Jovens pesquisadores resgatam a história do Carnaval em Penápolis

Com o final do contrato das atividades de estágio na Prefeitura de Penápolis em dezembro de 2008, os jovens Anderson Marinho Pereira, 22 anos, estudante de História e Leonardo Bosso Belussi, 20 anos, estudante de Marketing decidiram montar um projeto de pesquisa sobre a História do Carnaval em Penápolis e mostraram para a Secretaria Municipal de Cultura que de imediato ofereceu apoio à iniciativa. O resultado desse projeto será a Exposição “Resgate Cultural do Carnaval”, com fotos, recortes, objetos, vídeos entre outros recursos que fazem um paralelo entre o passado e presente do Carnaval em Penápolis.
“Decidimos resgatar a cultura do Carnaval porque notamos que hoje as pessoas só pensam em beber, fazer bagunça e muitas vezes não sabem o real significado do Carnaval. A tradição do Carnaval em Penápolis era muito forte e hoje se apagou”, lamenta Leonardo Belussi. Seu parceiro neste projeto, Anderson Marinho, o Tatá, contou que como fonte de pesquisa utilizou o acervo disponível no Museu Histórico e Pedagógico “Memorialista Gláucia Maria de Castilho Muçouçah Brandão” e fontes pessoais, como os descendentes (filhos e netos) dos precursores do carnaval em Penápolis. “Fizemos uma grande pesquisa nas edições dos jornais de 1910 até os dias atuais. O conteúdo de um documento sobre o carnaval feito em 1986 por Marcos Filippin e Marcemino também nos ajudou bastante. Além dessas fontes documentais, entrevistamos 16 pessoas da comunidade que traziam relatos do passado do carnaval. Essas entrevistas viraram um vídeo-documentário que também estará na exposição”, comentou Tatá.

Primórdios do Carnaval
Durante a pesquisa, os estudantes descobriram que as primeiras manifestações carnavalescas, ainda que não oficiais, aconteceram por volta de 1910, através de um grupo intitulado Sociedade Espanhola, no Bairro Alto, atual Vila Martins. Somente na década de 30 o Carnaval na cidade se tornou oficial, tendo o registro da primeira escola de Samba, a “Escola de Samba da Dona Tereza”, que foi a precursora do carnaval em Penápolis. Tempos depois se formaram as Escolas de Samba da Usina Campestre.  Outro dado interessante é que antes os desfiles eram realizados na avenida Luiz Osório, conhecida como “Passarela do Samba” e as pessoas podiam ficar na rua até às 4h, sendo que após esse horário, todos tinham que se recolher.

Exposição
Além de todo o material encontrado na pesquisa, como fotos, desenhos, textos, recortes, vão estar expostos os instrumentos musicais da época, fantasias antigas e atuais, terá também um mural de curiosidade e a apresentação do vídeo-documentário. A exposição “Resgate Cultural do Carnaval” ficará na Sala Cora Coralina de 19 de fevereiro a 06 de março, das 8h às 11h e das 13h às 17h, com entrada franca a toda comunidade. Secom – PMP