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CIDADE & REGIÃO

27/06/2019

Investigação: Polícia reconstitui homicídio em canavial de usina

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Policiais civis e peritos chegaram à usina por volta das 09h00 para a reconstituição

DA REPORTAGEM

A Polícia Civil de Penápolis realizou na manhã desta quarta-feira (26) a reconstituição do homicídio contra o motorista Marcos Vinícius Matias, de 25 anos, encontrado morto com um tiro, em meio a um canavial em uma usina desativada no dia 20 de dezembro do ano passado. A suspeita é que a vítima teria entrado na usina, juntamente com outras pessoas, para furtar cabos de energia. 
Os trabalhos de reconstituição foram comandados pelo delegado responsável pela investigação Heweraldo Weber Gonçalves e contou com a participação de investigadores do 1º Distrito Policial e também de peritos do Instituto de Criminalística. Participaram da ação também o vigilante que efetuou o disparo e outra testemunha. A imprensa não pôde acompanhar os trabalhos, já que o crime teria ocorrido em uma área particular da usina.
As viaturas policiais chegaram ao local por volta das 09h20. Os policiais seguiram a pé até o local do crime para os trabalhos de reconstituição, que duraram mais de uma hora. 
Segundo o delegado, as versões apresentadas pelo acusado e também por uma testemunha são bastante parecidas com o que já haviam afirmado em seus depoimentos após o crime. “A reconstituição é importante para verificarmos tudo o que foi dito em depoimento. O acusado deu sua versão durante os trabalhos, assim como uma testemunha. O próximo passo será aguardar os laudos técnicos da perícia para termos a confirmação destas informações”, explicou o delegado.
Ele disse também que o acusado não é um policial militar que estaria prestando serviços para a empresa de vigilância contratada para a segurança da usina, como havia a suspeita inicialmente. 
Já de acordo com o que foi apurado pela reportagem, o vigilante não possui porte de arma. Desta forma ele não poderia manusear o revólver usado no crime.
“O inquérito continua aberto até colhermos todas as informações necessárias para que possamos encaminhar o caso à Justiça”, finalizou o delegado.
O vigilante segue respondendo o inquérito em liberdade. Ele se apresentou à polícia dias depois do ocorrido, prestando sua versão. Além disso, o acusado também entregou a arma usada, um revólver calibre 38.
Ao se apresentar, o suspeito contou em sua oitiva de que existe uma equipe própria responsável pela segurança do local, mas que eventualmente era chamado para cobrir folga dos funcionários, motivo pela qual ele trabalhava naquela noite.
Ele comentou que havia saído para ronda juntamente com um porteiro e que durante os trabalhos teria ouvido conversas e avistado duas pessoas andando pela área da indústria. Quando a dupla percebeu a presença dos vigias, teriam saído correndo, juntamente com outras pessoas não identificadas. Na fuga, o segurança alegou ter ouvido um estampido bastante parecido com um disparo de arma de fogo. Neste momento o vigia que acompanhava o segurança se jogou no chão, fazendo-o acreditar que ele havia sido atingido, oportunidade em que sacou seu revólver e efetuou dois disparos, entretanto, sem imaginar que havia atingido alguém. Um dos tiros acertou a vítima, sendo que a munição chegou a transfixar seu corpo.

Ocorrência
Segundo o Boletim de Ocorrência registrado na noite do crime, policiais militares foram acionados a comparecerem na usina por volta das 20h50 para atender ocorrência de furto de fios de cobre na usina. Na oportunidade eles haviam encontrado no local, vários fios enrolados, sendo posteriormente confirmado o furto de mais de cinco mil metros de cabos. Às 22h30, os policiais foram novamente acionados ao local com a informação de que uma pessoa havia sido encontrada caída no canavial.
Durante a perícia, foi constatado que a vítima levou um tiro nas costas, cujo projétil transfixou o corpo e saiu pelo peito, do lado esquerdo. O porteiro da unidade falou para a polícia que foi informado pelo vigia, por volta das 19h30, que haviam tentado furtar fios no local, e desconhecidos teriam sido vistos correndo nas proximidades. 
De acordo com a testemunha, esse segurança sacou uma arma, disparou duas vezes e depois correu atrás dos ladrões. Somente mais tarde o porteiro foi comunicado sobre o encontro do cadáver no canavial.

(Rafael Machi)

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