Instrução: Sindicato Rural oferece curso de rédeas para criadores

Terminou ontem no Haras Tropel em Penápolis o curso de rédeas promovido pelo Sindicato Rural e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Os 15 participantes iniciaram na segunda-feira, 30, o treinamento que se estendeu por toda a semana, das 8h00 ao meio-dia e das 13h00 as 17h00, totalizando 48 horas de curso.

Segundo o instrutor eqüestre Paulo Afonso da Cunha, responsável pelas orientações, o curso finaliza uma série de instruções que conta ainda com noções de casqueamento, ferrageamento e doma racional. “Um é complementação do outro e visa um melhor condicionamento do animal e a preparação correta por parte de seu criador”, comentou. Paulo, que há 30 anos trabalha com a realização de cursos para pequenos e médios produtores, é proprietário do Centro de Treinamento “Professor Paulo Cunha”, no município paulista de Itaberá. Ele explicou que o treinamento faz com que o animal fique apto para ser conduzido em qualquer modalidade. “Todo cavalo tem que ter um bom casco, por isso temos o curso profissionalizante de como casquear, como ferrar. Depois vem a doma racional, que traz todos os recursos de como fazer o animal entender o comando, sem judiar dele ou impor as condições de forma bruta”, disse.

Evolução

Há cerca de oito anos, a qualificação dos criadores passou a acontecer com freqüência em Penápolis, graças à parceria com o Senar, que estabelece um calendário anual de atividades do ramo.

Para o responsável pelo Haras Tropel, César Alexandre Simon Magalhães, o curso muitas vezes é a única referência de ensinamento para alguns criadores. “Felizmente o interesse e a realização de iniciativas como esta tem crescido e existem os apaixonados por cavalos, que querem conhecer os procedimentos corretos”, disse, “Esta é uma ótima oportunidade por ser um treinamento completo que auxilia muito quem não tinha noção alguma dos cuidados necessários”, completou Alexandre.

Ele revelou ainda que o curso atrai pessoas de várias cidades. “Temos criadores não só de Penápolis e região como de Santos, São Paulo, Peruíbe, Praia Grande, entre outras”, disse ele. “A eqüinocultura brasileira hoje está no nível dos outros países antes considerados superiores. Nossa qualidade aumentou muito”, completou o instrutor Paulo. (AR)