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CIDADE & REGIÃO

23/08/2009

Hospital Espírita será inaugurado dia 06

Detalhes Notícia

Após 11 anos do lançamento da pedra fundamental, será inaugurado no próximo dia 06 de setembro, um novo complexo hospitalar instalado às margens da via de acesso Luciano Arnaldo Covolan, em Penápolis. Em uma área de 60 mil metros quadrados doados pelas famílias de Ramon Castilho Martins e Massayk Shinkai, com a ajuda da comunidade e de órgãos governamentais, abnegados ergueram o “Hospital Espírita João Marchesi”. O sonho do grupo, que teve início no dia 10 de outubro de 1998, será concretizado às 10h00, com a solenidade de inauguração. A data coincide com os 50 anos de atuação da instituição em Penápolis, quando João Marchesi deu o primeiro passo assistencialista da entidade. Segundo um dos entusiastas da idéia e que está no projeto desde seu início, o comerciante Mário Abe, a fase mais difícil enfrentada pelo grupo ocorreu justamente em seu início. “Além da falta de dinheiro outro fator que nos prejudicou bastante na época foi à falta de credibilidade, pois poucos acreditavam que seria possível concretizar este sonho”, lembrou Mário Abe. As novas dependências foram construídas para oferecer um serviço mais humanizado aos pacientes. A entidade atende 42 municípios, possuindo capacidade para prestar assistência multidisciplinar gratuita a 78 pessoas. O complexo conta com três pavilhões de alojamentos, dois refeitórios, lavanderia, prédio de administração, cozinha, área de terapia e aproximadamente 51 apartamentos. Atualmente a entidade é presidida por Carlos Alberto de Campos Martins, tendo na vice-presidência José Paulo Lopes.

Tributo a João Marchesi

Conforme dados levantados pelo historiador Adolpho Avoglio Hecht, João Marchesi nasceu em Nemoli, na Itália, no dia 05 de fevereiro de 1887, filho de Antônio Marquesi e Anna Antônio Ferrari. Chegou ao Brasil, através do Porto de Santos, como imigrante, no dia 15 de setembro de 1906, com 19 anos de idade. Segundo o historiador, existem alguns desencontros de informações, no entanto, depois de sua chegada, existe a probabilidade de ele ter trabalhado em lavouras de café da região. Segundo consta, a princípio em São Paulo e posteriormente no município paulista de Amparo, onde trabalhou com o tio Januário e o irmão Nicola. Na sequencia seguiu a trabalho para Jaboticabal (SP) e Taquaritinga (SP), cidade onde, por volta de 1910 casou-se com Carolina Corazzini. Em uma localidade conhecida por Santa Cruz das Laranjeiras nasceram os filhos Antônio e Romilda. Procedente de Taquaritinga, João Marchesi chegou a Penápolis, juntamente com a família, em 1917, quando a cidade tinha apenas nove anos de fundação. Passou a residir no então Bairro Alto, (atual Vila Martins) e a atuar na antiga função de folheiro, profissão atualmente conhecida por funileiro. Devido a profissão, era conhecido pelo apelido de João Folheiro. João e Carolina tiveram doze filhos. Após residir por vários anos no Bairro Alto, adquiriu um terreno no início da avenida Luís Osório, onde atualmente está instalada a Creche Auta de Souza e Centro Espírita. No local construiu sua residência e posteriormente doou a área para a entidade. Segundo o historiador, com dificuldade e ajuda de amigos concluiu a construção da sede do Centro Espírita Discípulos de Jesus, inaugurando-a no dia 22 de junho de 1925. Além de folheiro, João Marchesi foi também proprietário de um armazém de Secos & Molhados, fabricante de colchões, onde eram utilizados crina de cavalo e capim, montou uma fábrica de linguiça, foi vendedor de verduras, cultivou amoreiras e lagartas para formar casulos e produzir seda, e foi comerciante de móveis, dentre outras funções. Antes de abraçar o espiritismo, segundo levantamento do historiador, bebia e fumava muito, além de ser descrente e até zombava sobre o assunto espiritual. Incentivado por amigos, visitou um Centro Espírita e, mesmo com pouca leitura, considerado como um semi-analfabeto, começou a ler os evangelhos com grande dificuldade. Mas, segundo as versões, em suas preleções, as faziam com desenvoltura e segurança, versando muito sobre Jesus e Allan Kardec. Na década de 1950, quando iniciou sua caminhada no espiritismo, segundo consta, ocorreram confrontos com os frades penapolenses, enquanto que um pastor metodista o defendia por sua obra voltada ao próximo. Em sua atuação como espírita, fornecia graciosamente a católicos e evangélicos, vidros de medicamentos homeopáticos, mesmo que isto custasse muito de seu suor e trabalho. Ao fornecer, sempre argumentava que: “se não for assim perde o valor, e, não haverá cura”. Na época a família de Orlando Pereira Gomes doou um terreno de 44 x 44 metros para o Centro Espírita Discípulos de Jesus, na rua Ramalho Franco, onde atualmente está instalado o Hospital Espírita João Marchesi. Neste local, com sacrifício e ajuda mútua foi construído um asilo destinado a doentes mentais. Os trabalhos nas obras para a construção tiveram início em 1952, tendo recebido o nome de Hospital Espírita Discípulos de Jesus. Em 1944 passou a ter personalidade jurídica própria, sendo seu nome alterado para Hospital Espírita João Marchesi. Atualmente atende a doentes mentais, alcoólatras e toxicômanos. João Marchesi faleceu, aos 72 anos de idade no dia 27 de fevereiro de 1959 e está sepultado em Penápolis, na Necrópole Santa Cruz. (SRF)

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