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CIDADE & REGIÃO

19/07/2015

Grupo manifesta desejo de ocupar casas no Residencial Gimenes

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Mulheres reivindicam direito de ocupar casas no residencial Gimenes

DA REPORTAGEM

Uma manifestação tem ocorrido nos últimos dias no residencial Gimenes, em Penápolis, depois que um grupo de mulheres solteiras passaram a reivindicar o direito de ocupar seis residências do bairro que estariam vazias desde a inauguração, em abril do ano passado. Os imóveis estariam desocupados por determinação judicial, já que processos estão sendo analisados sobre o direito de ocupação do espaço por parte dos proprietários sorteados durante os trâmites de distribuição das moradias. De acordo com elas, a manifestação iniciou na quarta-feira (15), depois que elas resolveram ir para frente das casas para realizar o movimento. Elas comentaram que os imóveis têm sido alvo de vandalismo, sendo que em um as portas foram arrancadas. A reportagem do DIÁRIO DE PENÁPOLIS esteve no local e constatou os problemas que estão ocorrendo nas casas. A fiação foi furtada e por isso não possuem mais energia elétrica. Além disso, torneiras e outras peças também já foram levadas por vândalos. Até mesmo o vaso sanitário de um dos imóveis foi retirado. Vidros de janelas também foram quebrados. O problema foi causado pela facilidade que as pessoas têm de entrar no local, já que portas e janelas estão abertas, o que permite o livre acesso.  Ainda segundo o grupo de mulheres, algumas das casas estariam sendo usadas até mesmo para o consumo de drogas e atos libidinosos. A ação de vândalos tem danificado as casas desocupadas, mas também a própria ação do tempo. Em uma dela é possível ver paredes e teto danificados como mofo e lodo. Em outra, a ação de fungos danificou diversas portas, além de outras avarias. 

Reivindicação
As mulheres que reivindicam o espaço revelaram que até mesmo a Polícia Militar foi acionada ao local, tendo orientado o grupo quanto às consequências de uma invasão. Segundo elas, a intenção não é a de causar qualquer problema ou prejuízo às residências, mas de apenas ocupar um espaço que poderia já estar sendo utilizado por pessoas que necessitem do espaço, evitando os problemas já ocasionados por vândalos e a ação do tempo. Para Raquel dos Santos Ribeiro, 35 anos e mãe de três filhas, a necessidade é grande. “Moro de aluguel e poder ocupar uma casa como esta para mim seria muito bom. Não queremos nada de graça, todas nós estamos dispostas a pagar pela casa de acordo com os planos da Caixa e também os impostos necessários. Queremos fazer tudo certo, e ver estas casas abandonadas e sendo destruída por vândalos”, comentou. Raquel divide a mesma opinião da pensionista Creuza Bernardo dos Santos, de 62 anos. Ela possui problemas de saúde e o salário mínimo que ganha é insuficiente para comprar remédios e pagar o aluguel. “Pago R$ 600 de aluguel e ainda tenho que dividir o restante do dinheiro com remédios e alimentos. Infelizmente são gastos muito pesados e se conseguisse sair do aluguel me ajudaria muito”, ressaltou. 

Justiça
De acordo com o diretor administrativo da Emurpe, Evandro Tervedo Novaes, o local não pode ser ocupado, já que as casas estão passando por processos judiciais. Ele explicou que um equívoco no sorteio dos imóveis, foi o gerador do problema. Segundo ele, das mais de 230 casas construídas, nove teriam que ser destinadas para solteiros. Acontece que no momento do sorteio, os responsáveis da CDHU acabaram sorteando mais do que deveriam como titulares. “Acontece que foram sorteados os titulares e depois os suplentes. Quando os titulares procuraram a prefeitura para tomar posse da casa foi percebido que as destinadas para solteiros era insuficiente. O caso foi explicado para cada um deles e os sorteados excedentes seriam colocados como suplentes, o que não foi aceito por eles, que reivindicaram seus direitos junto à Justiça, já que haviam sido sorteados como titulares”, explicou. Com a ação judicial, as casas tiveram que ser interditadas, desta forma não puderam ser ocupadas por ninguém. Entre os nove imóveis que entraram na ação, três já foram ocupadas por pessoas que tiveram suas ações ganhas. As demais ainda aguardam a determinação do juiz. Em relação aos estragos sofridos nas residências, Evandro informou que a manutenção passa a ser da CDHU, que ainda é a responsável pelas moradias.

(Rafael Machi)

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