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CIDADE & REGIÃO

21/03/2010

Mais de 85% das pessoas com apneia do sono não sabem que têm a doença

Detalhes Notícia

DA REDAÇÃO

Você acorda com a sensação de que não dormiu nada, mesmo após oito horas na cama, como manda o figurino? É possível que você não respire bem à noite, e nem perceba. No Dia Mundial do Sono, transcorrido na sexta-feira, 19, especialistas alertam para uma estimativa preocupante: de 85% a 90% das pessoas que sofrem da síndrome da apneia obstrutiva do sono não sabem que têm a doença. E o pior: cada vez mais estudos mostram que ela aumenta o risco de diabetes, hipertensão, derrame e infarto.
A síndrome é caracterizada por pausas repetidas na respiração durante a noite. Isso acontece porque as vias aéreas são obstruídas pelos tecidos da região da garganta. A obesidade e o consequente acúmulo de gordura no pescoço aumentam a predisposição ao problema, mas há outros fatores de risco, como aumento das amídalas e das adenoides e consumo de bebidas alcoólicas. Como resultado, o ar não consegue chegar até os pulmões, os níveis de dióxido de carbono no sangue aumentam e o sono é interrompido, mesmo sem a pessoa perceber. Muitas vezes, quem nota é o parceiro, que ouve a irregularidade no ronco, ou o som da inspiração mais forte após a pausa sem respirar. Mas nem todos os roncadores sofrem de apneia, é importante esclarecer.

Os sintomas mais comuns da apneia do sono são:

- sonolência diurna excessiva (em alguns casos, a pessoa chega a adormecer no trânsito ou quando está em uma reunião de trabalho);
- sono agitado e sem descanso (a pessoa acorda diversas vezes durante a noite e os despertares costumam ser acompanhados por movimentos do corpo);
- ronco alto e interrompido, pausas na respiração, tosse e engasgo durante o sono;
- depressão e redução de libido (a falta de sono interfere na produção e no aproveitamento de alguns hormônios);
- esquecimento e falta de concentração (é durante o sono que o cérebro consolida a memória);
- irritabilidade;
- cefaleia matinal;

Relação
A relação da apneia com outras doenças pode ser explicada de várias formas. Um dos aspectos é que, quando a pessoa dorme mal, seu sistema nervoso fica hiperestimulado, lança mais adrenalina e isso provoca o aumento da pressão. Estudos mostram que 60% das vítimas de AVC (derrame) têm apneia do sono, o que dá uma ideia das consequências nefastas do problema para o organismo.

Tratamento
A forma de tratar a apneia varia conforme a gravidade do caso. Perder peso, deixar de dormir com a barriga para cima e evitar o álcool ajudam bastante, mas nem sempre as medidas são suficientes. Para certos pacientes, a indicação é de um aparelho oral, feito pelo dentista, que posiciona melhor a mandíbula e a língua durante o sono. A cirurgia também pode ser necessária, mas tem sido cada vez menos indicada por seu caráter invasivo e resultados nem sempre satisfatórios. Já os casos mais graves exigem o uso de máscaras, chamadas de CPAPs, que emitem uma corrente de ar contínua.

Uma boa noite de sono reduz até 2% das medidas
 
A afirmação é do neurologista Walter André dos Santos Moraes, pesquisador do Instituto do sono da UNIFESP, que apresentou o tema, recentemente, no 3° Congresso de medicina do sono, em São Paulo. "A causa desse emagrecimento deve-se aos processos que o organismo realiza durante o sono, como o metabolismo basal (calorias que o corpo gasta em repouso) e a perda de líquido, entre outros. No entanto, parte dessa perda é recuperada ao longo do dia. Ainda assim, quando somado a uma dieta equilibrada e exercícios físicos, pode-se considerar o sono como um dos aliados da dieta", constata. O especialista ainda destaca que durante a noite o corpo produz hormônios que facilitam a perda de peso: a leptina, responsável pela sensação de saciedade, o GH, que aumenta a massa magra e a insulina, hormônio que processa a glicose. Ou seja, uma noite mal dormida já é suficiente para acordar com quilos a mais no dia seguinte. Tal confirmação, aliás, é comprovada em estudos internacionais que mostram que repousar uma hora a menos durante longos períodos podem engordar em até 20% do peso. "Estimativas demonstram que as pessoas em todo o mundo têm dormido duas horas a menos por dia. Na mesma proporção, os índices de obesidade crescem de forma alarmante", compara Walter.

5 dicas para uma boa noite de sono:

1 - Opte por um quarto silencioso, confortável, escuro e com temperatura agradável.
2 - Procure ter horários regulares para deitar e acordar (sobretudo se você tem dificuldade para dormir).
3 -  Antes do repouso, evite substâncias estimulantes como cafeinados, nicotina e álcool.
4 - Exercícios físicos próximos ao horário de dormir prejudicam o descanso. O ideal é fazê-los de manhã ou início da tarde.
5 - Para os insones é importante evitar ir para a cama sem sono e ficar esperando por ele. Se a vontade de dormir não surgir, busque ambientes pouco iluminados e faça atividades relaxantes.

Dormir pouco pode causar a obesidade e disfunção erétil

Insônia, ronco, apneia (paradas respiratórias durante a noite) e mania de balançar as pernas são as queixas mais comuns relacionadas ao sono, segundo a médica Helena Rachul de Campos, do Instituto do Sono, em São Paulo. Dormir bem é essencial para a saúde e pode prevenir doenças como hipertensão. A médica explica que dormir bem não é uma frescura. Pesquisas indicam que a falta de sono pode causar doenças como obesidade e até disfunção erétil, como indica um estudo realizado recentemente em São Paulo. A apneia do sono também já foi associada a hipertensão e doenças cardiovasculares.
 
Homens e mulheres
Exames realizados na capital paulista mostram que 26% das mulheres e 9% dos homens sofrem de insônia. Em relação à apneia, 41% têm o problema, contra 26% das mulheres. "Quando chega na menopausa, a prevalência de ronco e apneia aumenta entre as mulheres por causa da perda hormonal", diz a médica.
 
10 dicas para evitar o ronco e apnéia:

Cerca de 50% dos casais brasileiros sofrem com o ronco dos parceiros e as apneias (interrupção da respiração durante o sono). Diversos fatores podem influenciar, dentre eles: a obesidade, o envelhecimento e o estilo de vida. As pessoas com esses distúrbios têm maior probabilidade de desenvolver doenças do coração como arritmias, pressão alta e infarto. As orientações a seguir consistem de algumas medidas práticas que são utilizadas para modificar hábitos inadequados com relação à saúde e melhorar a qualidade de vida das pessoas com problemas de distúrbios do sono. Confira:

1. Emagreça. O acúmulo de gordura na região do pescoço, tórax e abdômen aumentam as chances de roncar e ter apneias porque estrangulam a passagem do ar nas vias aéreas e dificultam a respiração;

2. Reeducação alimentar associado aos exercícios físicos são fortes aliados para combater a obesidade. Porém, a atividade física deve ser evitada próximo ao horário de dormir.

3. Evite o consumo de bebidas alcoólicas perto da hora de dormir. O álcool provoca um relaxamento maior dos músculos da garganta o que aumenta a intensidade do ronco e a quantidade de eventos de apneia ao longo da noite;

4. Evite fumar, pois o cigarro provoca inflamação da úvula - "campainha" e dos tecidos da faringe, o que representa mais um fator que prejudica a passagem do ar na região da garganta;

5. Procure fazer refeições leves na hora do jantar. Evite dormir de estômago cheio, pois o desconforto abdominal obriga a pessoa a dormir em decúbito dorsal (barriga para cima). Nesta posição o ronco tende a ser mais intenso devido ao relaxamento da musculatura e à ação da gravidade que empurra a língua em direção a garganta e compromete a passagem do ar.

6. Colocar calços sob a cabeceira da cama para erguê-la cerca de 15 cm ameniza a ação da gravidade e o deslocamento da língua em direção a garganta.

7. Queixo pequeno e céu da boca profundo e estreito são fatores que comprometem a respiração durante o sono. Aparelhos bucais que projetam levemente o queixo para frente são capazes de prevenir o ronco, melhorar as apneias e a respiração durante o sono.

8. Devido ao envelhecimento, os músculos perdem a tonicidade e se tornam flácidos. Exercícios fonoaudiológicos são úteis para fortalecer a musculatura da garganta e evitar o ronco.

9. Cirurgias para desobstrução do nariz e correção de desvio de septo apresentam bons resultados.

10. Evite remédios para dormir sem ter prescrição médica. Alguns medicamentos como os benzodiazepínicos atuam no sistema nervoso central e podem agravar os roncos e as apneias.

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