Jorginho Maluly preside audiência e defende a preservação do Cerrado

O decano de pós-graduação e pesquisa da Universidade de Brasília (UnB) Márcio Pimentel alertou para a velocidade da transformação do Cerrado nos últimos 20 anos e para o perigo de desaparecimento do ecossistema, se prevalecer a atual taxa de desmatamento de 1,5% ao ano. O professor pediu rapidez no início dos trabalhos Rede de Pesquisa em Ciência e Tecnologia para Conservação e o Uso Sustentável do Cerrado, que foi lançada hoje em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, da qual participou.

Na avaliação do deputado Jorginho Maluly (DEM-SP), que presidiu a reunião, o sistema será fundamental para integrar os procedimentos, os projetos e os financiamentos para a pesquisa relativa ao meio ambiente. Na ocasião, o Deputado externou suas preocupações com os graves problemas que o "efeito estufa" vem causando ao meio ambiente no Brasil.

Pimentel lembrou que apenas 6% do Cerrado está em área protegida pelo poder público e argumentou os gestores precisam embasar suas políticas no conhecimento produzido pela rede.

Na audiência, a professora de Ecologia da UnB Mercedes Bustamante destacou o papel do Cerrado na interação entre os ecossistemas do País. Ela lembrou que o Cerrado ocupa 21% da área total do Brasil e está presente em 11 estados. Em razão dessa importância, o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que sugeriu a reunião, disse que a sociedade precisa se mobilizar em defesa do Cerrado. (PH)