Integrantes do MST bloqueiam Marechal Rondon em Penápolis

Arci Lourenço de Almeida

Aproximadamente cerca de 100 pessoas, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, bloquearam na tarde de sábado, 31, por volta das 15h30, à rodovia Marechal Rondon em Penápolis (SP), próximo ao trevo de retorno, localizado a uns três quilômetros depois do Posto da Polícia Rodoviária, causando transtorno para os motoristas que transitavam pelo local. O bloqueio durou cerca de 30 minutos. Os manifestantes reivindicam mais agilidade na desapropriação de áreas para a reforma agrária. As famílias do MST acamparam em frente à fazenda São José, que segundo um dos líderes do movimento João Luís Carnicel, pertence à Usina Campestre, e como houve pedido de falência da empresa, as terras agora pertencem ao Governo Federal, podendo ser ocupadas para reforma agrária. Com bandeiras e cartazes, o grupo interrompeu a passagem dos veículos na faixa da estrada, no sentido Capital-Interior. Elas reclamam da demora nos processos de liberação de terras improdutivas da região. A fila de veículos na rodovia chegou a cerca de um quilômetro, diversos motoristas se arriscaram para fugir do congestionamento. Após 30 minutos, o grupo liberou a rodovia. A Polícia Rodoviária e viaturas da Policia Militar de Penápolis acompanharam o ato que foi pacifico, de perto, mas a manifestação não foi comunicada com antecedência às autoridades. Por este motivo, segundo o tenente da Polícia Rodoviária Gabriel Eleutério seria registrado um boletim de ocorrência em nome de três líderes do movimento. Entre as áreas reivindicadas pelos Sem Terra, está uma fazenda de 10 mil hectares em, que segundo os integrantes do movimento, pertence ao Governo Federal e não está em processo de desapropriação. Os integrantes do movimento tinham agendado para domingo, uma reunião para decidir o nome do assentamento na fazenda São José, que provavelmente chamaria Nelson Mandela.