Julgamento: Homem é condenado a 14 anos de prisão por homicídio

DA REPORTAGEM

O Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Penápolis decidiu na tarde de ontem, 07, pela condenação de Dejair Fulgêncio da Silva, 49 anos, acusado de matar, a golpes de faca de cozinha, Reginaldo de Lima Ferreira, 47 anos, mais conhecido como Índio, no último dia 09 de maio do ano passado. A sentença foi dada após trabalhos de acusação e defesa que duraram quase seis horas durante o Júri, sendo que Dejair foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado por homicídio doloso duplamente qualificado. Os trabalhos do Júri iniciaram por volta das 10h00 com a presença do advogado de defesa do acusado e de representante do Ministério Público que realizou o trabalho de acusação. Questionado, Dejair disse que não tinha a intenção de matar Índio, e que não se lembra do momento em que o atingira com a faca. Ele explicou que estava dormindo no dia do crime e que quando acordou viu sua amásia, Valdinéia Lúcia Mota Milton, de 43 anos, abraçada com Índio na frente de sua casa. Valdinéia alega que índio estava apenas lhe dando os parabéns pelo dia das mães, comemorado naquele dia. Ainda segundo Dejair, ele teria questionado Índio sobre o que estava ocorrendo, e ele respondeu que Dejair não sabia de nada do que estava acontecendo entre ele e Valdinéia. Neste momento o acusado teria retornado para dentro de sua residência e pegado uma faca, voltando sem seguida, porém, mantendo a faca escondida com as mãos para trás, impedindo que Índio visse o objeto. Durante o Júri, Dejair alegou ainda que se aproximou da vítima ameaçando-a e que Valdinéia teria pedido para que ele fugisse, porém, Índio não a atendeu, momento em que houve luta corporal e o acusado acabou acertando a vítima. Depois do ocorrido, Valdinéia teria pedido para que Dejair devolvesse a faca, ele a entregou e retornou para sua residência. Dejair estava com Valdinéia ha cinco anos e alegou já ter flagrado ela com outro homem, porém, nada fez. Disse também que já havia sido preso em outra oportunidade por ter agredido a amásia por motivos de ciúmes. A condenação foi proferida pelo juiz presidente da seção Rodrigo Chammes por volta das 15h40. O local onde Dejair cumprirá a pena não foi divulgado.

Morte
Segundo o médico do Instituto Médico Legal (IML), que realizou a necropsia, Índio foi atingido por um golpe de faca, no tórax transfixando o pulmão esquerdo e atingindo a artéria coronária, causando hemorragia interna. Ele foi encontrado de bruços no local do crime, e em parada cardíaca, sendo em seguida socorrido pelo Resgate do Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Pronto-Socorro, onde não resistiu aos ferimentos e faleceu. Depois do crime, populares tentaram linchar o acusado e a Policia Militar precisou usar de armamento não letal para conter a fúria dos moradores do bairro. 

Próximo
O outro Júri deve ocorrer no dia 14 de junho. O acusado é o ex-marido da vítima, Clovis César da Mata Marques, que teria tentado matar Elisangela Mariana dos Santos. Segundo os autos do processo, Elisangela chegou em sua casa e ao adentrar, teria sido agarrada pelo acusado que estava escondido atrás da porta esperando-a chegar, e anunciado que iria matá-la, iniciando uma discussão. Clóvis estaria armado com uma faca e teria tentado golpear Elisangela, porém, ela conseguiu se defender, pois estava com um capacete nas mãos, evitando ferimentos mais graves. A vítima teria sido levada para fora da casa, e golpeada na barriga, momento em que gritou e foi socorrida em seguida. Segundo a promotoria do caso, a agressão de Clóvis contra Elisangela teria sido motivada por ciúmes do acusado. O fato se agravou quando Clóvis teria visto o atual namorado de sua ex-companheira, deixando-a em sua casa. Este seria o estopim para a agressão e tentativa de homicídio. (Rafael Machi)