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CIDADE & REGIÃO

19/07/2009

Lavoura: Renda de até R$ 1,5 mil atrai trabalhadores

Detalhes Notícia

A possibilidade de conseguir um rendimento mensal de até R$ 1.500,00 voltou a atrair milhares de trabalhadores do Norte e Nordeste do Brasil para a região com a finalidade de atuarem no corte de cana-de-açúcar. Além dos trabalhadores que migram destas regiões do país, o bom rendimento também faz com que muitos profissionais da área de construção, como pedreiros e serventes, também optem por trocar o serviço na cidade, pelo da zona rural durante esta época. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Penápolis, João Felício Chótolli, até o ano passado, devido o valor, alguns cortadores de cana tiveram inclusive de declarar o Imposto de Renda. O presidente ressaltou que o rendimento dos trabalhadores é calculado na produção, ou seja, quem consegue cortar mais, também recebe mais ao final do mês. Em média, o rendimento fica em torno de R$ 1 mil. “Assim como tem os trabalhadores que conseguem cortar mais e recebem R$ 1.500,00, também existem os que recebem menos, em torno de R$ 700,00 a R$ 800,00. A média fica em torno dos R$ 1 mil”, observou o sindicalista.

Pagamento
Recentemente vários trabalhadores rurais protestaram defronte a Usina Campestre contra o atraso no pagamento dos salários. Segundo João Chótolli, apesar de ocorrerem atrasos, a empresa vêm cumprindo seus compromissos com os trabalhadores da roça. “Ocorre muito do pagamento ser oferecido de forma parcelada, mas, ele está sendo feito”, ressaltou. O Sindicato, observou seu representante, está acompanhando de perto o problema, bem como verificando os preços para o serviço, que é tabelado. Este ano, como já era previsto, ocorreu um aumento no corte da cana pelo processo mecanizado, fazendo com que diminuísse um pouco as contratações. A tendência, segundo o sindicalista, é que a cada ano mais máquinas sejam introduzidas nas lavouras, o que poderá provocar a dispensa em massa da mão de obra. Em média cada colheitadeira faz o serviço de 80 trabalhadores braçais. Esta tendência, aliada ao fato de uma campanha do governo federal em segurar os reajustes salariais com a finalidade de manter os empregos, para João Chótolli, trouxe algumas dificuldades nas negociações. Dentre elas está uma antiga reivindicação no tocante ao fornecimento de refeições, mesmo que cobrada pelo preço de custo, aos trabalhadores na roça, o que até hoje não se tornou uma realidade. Recentemente alguns avanços foram conseguidos, como a instalação de um banheiro e o fornecimento de água potável. O setor, além da concorrência com as máquinas, também deverá enfrentar mais dificuldades nos próximos anos. É que, pelo projeto ambiental, a queima dos canaviais deverá ser proibida a partir de 2012, o que facilitará ainda mais o corte mecanizado. Para o sindicalista, o projeto beneficia o meio-ambiente, mas, irá afetar em potencial os cortadores que ficarão sem seus empregos. O corte, segundo ele, pode ser feito sem que ocorra a queima, mas, além da elevação do custo operacional, também dificulta para o trabalhador cumprir sua função. (SRF)

Foto: Para João Chótolli, alguns cortadores conseguem ganhar até R$ 1.500,00 em um mês de trabalho

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