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CIDADE & REGIÃO

22/02/2022

Laudo do IML diz que bebê teve hemorragia

Imagens/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Equipe da DDM de Penápolis vem investigando caso da menina que morreu na semana passada e que teria sofrido agressões físicas.

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil de Penápolis divulgou, durante entrevista coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira (21), que a menina de um ano e três meses que deu entrada morta no Pronto Socorro de Penápolis na semana passada e que apresentava manchas roxas pelo corpo, pode ter sofrido agressões antes de morrer. O laudo emitido pelo IML (Instituto Médico Legal) apontou que a criança apresentava hemorragia interna, trauma de abdômen e dilaceração do fígado, tendo sido, estas, as causas da morte da menina. 
Foram estas e outras possíveis causas que levaram a delegada responsável pela investigação deste caso, Thaísa da Silva Borges, responsável pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), de Penápolis, a pedir a prisão temporária de 30 dias da mãe da menina e de seu padrasto. Eles se apresentaram acompanhados de um advogado, na tarde de sábado (19), na delegacia de Araçatuba.
De acordo com o que foi divulgado pela delegada, quando o casal foi ouvido pela primeira vez, ainda no dia em que a menina foi encontrada morta, a mãe dela afirmou que a criança havia sido encontrada no chão, provavelmente após cair de um chiqueirinho que ela costumava ficar, entretanto, segundo a delegada, mesmo com a queda, existe a suspeita de que a criança tenha sofrido algum tipo de agressão. “Este tipo de ferimento apontado pelo laudo, foram provocados por agentes contundentes, o que se dá a entender que houve agressão”, afirmou a delegada.
Ainda de acordo com Thaísa, outro motivo que a fez pedir a prisão temporária do casal, foi o fato de não terem sido encontrados nos domicílios informados por eles, o que gerou preocupação por parte da Polícia Civil. “Quando assumi o caso, minha equipe tentou manter contato com o casal para que pudessem prestar esclarecimentos, porém, por duas vezes, eles não tinham sido encontrados nos endereços afirmados, o que contribuiu para que a prisão temporária fosse pedida”, destacou.
Apesar do laudo emitido pelo IML, a delegada enfatizou que ainda não é possível afirmar se a criança sofreu algum tipo de abuso sexual. Segundo ela, este é um laudo que ainda será emitido para ser anexado ao inquérito. “Por conta da afirmação da médica que atendeu a criança, de que ela apresentava um alargamento da região anal, foi decidido colher material para exame. Não havia sangramento ou qualquer tipo de material que, de fato, indicasse o abuso. Este exame está sendo feito através do Instituto de Criminalística de São Paulo, que tem o prazo de até 30 dias para a emissão do laudo”, ressaltou.

Próxima etapa
A delegada Thaísa Borges destacou que segue com as investigações. Familiares próximos deverão ser ouvidos nos próximos dias, assim como outras pessoas que podem ser testemunhas e, talvez, inclusive a médica que atendeu a criança no Pronto Socorro Municipal.
“Vamos colher estas oitivas e também aguardar os laudos que ainda faltam para serem anexados ao inquérito”, disse.
O caso está sendo investigado como homicídio qualificado, feminicídio e violência doméstica, podendo ainda ser acrescentado o crime de estupro de vulnerável, dependendo dos próximos laudos. 

Caso
O fato ocorreu no dia 14, por volta das 11h30, quando a mãe da menina, ao tentar acordá-la, percebeu que a filha estava desacordada. Ela acionou a Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros, que levou a vítima ao hospital, onde foi constatada a morte da criança.
Segundo a médica que prestou atendimento no Pronto Socorro, a criança apresentava manchas roxas pelo corpo e sinais de possível abuso sexual. O corpo, porém, foi encaminhado ao IML para exames necroscópicos para esclarecer as causas da morte. 

Manifestação popular
No dia 15 deste mês, um grupo de manifestantes se reuniu em frente ao 1º DP (Distrito Policial) e na DDM para pedir “justiça” e rapidez na investigação do caso. De lá, os manifestantes subiram a pé pelas ruas da cidade até a sede do MP (Ministério Público), onde pediram para serem recebidos por um dos promotores e pela intervenção no caso.
Uma comissão de representantes foi recebida por um dos promotores, que afirmou que o Ministério Público tem conhecimento e vem acompanhando as investigações que estão a cargo da Polícia Civil.
Na tarde deste sábado (19) em forma de carreata, a manifestação reuniu diversas pessoas que também pediam agilidade na investigação. A carreata teve início na cidade de Promissão, onde mora o pai biológico da menina, e seguiu até Penápolis, onde passaram a percorrer diversas ruas da cidade. Muitos seguiam com camisetas e bexigas brancas simbolizando a manifestação pacífica. 
Ainda durante o trajeto, os manifestantes seguiram até a casa onde a menina morava com a mãe e o padrasto, no Jardim Atlântida, fazendo um buzinaço na frente do imóvel. No local também foi colocada uma faixa que pedia justiça. 
De lá, os participantes seguiram até a praça Dr. Carlos Sampaio Filho, na região central da cidade, onde continuaram pedindo justiça para o caso da menina Mirella, fizeram a oração do Pai Nosso e, por fim, houve manifestação com palmas.

(Rafael Machi)

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