Júri absolve “Carabina” em julgamento

O Tribunal do Júri de Penápolis absolveu ontem o réu Jair Felício, mais conhecido pelo apelido de “Carabina”, 50 anos, acusado de matar a golpes de vassoura o aposentado Waldemar Assumpção Fernandes, 76, que residia na cidade de Barbosa. Pelo entendimento do júri, a tese de legítima defesa foi acolhida. Os trabalhos foram presididos pelo juiz Rodrigo Chammes e o Conselho de Sentença foi formado por meio de sorteio por quatro homens e três mulheres. A acusação ficou a cargo do promotor Dório Sampaio Dias, enquanto que a defesa de Carabina foi feita pelos advogados Paulo Roberto Martins e Joel Pereira Gomes. Conforme consta nos autos do processo, o crime aconteceu no dia 03 de julho de 2006 quando Felício conversava com Maria Angélica Barbosa, momento em que a vítima se aproximou, gerando uma discussão e logo em seguida luta corporal, onde Fernandes golpeou com um canivete a barriga de Carabina, que passou a atirar contra ele pedras e tijolos, atingindo na barriga e pernas. Após isso, o réu se apropriou de um cabo de vassoura, passando a desferir violentos golpes, em especial na cabeça do idoso ocasionando em Waldemar hemorragia intracraniana.

“Desarmar o aposentado”
Em seu depoimento perante o Tribunal do Júri, o réu afirmou que queria apenas desarmar a vítima com o cabo de vassoura. Ele lembrou que no dia do crime estava indo até seu salão de festas que fica próximo a residência de Waldemar, com o objetivo de limpar o estabelecimento. Neste momento, Carabina começou conversar com Maria Angélica, e entre os assuntos, comentaram sobre o jogo da seleção brasileira de futebol, quando a vítima se aproximou do réu e começou perguntar se ele tinha alguma coisa contra o aposentado. Jair respondeu que não, quando Waldemar se aproximou e começou pronunciar palavras de baixo calão. Após isso, o aposentado desferiu um golpe com um canivete que estava escondido em uma das mangas da camisa que usava, atingindo-o no abdômen, o que causou lesão corporal de natureza grave. Em seguida, Jair atirou uma pedra em Waldemar, saindo correndo em seguida. Mesmo assim, a vítima continuou seguindo o réu, quando este pegou dois blocos de tijolo e arremessou contra o aposentado, sem sucesso. A vítima continuou acompanhando Jair quando ao se aproximar do posto de gasolina em que trabalha, se apossou do cabo de vassoura e desferiu um golpe na cabeça de Waldemar, que caiu no chão.

Último julgamento
O último julgamento deste trimestre está previsto para ocorrer no dia 16, quando será julgado Rodrigo Elias Ferreira, o “Batatão”, acusado de matar Carlos Pereira da Silva Filho, o popular “Dentinho”. O crime foi praticado no dia 03 de março de 2006, no Jardim Planalto. Batatão teve ajuda de um adolescente para praticar o delito. O réu teria dado quatro cápsulas de cocaína para o jovem esconder e a vítima tinha conhecimento de onde elas estavam. Com o sumiço da droga, Dentinho passou a ser acusado de tê-las pegado. No dia do crime, ele se encontrou com Rodrigo, que após uma discussão, deu um golpe com capacete e em seguida efetuou vários disparos de revólver contra Carlos. Mesmo ferido, o rapaz tentou fugir, mas acabou levando uma rasteira do adolescente que caiu e foi novamente atingido por vários tiros da arma que havia sido recarregada. Após isso, os acusados fugiram em uma motocicleta. O réu foi preso dias depois e continua encarcerado. (IA)