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CIDADE & REGIÃO

30/03/2011

José Alencar morre após luta contra câncer

Arquivo/Diário
Detalhes Notícia
Na foto, ministro Márcio Fortes, Lourival do Daep, vice José Alencar e Prefeito João Luís, em 2008

DA REPORTAGEM

O ex-vice-presidente da República José Alencar morreu ontem, 29, às 14h41, por falência múltipla de órgãos, aos 79 anos. Ele estava internado no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Nascido no Estado de Minas Gerais, o político mineiro lutava havia 13 anos contra um câncer na região do abdômen. Por várias vezes, o ex-vice foi internado para realizar o tratamento da doença, sendo internado na segunda-feira, 28, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com quadro de suboclusão intestinal (entupimento do intestino). Ele chegou a ficar internado por 33 dias, inclusive no período de Natal e ano novo. A internação tinha sido motivada pelas sucessivas hemorragias e pela necessidade, de tratamento do câncer. No dia 26 de janeiro, recebeu autorização da equipe médica do hospital para permanecer em casa, no entanto, acabou voltando ao hospital dias depois. Um dos atos do ex-presidente que foi destaque no país, foi a insistência em ir a Brasília, mesmo estando internado, para participar da posse da presidente Dilma Rousseff. Momentos antes da cerimônia ele cogitou deixar o hospital para ir até a capital federal a fim de descer a rampa do Palácio do Planalto com Luiz Inácio Lula da Silva. Após a desistência, Alencar fez questão de vestir um terno e convocou uma coletiva com os jornalistas na qual afirmou sentir que sua missão estava “cumprida”. Ele disse que não tinha medo da morte. “Se Deus quiser que eu morra, ele não precisa de câncer para isso. Se ele não quiser que eu vá agora, não há câncer que me leve”, afirmou o ex-vice-presidente.

Luta
Os últimos meses de Alencar foram de internações longas e sucessivas, tudo para que pudesse lutar contra a doença em que afirmava não ter medo. Em 9 de fevereiro do ano passado, ele foi hospitalizado devido a uma perfuração no intestino. Ele já havia permanecido internado de 23 de novembro a 17 de dezembro para tratar uma obstrução intestinal decorrente dos tumores no abdômen. No dia 27 de novembro, foi submetido a uma cirurgia para retirada de parte do tumor e de parte do intestino delgado. Sua batalha contra a doença já era longa passando por mais de 15 cirurgias e tratamentos desde quando descobriu a doença, há 13 anos. Em abril de 2010, Alencar chegou a desistir da candidatura ao Senado para se dedicar ao tratamento do câncer. Em 2009 ele chegou a ser voluntário em um tratamento experimental em Houston, nos Estados Unidos, com medicamentos desenvolvidos pelo hospital MD Andreson, mas não surtiu o efeito esperado e Alencar decidiu continuar seu tratamento no Hospital Sírio Libanês em São Paulo.

Vida
José Alencar Gomes da Silva nasceu em 17 de outubro em Itamuri, município de Muriaé, Zona da Mata mineira. Ele é o 11º filho de um comerciante e uma dona de casa.  Em 1945 ele conseguiu o primeiro emprego aos 14 anos como vendedor de tecidos numa loja em Muriaé. Após todo o conhecimento obtido através da venda de tecidos durante sua adolescência, Alencar, com empréstimos da extinta Sudene e apoio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, funda, em 1967 na cidade de Montes Claros, a “Coteminas”, que se tornaria um dos maiores grupos têxteis do país. Em 1993, ele começa sua dedicação intensa à política como candidato à governador de Minas Gerais pelo PMDB, porém fica apenas em terceiro lugar. Já no ano de 1997, José Alencar dá início em sua batalha contra o câncer, luta que duraria 13 anos. Em 2002, é eleito vice-presidente de Luiz Inácio Lula Da Silva pelo Partido Liberal, sendo reeleito em 2006, desta vez pelo Partido Republicano, que ajudou a fundar. A partir daí, mesmo com a função presidencial, Alencar se afasta diversas vezes para se dedicar ao tratamento intensivo que durou até a tarde de ontem. José Alencar era casado com Mariza Campos Gomes da Silva e deixa três filhos: Josué Christiano, Maria da Graça e Patrícia. A presidente da República Dilma Rousseff, que estava em viajem com o ex-presidente Lula, disse que o corpo do ex-vice-presidente José Alencar será velado no Palácio do Planalto. A medida foi tomada após autorização da família. O ex-presidente disse ter apoiado a decisão de oferecer o Palácio do Planalto para o velório e se emocionou muito ao falar sobre a morte do companheiro político.

Lideranças Penapolenses
Algumas lideranças penapolenses, ao saber da morte de José Alencar se mostraram bastante emocionados. Procurado pela reportagem do Diário, o prefeito João Luis dos Santos afirmou ter um grande carinho e respeito por Alencar e afirmou que o país perdeu uma liderança política. “Considero uma grande perda para o país. Eu o conheci pessoalmente, ele era daquele jeito mesmo que a imprensa mostrava, um ser humano da maior grandeza, amável, solidário. Ele foi um grande companheiro do ex-presidente Lula durante 8 anos. José de Alencar é um exemplo de que a política pode ser exercida com alegria e sobretudo com honestidade, buscando sempre o bem comum”, comentou. Já o presidente do Partido Republicano de Penápolis, Carlos Alberto Feltrin, disse que a perda do ex-vice-presidente foi algo lamentável e destacou a luta de Alencar. “Ele foi um exemplo para todos nós, tínhamos uma grande consideração por ele. Alencar tinha um objetivo de vida e o alcançou; sem contar as metas e planos que ainda traçava e almejava insistentemente. Com certeza foi um grande vice-presidente e empresário. O Brasil perde um grande homem”, finalizou. Até o fechamento desta edição ainda não havia a informação do horário inicial do velório nem o local onde seu corpo será sepultado. (Rafael Machi)

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