Kerleston: Exame do Adolfo Lutz aponta causa de morte misteriosa

DA REPORTAGEM

A Secretaria de Saúde de Luiziânia, através do secretário Cláudio Galego Selcar, divulgou na tarde de ontem para a reportagem do DIÁRIO que o jovem Kerleston Pádua da Silva, que faleceu aos 16 anos, foi vítima da meningococcemia do tipo C, doença causada por menigococos que causa infecção generalizada, podendo levar a morte num prazo de até 24 horas. Kerleston morreu no dia 20 de outubro do ano passado. A confirmação da doença foi feita através de exames realizados no instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Segundo o secretário, o resultado havia sido emitido pelo laboratório algumas semanas após a morte do jovem. Selcar explica que assim que houve a suspeita da doença na morte dele, após ter recebido atendimento médico no Pronto Socorro de Penápolis, os primeiros exames que foram feitos através da Vigilância Epidemiológica de Penápolis, apontaram resultado negativo, bem como os realizados pelo Instituto Adolfo Lutz de Araçatuba. “Porém, mesmo com os dois resultados negativos, Araçatuba encaminhou os exames para São Paulo, cujo laboratório possui equipamentos mais sofisticados, que confirmou que o jovem teria morrido em decorrência da doença”, comentou o secretário. Ele disse que após a confirmação do resultado a Secretaria de Saúde de Luiziânia se prontificou a fazer o bloqueio imediato de familiares e amigos da vítima, avaliando seus estados de saúde para garantir de não terem sido contagiados. “Esta doença pode ser adquirida somente com o contato direto com a sálica, seja através da tosse ou do espirro, por isso realizamos um grande trabalho de prevenção com amigos e familiares para evitar um possível contágio”, ressaltou. Dias após a morte de Kerleston, seu irmão, Lucas Soares da Silva, 09 anos, também foi internado na Santa Casa de Penápolis, e ficou em estado grave, mas se recuperou dias depois. Ele também foi submetido aos mesmos exames, porém, os resultados apontaram que a criança não teve a doença que resultou na morte do irmão. “Felizmente a criança está bem e não corre risco algum. Estamos fazendo tudo o que é necessário para evitar problemas maiores, e podemos afirmar que está tudo bem na saúde da população de Luiziânia”, afirmou o secretário. A meningococcemia trata-se de afecção grave, que nem sempre é acompanhada de meningite, caracterizada por febre alta com profundo acometimento do estado geral, dores e manchas avermelhadas espalhadas por todo o corpo.

Caso
Kelerston morreu no dia 20 de outubro do ano passado. Ele foi atendido no Pronto Socorro de Luiziânia e transferido para a unidade de Penápolis, porém não resistiu a grave doença.  Segundo informações dos familiares, no dia 19, Silva teria ido normalmente à escola, porém, passou mal e reclamou de forte falta de ar. Seus pais o levaram ao posto de saúde da cidade, onde recebeu atendimento médico e foi liberado em seguida. À noite, o adolescente voltou a ter nova crise de falta de ar, sendo conduzido por seus familiares até o hospital daquela cidade, onde foi atendido pelo médico plantonista, que o transferiu para o Pronto Socorro de Penápolis. Kerleston Silva jogava futebol na equipe de Luiziânia e praticava judô, sendo campeão da modalidade em diversas categorias. (Rafael Machi)