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CIDADE & REGIÃO

30/03/2016

Minha Casa Minha Vida: Operação de fiscalização detecta irregularidades em casas

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Fiscalização foi feita por 58 agentes em três bairros do Minha Casa Minha Vida em Penápolis

DA REPORTAGEM

Uma mega operação de fiscalização foi realizada nesta terça-feira (29) pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CRECISP) em conjuntos habitacionais do Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, em Penápolis, a fim de identificar possíveis irregularidades nas moradias, como a venda ou aluguel das casas por parte de seus mutuários. No total, foram fiscalizadas 634 unidades dos bairros Gualter Monteiro, Residencial Osvaldo Vizoni e Benone Soares. Estiveram envolvidos 58 agentes de fiscalização, que contaram com o apoio da Polícia Militar com viaturas nos bairros acompanhando os trabalhos. O Helicóptero Águia 19, da PM de Araçatuba também sobrevoou os bairros, observando pelo alto, a fiscalização a fim de se evitar qualquer tipo de tumulto com a presença dos fiscais.
Os trabalhos de fiscalização, que estavam sendo mantidos sob sigilo até seu início, começaram por volta das 09h00 e durou todo o dia. Segundo a assessoria de imprensa da CRECISP, o principal objetivo foi identificar a presença de corretores ou pseudocorretores participando das negociações. Além disso, devido à parceria estabelecida com a CAIXA, o Conselho também verificou os documentos, dos imóveis para comprovar se o morador é realmente o beneficiário do programa. O CRECISP informou que, do total de casas vistoriadas, 03 unidades foram cedidas a outras famílias, em 04 havia comércio instalado – o que também não é permitido segundo as normas do programa. Além disso, 12 residências estavam desocupadas. 03 foram alugadas e outras 03 haviam sido vendidas por seus mutuários. Uma casa foi dada como permuta e os fiscais identificaram também outras 46 unidades que estão sob suspeita de irregularidade. 562 residências tiveram a constatação de toda a documentação, bem como sua ocupação, estava de forma correta, atendendo os parâmetros do programa Minha Casa Minha Vida. Também não foi constatada a presença de nenhum corretor. O órgão divulgou ainda que, em 2015, no que diz respeito ao Programa Minha Casa Minha Vida, o CRECISP vistoriou conjuntos habitacionais nos municípios de Araçatuba, Olímpia, São Vicente, Praia Grande, Capital, Itanhaem, Peruíbe, São José do Rio Preto e Monte Mor. No Litoral, mais de 900 imóveis foram fiscalizados e no Interior, foram 256. Ao todo, 27 propriedades encontravam-se irregulares. “Além de ser um grande serviço à sociedade, estamos garantindo que esses conjuntos habitacionais não sejam negociados indevidamente, em especial por corretores, prejudicando a população que realmente deveria ter a posse desses imóveis”, explicou o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto.

Caixa
Após os trabalhos de fiscalização, todas as informações sobre as casas onde foram constatadas irregularidades serão repassadas à Caixa Econômica Federal e ao Ministério Público para os procedimentos cabíveis. Segundo o banco, a comercialização do imóvel do programa, sem a respectiva quitação, é nula e não tem valor legal. Quem vende fica obrigado a restituir integralmente os subsídios recebidos e não participará de mais nenhum programa social com recursos federais. Já quem adquire irregularmente perderá o imóvel. A Caixa disse ainda que esta condição é informada ao beneficiário na ocasião da assinatura do contrato e que não reconhece nenhum contrato de “gaveta”. O banco diz ainda que quando há denúncia do descumprimento desta regra, a Caixa notifica os moradores para que comprovem a ocupação regular do imóvel. Caso fique comprovada a venda para terceiros, é protocolado uma notícia-crime na Polícia Federal e adota medidas judiciais cabíveis, no sentido de buscar a rescisão do contrato e a reintegração de posse do imóvel. Quem vende ou aluga o imóvel passa a responder criminalmente pelo ato.


Venda de casas já havia sido denunciada na internet

Em janeiro deste ano a possível comercialização de casas nestes bairros já havia sido denunciada através da internet e divulgada pelo    DIÁRIO DE PENÁPOLIS. Na época, o anúncio teria sido feito através de classificados no Facebook, o que gerou reclamações de pessoas que viram a publicação. Nas denúncias, os internautas postaram a imagem tirada da página de um grupo de classificados onde o anunciante diz estar vendendo casa no bairro Benone Soares. Outra imagem publicada no Facebook do prefeito foi a de outro anúncio em que uma mulher dizia que seu marido estava vendendo a casa. “Meu esposo está vendendo uma casa no Gualter Monteiro por 25 mil”, diz o anúncio, que ainda dá o nome do vendedor e dois telefones de contato. Na época, a reportagem do DIÁRIO, sem se identificar, entrou em contato com o anunciante que pedia R$ 25 mil pela casa no bairro Gualter Monteiro. Ele confirmou a venda, mas disse que o proprietário era um “chegado” dele, o qual, curiosamente, não soube dizer o nome. Ele informou que a casa possuía piso e paredes em bom estado de conservação, parcialmente murada, e que no imóvel estava tudo funcionando e também confirmou o valor anunciado, mas não soube responder o nome do proprietário do imóvel e nem o local exato onde a casa estava localizada no bairro.
Durante a conversa, ele havia alegado que, caso o suposto comprador tivesse interesse em conhecer o imóvel, que ele entraria em contato com o proprietário para que o acompanhasse para mostrar a casa. Questionado se a casa podia ser vendida, já que se trata de um programa habitacional, o rapaz informou que nada impedia a comercialização, pois estava com a documentação em ordem. Na época, a reportagem entrou em contato com a Caixa, que informou que usaria a reportagem do DIÁRIO para averiguar o caso.

(Rafael Machi)

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