Licitação é primeiro passo para recuperação da Raul Casasco

DA REPORTAGEM

O Governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB) assinou esta semana a liberação de recursos para total revitalização da rodovia Raul Forchero Casasco (SP-419), que há anos se encontra esburacada, sem acostamento, com péssimas condições de transito.

A rodovia que liga Penápolis a Luiziânia foi incluída juntamente com outras do interior do estado para receber o benefício do governo. O investimento é de R$ 166,2 milhões, onde 119,2 quilômetros serão modernizados e recuperados. Serão destinados R$ 987,6 milhões do Banco do Brasil e US$ 270 milhões do Banco Mundial. As obras chegam em boa hora, pois a rodovia é uma das principais da comarca, sendo utilizada por centenas de pessoas diariamente. O projeto de recuperação está orçado em R$ 53,1 milhões, e a previsão é de que os trabalhos iniciem em fevereiro de 2014, com a conclusão em fevereiro de 2015. Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem (DER), responsável pela rodovia, o projeto está concluído, mas ainda não foi realizado o processo licitatório, que está previsto para ocorrer em outubro. As obras têm o objetivo de recuperação, modernização e melhorias na rodovia em toda sua extensão, do km 0 ao km 35,4. O trecho entre os municípios de Penápolis, Alto Alegre e Luziânia receberá serviços de recapeamento da pista, pavimentação dos acostamentos e implantação de faixas adicionais. As reivindicações de autoridades sobre a pavimentação da rodovia é antiga. Desde 2011 os prefeitos da região se reúnem para reivindicar verba do governo para a recuperação da via. Em setembro de 2012 Geraldo Alckmin anunciou a licitação da obra, que estava prevista para ocorrer em outubro do mesmo ano, mas infelizmente não aconteceu.

Preocupação

A rodovia Raul Forchero Casasco sempre foi motivo de preocupação para os motoristas que a utilizam diariamente, devido às péssimas condições em que se encontra, com o asfalto totalmente deteriorado. Em vários trechos não existe sinalização de placas e também de solo, em alguns pontos a faixa central da rodovia simplesmente não existe, a falta de acostamento asfaltado é preocupante. Verdadeiras crateras se tornaram comuns em toda sua extensão, obrigando os motoristas a transitarem em velocidade reduzida para não terem seus veículos danificados ao passar por elas. A rodovia é utilizada por caminhões canavieiros constantemente, e como a carga é pesada facilita a danificação do asfalto.

Desvio

A situação da rodovia piorou ainda mais quando no começo de 2013 a via começou a ser usada como rota alternativa para motoristas que seguiam pela rodovia Assis Chateaubriand (SP 425) e que precisavam desviar da rota por conta de uma ponte que havia caído em Clementina por causa das chuvas fortes do início do ano. Com a interdição, os motoristas que seguiam em direção a Presidente Prudente, ou sentido contrário, precisavam ter que desviar sua rota e uma das alternativas era a Raul Casasco, onde eles andavam apenas alguns quilômetros a mais. Por causa do tráfego intenso de grandes caminhões com cargas acima do recomendado para a rodovia, muitos buracos apareceram no asfalto.

A reclamação de motoristas havia sido registrada na ocasião em matéria publicada no DIÁRIO. Na época, o trecho mais danificado foi entre Penápolis e Alto Alegre. Quem passa pelo local, cobra melhorias na rodovia, pois a Raul Casasco possui grande histórico de acidentes. (Rafael Machi)