Ministério Público: Prefeitura garante atendimento na Santa Casa

DA REPORTAGEM

Uma reunião para discutir o problema da Santa Casa e a possível paralisação médica caso as reivindicações do corpo clínico não sejam atendidas foi realizada na tarde desta sexta-feira (07) na sede do Ministério Público de Penápolis. Na oportunidade, o prefeito de Penápolis, Célio de Oliveira (sem partido) garantiu que, mesmo ocorrendo à paralisação por parte de alguns médicos, o atendimento no hospital está garantido. Além do chefe do executivo, participaram do encontro o secretário municipal de saúde, Wilson Carlos Braz, médicos, a administradora da Santa casa, Renata Vidal, e o 2º promotor Fernando César Burghetti. Nesta semana, o MP já havia requisitado informações sobre a possível paralisação. 
A paralisação médica, inicialmente, estava prevista para ocorrer na quinta-feira (06), mas os médicos adiaram o movimento depois que a administração do hospital pediu um relaxamento no prazo para as negociações. O prazo cedido foi até a próxima segunda-feira (10).
Durante a reunião, o prefeito teria afirmado ao representante do Ministério Público que mesmo que ocorra a paralisação por parte de alguns médicos, que o atendimento será mantido, já que o hospital teria outros para atuarem no período.
Em seu programa semanal nas redes sociais, Oliveira já havia feito esta afirmação. “Temos uma escala de plantonistas. Mesmo que alguns médicos façam a paralisação vamos manter o atendimento através de mudanças nesta escala, garantindo o atendimento. A população pode ficar tranquila porque a Santa Casa não vai fechar”, afirmou o prefeito em seu programa.
Ainda durante o encontro no Ministério Público, a administração do hospital ressaltou que recursos estão sendo buscados para que o problema seja resolvido. 
Nesta semana, o Ministério Público já havia requerido informações sobre a situação do hospital e também sobre a informação de possível paralisação médica. Segundo o promotor, o principal objetivo é o de analisar as medidas que podem ser tomadas, afim de que não haja prejuízos à população.
Em uma carta aberta, os médicos reivindicam pagamento de salários atrasados e também repasses da produção médica paga pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além da compra de medicamentos que estariam em falta.
A carta, assinada por mais de 20 médicos e direcionada à população de Penápolis e micro-região, à administração do hospital, à Prefeitura, à Promotoria Pública e ao Conselho Regional de Medicina (CRM), a mais de um ano os médicos vêm enfrentando dificuldades em relação aos pagamentos, sendo que no dia 31 de maio, eles receberam 50% dos plantões prestados ainda no mês de fevereiro. Já em relação à produção médica, a alegação é a de que não recebem desde junho de 2018, ou seja, há quase um ano. A carta faz referência ainda à falta de medicamentos, que alegam não ser possível completar tratamentos por conta da falta de antibióticos, por exemplo.

(Rafael Machi)