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CIDADE & REGIÃO

11/04/2010

MEMÓRIA: Livro conta à história da cidade em nomes de ruas

Detalhes Notícia

DA REPORTAGEM

Vários anos de trabalho do ex-vereador, capitão reformado do Exército Brasileiro e memorialista, Adolpho Avoglio Hecht, foram sintetizados em um livro e já faz parte da história de Penápolis. Trata-se do recente lançamento “Penápolis na História de Seus Cidadãos com Nomes em Próprios Públicos”, que ocorreu na tarde de terça-feira, dia 30, na Câmara Municipal de Penápolis. Como o autor faz questão de frisar, a obra foi concretizada a quatro mãos, ou seja, somente foi possível sua conclusão graças ao empenho do jornalista Ricardo Alves Carneiro, o Cacá. “Sem esta ajuda provavelmente o trabalho de pesquisa, que durou décadas, ficaria restrito apenas a um amontoado de anotações em um panfleto comum”, reconheceu em público o autor ao falar aos presentes durante o lançamento. A obra abrange todas as nomenclaturas da cidade em ruas, avenidas, estradas, praças, escolas e outros logradouros. São 761 nomes elencados em ordem alfabética. Várias ruas levam os nomes de plantas, Estados e de datas marcantes. Os responsáveis pela publicação, apesar do empenho empreendido, conseguiram um total de 300 fotos de homenageados que ilustram o conteúdo. A arrecadação da venda da unidade que custa R$ 15,00, é destinada ao Departamento de Assistência Social Benedito Mousinho, do Centro Espírita Allan Kardec. Já as Bibliotecas das escolas locais, a Biblioteca Municipal Fausto Ribeiro de Barros e o Museu Histórico Gláucia Muçouçah receberam exemplares gratuitamente. Apoiaram o projeto a Câmara Municipal, Asperbrás, Diana Açúcar e Álcool, o médico Moacir Perez, Sacotem Embalagens, Família Ayub, Auto Posto Caneco de Ouro, Família Humsi, Ativa FM, Terezinha Higino de Moura e Torrezan Pneus.

Trabalho
Nascido em Glicério, mas adotado por Penápolis, Adolpho sempre teve por paixão e hobby registrar a história da cidade de adoção. Um destes trabalhos ocorreu em 1984, quando ele fez um levantamento minucioso do Tiro de Guerra de Penápolis o que resultou na elaboração de um livro. Como curiosidade, Elpídio Nory, participou da primeira turma. Em 1985 ele começou a escrever e publicar na Imprensa local as biografias de pessoas. Em época de eleição, e, sendo candidato a vereador, o serviço, além de prazeroso, servia para a aproximação com os prováveis eleitores. O acervo foi crescendo e o material passou a ser publicado, a princípio pelo Jornal Interior e posteriormente pelo Diário de Penápolis, em colunas semanais aos domingos. “Em 2007 o jornalista Ricardo Alves sugeriu que o livro fosse publicado. Apesar de todo o acervo que já tinha em mãos desde a década de 1980, ainda foram necessários outros 16 meses para completar o levantamento final”, destacou Adolpho. O memorialista lembra que o trabalho contou com inúmeras visitas ao Cemitério Municipal para colher os maiores informações possíveis dos homenageados através dos dados existentes nos arquivos da administração. “Contei com o esforço e dedicação de muitas pessoas da Necrópole, dentre elas os funcionários Joaquim Afonso e Fátima Imai. Através dos números encontrados nas placas de identificação dos túmulos, eles puderam encontrar as informações contidas em vários livros daquela repartição”, lembrou Adolpho. A única frustração do memorialista, conforme garantiu, foi de não ter conseguido informações precisas sobre o homenageado Honorato Lopes, uma das ruas existentes na Vila São Joaquim. “São poucas as informações que consegui a respeito deste homenageado. A princípio, conforme o que consegui apurar, de que ele seria um maquinista das composições férreas conhecidas como Maria Fumaça que passava em Penápolis naquela época”, observou o autor. Adolpho também lamentou que muitos dos homenageados não têm o respeito merecido por não terem seus nomes estampados nos locais para este fim estipulado. O escritor cita como exemplo algumas praças que, devido ao abandono, acabaram se transformando em hortas. “Concordo que o espaço, sendo utilizado por uma horta é mais bem aproveitado do que se estivesse tomado pelo mato. Mas, caberia a Administração Municipal afixar uma placa levando o nome da pessoa homenageada e que dá nome ao espaço”, relatou Adolpho. Para Ricardo Alves, Penápolis saiu ganhando com a obra e a partir de agora ficará fácil do material ser atualizado, já que qualquer nomenclatura precisa passar pela Comissão de Méritos da Câmara e constar com todo o histórico do provável homenageado, incluindo inclusive sua foto. “É um trabalho inédito e completo, com todos os homenageados de A a Y”, destacou o jornalista. Segundo Cacá, a idéia de transformar um rico acervo produzido por Adolpho surgiu quando a TV Câmara passou a produzir e apresentar todas as semanas a história das ruas de Penápolis. “Na época passamos a aproveitar o trabalho produzido pelo memorialista e com o tempo a idéia de transformar o material em livro e colocar a disposição das pessoas acabou surgindo naturalmente. O acervo era grande e faltava somente o complemento de algumas ruas recentes”, observou Cacá. A partir de então, enquanto o memorialista se incumbiu de correr atrás do material que faltava, o jornalista assumiu as demais tarefas, inclusive a de conseguir patrocinadores. Segundo ele, ainda quando era criança e morava na avenida Maria Lúcia, a curiosidade de saber quem era a homenageada o perseguia. “O interessante é que Maria Lúcia ainda é viva e recentemente, quando já havia me formado, pude conhecê-la e fotografá-la para adicionar a foto no livro”, lembrou o jornalista. Ao contrário de atualmente, há alguns anos era comum a Câmara homenagear as pessoas com nomes de ruas ou praças quando ainda estavam vivas, o que justifica o exemplo. De todos os históricos, para o jornalista o que o deixou mais impressionado foi o de Manoel Bento da Cruz, fundador de Penápolis. “Bento da Cruz era uma pessoa extremamente culta e falava várias línguas”, justificou. Quem desejar comprar o livro pode procurar na Banca Tico & Teco. (SRF)

Foto: Adolpho e Ricardo Alves, responsáveis pela publicação

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