Mães do Jardim Planalto pedem mais atenção às crianças e adolescentes

O Jardim Planalto e os bairros que estão no seu entorno englobam uma população de, aproximadamente, 8.000 pessoas, com muitas carências e alguns problemas sociais graves que o poder público local nada faz para minimizar, conforme pôde constatar o vereador Cláudio Tiradentes na reunião comunitária que realizou lá, na noite de quarta última.

Do ponto de vista da saúde pública, o bairro até está em uma situação privilegiada em relação aos demais, visto que o PAS Planalto, em razão do competente trabalho do médico Mauro Leocádio e da enfermeira Arlete Nazaré, é uma unidade que todos elogiam, apesar de reconhecer as suas limitações de recursos humanos e materiais. Os dois grandes problemas daquela região, segundo relataram as mães que participaram da reunião com o vereador, estão relacionados à falta de vagas nas creches e à ausência de programas específicos, notadamente nas áreas do esporte, cultura e lazer, para os adolescentes, que acabam sendo presa fácil do apelo ao uso de drogas.

“A falta de vagas nas creches é um problema que aflige todos os bairros da periferia e poderia ter sido resolvido se o prefeito cumprisse o acordo que fez com a Promotoria de criar 800 novas vagas em seu governo. Seriam 200 novas vagas por ano, mas, de forma lamentável, este acordo não está sendo cumprido. As vagas em creches que o governo do PT anunciou com muito alarde são, na verdade, relativas às crianças que, por força da idade deixaram as unidades, não são ,portanto, vagas novas”, explicou Tiradentes, que já está mantendo contato com a Promotoria a fim de que o acordo do prefeito com o Ministério Público seja cumprido. “A questão dos adolescentes que perambulam pelas ruas, sem opções esportivas e culturais, também poderia ser facilmente resolvida se houvesse vontade política do prefeito. Na verdade, o governo petista cerceou ainda mais o espaço para esta clientela ao fechar as portas dos barracões comunitários para a faixa etária acima de 11 anos”, disse o vereador, que também vai sugerir ao prefeito algumas medidas para sanar esta falha. “Pedir, sugerir, indicar a gente faz, mas nosso prefeito parece ser insensível a estas graves questões que afligem a população das periferias”, finalizou ele. A/I