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CIDADE & REGIÃO

18/07/2015

Justiça condena dois envolvidos na morte de Shinkai

DA REPORTAGEM

O Tribunal de Justiça de Penápolis condenou dois dos acusados de envolvimento no latrocínio – roubo seguido de morte – do comerciante Kioshi Shinkai. O caso aconteceu na casa da vítima, localizada na avenida Antônio Define, no centro de Penápolis em março de 2012. Na época, Shinkai tinha 69 anos. Ele estava em sua residência quando um casal o procurou interessado em alugar uma de suas casas, quando o rapaz, então menor de idade, sacou um revólver e anunciou o assalto. Ele entrou em luta corporal com Shinkai e seu filho, que também estava na casa, quando ocorreu os disparos que atingiram as vítimas. Shinkai chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital. A sentença de dois dos envolvidos foi feita pelo juiz da 4ª Vara do Fórum de Penápolis, Heber Gualberto Mendonça, ainda no final de 2014, mas somente agora a imprensa tomou conhecimento da decisão. Juntos, os acusados somam quase 100 anos de prisão. Um dos envolvidos foi condenado há 47 anos, quatro meses e 26 dias de reclusão. Ele teria ficado do lado de fora da casa da vítima dando cobertura ao comparsa. Ao ouvir os disparos, ele entrou no imóvel e teria pegado um notebook e um celular pertencente ao comerciante. Em sua sentença, Mendonça levou em consideração o fato do réu, apresentar má personalidade com viés para o crime. Além disso, o acusado, quando menor, já possuía passagens na polícia por tráfico e posse de entorpecentes. Ele alegou ainda que o jovem havia confessado que tinha apenas a intenção de furtar, ou roubar a vítima. Desta forma o juiz entendeu que o acusado tinha a intenção de “empregar violência e graves ameaças necessárias para constranger a vítima e subtrair-lhe seus bens”, citou na sentença. Mendonça citou ainda como agravante da pena do réu o fato de a esposa de Shinkai precisar se submeter a tratamento médico para superar a morte trágica do marido, sendo que ela também acabou falecendo meses depois. O juiz também mencionou as acusações contra o réu de tentativa de latrocínio, já que o filho de Shinkai também foi atingido pelos disparos, e corrupção de menores, já que três envolvidos no crime tinham menos de 18 anos na época. 

Fuga
O outro condenado pela Justiça local teve sua sentença declarada em 49 anos, oito meses e 26 dias de reclusão. Este teria sido quem ajudou alguns dos acusados a fugirem do local do crime em seu carro. Ele teria esperado os demais próximo à praça Nove de Julho. Assim, o juiz alegou que a ação criminosa “não se tratou de um delito casual, mas de crime planejado, com distribuição de tarefas e conhecimento, por todos, de como ele se efetivaria”, citou. Este réu teve alguns agravantes em sua pena citados pelo juiz, como a tentativa de latrocínio contra o filho de Shinkai e corrupção de menores. Ainda de acordo com as sentenças, os réus poderão recorrer da decisão, mas as penas deverão ser cumpridas em regime fechado.

Ação
Segundo consta nos autos, o crime teria tido a participação direta de cinco pessoas, das quais três eram adolescentes na época. Na noite dos fatos, um casal de menores teria ido até a casa do comerciante alegando que queriam alugar uma das casas pertencentes a ele. Outro casal, sendo um dos réus e uma adolescente, ficou nas imediações dando cobertura ao outro casal. O quinto envolvido seria o réu responsável pela fuga de todos em seu carro. Quando o primeiro casal foi atendido pelo comerciante, que supostamente seria para negócios, o menor sacou um revólver calibre 38 e abordou a vítima anunciando o assalto, levando Shinkai para dentro de casa. Neste momento, as duas adolescentes se dirigiram para o ponto de encontro de fuga, onde o carro já os aguardava. A vítima e o menor com a arma foram para dentro de casa, onde se depararam com o filho de Kioshi e que também foi abordado. Na ação, Kioshi tentou desarmar o menor, que acabou efetuando um disparo. Durante a luta, o filho da vítima também interferiu, momento em que o menor acabou efetuando mais disparos. Dois dos tiros atingiram o comerciante no braço e abdômen, enquanto outro tiro acertou seu filho no braço. 
Ao ouvir os disparos, o outro envolvido, que aguardava do lado de fora, entrou e auxiliou o menor na subtração de alguns pertences, como um notebook. Entretanto, todos os envolvidos diretamente no crime acabaram presos posteriormente em ações das Polícias Militar e Civil.

Relação
Uma sexta pessoa que também estava sendo acusada de envolvimento no crime, uma mulher, acabou sendo absolvida pelo juiz por falta de provas. Na época ela teve sua prisão preventiva decretada depois que a Polícia Militar encontrou o notebook da vítima em seu poder. Segundo relato da sentença, esta mulher, sabendo das casas de aluguel pertencentes ao comerciante, se aproximou dele passando a ter estreito relacionamento que era correspondido por Shinkai. Consta que ela chegou a ficar hospedada num hotel da cidade com as contas pagas por Shinkai passando a conhecer os hábitos e situação financeira do comerciante.

(Rafael Machi)

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