Medicina: Funepe ressalta conquista e divulga novos planos do curso

DA REPORTAGEM

Diretores da Fundação Educacional de Penápolis (Funepe) estiveram reunidos na manhã desta sexta-feira (17) em entrevista coletiva para prestar mais informações sobre o projeto de criação do curso de Medicina, aprovado na última quarta-feira (15) pelo Conselho Estadual de Educação de São Paulo e que teve sua oficialização ontem através de publicação no Diário Oficial do Estado.
O encontro ocorreu na própria Funepe e reuniu diretores, colaboradores e convidados. Segundo o diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis (Fafipe), professor Wanderli Aparecido Bastos, a expectativa é de que o curso inicie em 2018, oferecendo 66 vagas iniciais. Entretanto, ele explicou que ainda é necessária a construção de um novo campus para abrigar o curso. O valor estimado do projeto é de R$ 30 milhões e será executado através de chamamento público. “Temos um projeto e precisamos averiguar qual empresa tem as melhores condições de executar o que precisamos, esta será a escolhida para iniciar as obras o quanto antes”, afirmou. O espaço seria pré-definido de acordo com o investidor, que arcará com 100% do valor. A ideia é de que após a construção, a Funepe passe a efetuar o pagamento em até 30 anos, incorporando o prédio em seu patrimônio ao fim da dívida. “Tudo está sendo planejado de forma rápida. Queremos que este processo termine em até um ano para que possamos iniciar ao processo de vestibular”, disse o diretor. A Funepe, pensando também no vestibular, iniciou as negociações com a Vunesp, sendo a possível empresa responsável pela aplicação da prova. O gerente administrativo, Márcio Vieira Borges, explicou que inicialmente serão 66 vagas e que o custo médio da mensalidade ficaria em cerca de R$ 6,5 mil. “É um valor onde levamos em consideração os custos, que já são altos, e ainda tem aqueles que buscam por bolsas de estudos através de programas sociais. Entretanto, sabemos dos cortes feitos pelo governo e das dificuldades da própria Funepe em fornecer estas bolsas neste primeiro momento, mas é algo no qual temos pensado bastante e que avaliaremos as condições para sua aplicação no decorrer dos próximos anos”, explicou. 

Estrutura
O diretor Wanderli falou também sobre a estrutura aprovada no projeto e que fará parte da extensão do curso. Parcerias foram firmadas com as Santas Casas de Penápolis, Birigui e Lins. Além disso, o Hospital João Marchesi, de Penápolis, e o Hospital Geral de Promissão também passam a fazer parte da extensão do curso e serem beneficiados com o trabalho de alunos e profissionais para que possam se aperfeiçoar. “Uma das exigências do Conselho é que para cada aluno tenhamos, pelo menos, cinco leitos em hospitais. Com esta parceria, temos a tranqulidade na quantidade de leitos exigidos, o que também passa a ser um ponto muito positivo para o curso”, comentou. Unidades Básicas de Saúde também passam a ser beneficiadas. “A vinda do curso de Medicina para Penápolis só tende a trazer benefícios, como a possível abertura de mais leitos na cidade, além de recursos para nossa Santa Casa, que passa a receber após se tornar um hospital escola”, ressaltou.
O presidente de Fundação, Cledivaldo Donzeli, explicou que o novo campus da Funepe poderá abrigar ainda outros possíveis cursos na área de saúde, como Enfermagem, Farmácia, Nutrição, entre outros. Ele explicou também que a Funepe já possui o Projeto de professores. “Sempre mantivemos trabalhos com mestres e doutores, garantindo qualidade no ensino. Não será diferente neste curso. Este é um compromisso da Funepe e que também foi levado em consideração pelo Conselho para sua aprovação”, disse.
Donzeli finalizou ressaltando a importância do curso para Penápolis. “O curso de Medicina trará evoluções em diversos setores, principalmente na economia. Com esta novidade teremos a melhoria do comércio, do setor imobiliário, prestadores de serviços, pois teremos em nossa cidade um novo público, um público potencialmente consumidor”, finalizou.

(Rafael Machi)