JUSTIÇA: Juiz determina a desativação da Cadeia de General Salgado

DA REPORTAGEM

A Cadeia Pública de Penápolis poderá abrigar mulheres que estavam presas em General Salgado, única da área de abrangência da Delegacia Seccional de Araçatuba a receber mulheres, que terá que ser desocupada até hoje, segundo determinação do juiz daquela cidade, Reinaldo Moura de Souza. Ele deu 30 dias para que as presidiárias fossem transferidas, e até ontem não havia uma definição do local para onde as 93, seriam levadas. Esta decisão atende a uma solicitação do MP (Ministério Público), que moveu uma ação pela interdição da cadeia de General Salgado em virtude das más condições do prédio. Segundo informou a promotora Maria Cristina Geraldes Fochi, laudos técnicos comprovaram que o presídio não tem condições de abrigar as presas. Caso o prédio não seja totalmente desocupado até amanhã, o Estado está sujeito a pagamento de multa diária de R$ 50 mil. O imóvel só poderá ser reativado após ser reformado e aprovado pelos órgãos competentes. Com a determinação, informações extraoficiais revelam que as mulheres poderiam ser transferidas para a cadeia de Penápolis, única na área da Seccional de Araçatuba a receber homens presos. De acordo com o delegado Jovair Marcos Gruppo, diretor da cadeia, até o momento ele não teve conhecimento oficialmente sobre o assunto. “Caso isso aconteça, deverá ser feito uma documentação sobre a transferência destas mulheres para tirarmos os homens que permanecem presos e deslocarmos para outra unidade”, observou. Ele disse que as atividades e serviços continuam normais na Cadeia Pública de Penápolis. A Seccional de Araçatuba descarta também esta possibilidade da unidade de Penápolis receber as presas. Conforme a Secretaria de Segurança Pública, algumas presas já teriam sido transferidas da cadeia e outras aguardavam vagas. Caso estas vagas não sejam disponibilizadas até hoje, as mulheres, segundo a secretaria, deverão ser mantidas no prédio, apesar da multa. (IA)