, foi conservado o Santuário, que também recebeu pintura externa, incluindo o convento, além de ter sido construída a escadaria, o Salão Paroquial, a Capela do Santíssimo Sacramento, a revitalização da praça e a colocação da estátua de São Francisco de Assis. “São obras que precisam ser feitas, mas que necessitam de alguém encabece e oriente”, destacou.

Do novo lar, frei Mauro destacou que pretende manter ativo contato com os amigos que fez em Penápolis. “O mundo moderno nos dá muitas opções, como telefone, e-mails ou cartas. Também pretendo visitar a cidade com constância”, prometeu.

O religioso aproveitou para agradecer a população que o recebeu no dia 04 janeiro de 1992 e, além da boa acolhida, ainda lhe concedeu o título de cidadão penapolense. “Só fiz amigos em todas as áreas, não promovi a distinção entre ricos e pobres, negros e brancos, opção religiosa ou sexual, mas respeitei a todos. Acredito não ter deixado inimigos e, apesar de tentar ter sido fiel às minhas vocações, sei também que em determinados momentos errei e posso ter ofendido as pessoas. A isso tenho que pedir perdão a Deus e a comunidade”, finalizou. No lugar dos três transferidos virão os freis Cícero Araújo Silva, Eraldo Burtoleto Renato Alves de Almeida. (SRF)

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