Missão completa 10 anos

O dia 30 de abril marca o aniversário de 10 anos da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), da qual o Brasil é protagonista. Ao completar uma década em território haitiano, a iniciativa alcança uma fase de valorização das conquistas, de foco na manutenção da segurança e de planejamento do fim de suas atividades. 
Em dois ou três anos, os militares brasileiros devem deixar o Haiti. Essa é a estimativa do diretor do Centro de Informação da ONU para o Brasil, Giancarlo Summa. Ele considera que o objetivo primordial da missão, estabelecida em 2004 para estabilizar um país em situação precária de segurança com grande poder de gangues armadas, já foi alcançado. A situação poderia ser melhor se um desastre natural não tivesse acometido o Haiti em 2010. Quando os militares debatiam a possibilidade de redução de contingente diante de uma situação mais estável, o país foi abalado por um terremoto de grandes proporções no dia 12 de janeiro. 
“Os avanços eram palpáveis e havia um horizonte promissor. No dia seguinte ao violento tremor, tudo regrediu a um nível desalentador”, destaca o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, primeiro comandante da Minustah. Na avaliação de Summa, a tragédia resultou em um país economicamente mais enfraquecido do que no princípio da atuação brasileira. O terremoto de 7 graus de magnitude afetou 25% da população. Hoje, a situação se encontra em um nível semelhante à que antecedeu o terremoto de 2010. 

(RM - Com informações da ONU)