Hospital Espírita define Mega Leilão para agosto

DA REPORTAGEM

Na tarde de ontem os diretores do Hospital Espírita João Marchesi, José Paulo Lopes (1º tesoureiro) e Mário Abe (2º tesoureiro) informaram à imprensa que o Mega Leilão da entidade está programado para o dia 23 de agosto no Kai-Kan. O evento, segundo eles, volta com força total em 2015, já que no ano anterior, devido ao longo período de seca, não foi possível sua realização. Segundo Mário Abe, desde o ano passado entidades como a Casa de Apoio e o Lar Vicentino promoveram grandes eventos para arrecadar fundos, o que não aconteceu com o Hospital. “Agora, em 2015, consultamos essas entidades sobre reativar a parceria, mas eles preferiram continuar o que estavam fazendo. Sendo assim, vamos promover sozinhos, esse leilão”, disse o tesoureiro, ao explicar que a falta de recursos dificulta a manutenção e o atendimento dos pacientes. Argumentou que, mesmo sendo referência de atendimento no Estado e recebendo pacientes de outras localidades – como ocorreu recentemente – com o fechamento de um hospital de Birigui, a instituição sempre precisa de recursos. Segundo os diretores, muitos grupos se mobilizam e apoiam as campanhas rápidas do hospital, como foi recentemente a tradicional Pizza Solidária, com o objetivo de arrecadar fundos para a manutenção das atividades e do próprio espaço. Sobre os pacientes que chegaram de Birigui, 27 ao todo, os diretores informaram que a permanência deles chega, agora, no terceiro mês, mas os recursos referentes à manutenção do grupo ainda não chegou. “Vamos receber segundo nos informaram, somente no próximo mês e os atrasados não vem. Não tem pagamento retroativo e o hospital é quem banca esse período”, disse José Paulo Lopes, enfatizando a necessidade de realizar um grande leilão no mês de agosto.  “Esperamos mais uma vez contar com o apoio de todos, não só de Penápolis, mas da região, para que colaborem e sejam generosos nas doações”, pediu o diretor.

Novos projetos
Cientes de que neste ano não serão liberados recursos por parte dos governos Estadual e Federal, a entidade espera resolver a situação do prédio do antigo hospital na rua Dr. Ramalho Franco, que pertence ao Centro Espírita Discípulos de Jesus. As diretorias das duas entidades estão conversando sobre várias possibilidades, o que pode render um novo prédio para o centro espírita e a construção de casas destinadas aos pacientes em melhores condições e que são atendidos no hospital. “Tudo está em discussão entre diretores e uma solução deverá sair em breve”, disse Mário Abe, explicando que para atender determinação em vigor, entre junho e julho a primeira casa estará disponível para esse projeto. “Temos 40 pacientes que precisam ser reintegrados na sociedade e para tudo isso precisamos de recursos”, explicou. A diretoria defende a construção de uma nova ala, destinada aos pacientes particulares que procuram a entidade, que não pode atender essa demanda. Mário Abe relatou que os investimentos são grandes, mas é preciso pensar na efetivação dessa obra, pois entende que os recursos oriundos do atendimento particular, financiam parte dos pacientes do SUS. “Acreditamos que esse é o caminho”, disse Mário Abe, enfatizando que uma nova ala implicaria em um sistema de hotelaria, enfermagem e recreação independentes. 

Redução de custo
A diretoria do HE relatou que vem recebendo apoio Departamento Regional de Saúde de Araçatuba que engloba 40 municípios, na aquisição de medicamentos, o que resultou na diminuição dos gastos com esse tipo de material. “Em alguns casos o município tem medicamento que supera a demanda atendida, repassando a sobra para o hospital. Isso vem acontecendo com frequência, o que dá fôlego para atender nossos pacientes sem onerar mais os nossos recursos”, disse José Paulo Lopes, lembrando a visita de uma representante da Secretaria de Saúde do Estado ao hospital– que também esteve em unidades da região – foi muito importante para o trabalho desenvolvido. “Na visão dela (que é da própria secretaria) o hospital tem condições de fazer mais pela comunidade, portanto podemos receber mais recursos para atender mais pessoas”, disse José Paulo.

(Carlos Netto)