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CIDADE & REGIÃO
13/08/2008
Greve: Policiais prometem cruzar os braços a partir de hoje
Policiais civis de todo o Estado prometem paralisar suas atividades a partir de hoje por tempo indeterminado. O motivo da paralisação é o achatamento salarial. A categoria reclama que há 16 anos não ocorrem reajustes, tornando o salário deles um dos mais baixos entre os policiais em todo o país. Em contrapartida, existe a argumentação de que a cada dia o Estado bate recorde de recebimento de receita, o que, no entendimento dos trabalhadores, justificaria um aumento nos vencimentos. Segundo o delegado Mauro Gabriel, até ontem à noite a categoria ainda aguardava uma posição por parte do Governo Estadual. Caso a greve seja mesmo deflagrada, será a primeira na história envolvendo policiais civis de São Paulo. A categoria reivindica, além de aumento salarial, a incorporação de gratificações. Na segunda-feira ocorreu em Araçatuba uma reunião com representantes de toda a região, ficando decidido que o sindicato da categoria decidiria pela paralisação marcada para hoje. Ontem uma nova reunião foi realizada em Araçatuba e contou com a participação de delegados de toda a região. Até o fechamento desta edição o resultado do encontro não havia sido divulgado. O fato de um defensor público ter um salário superior aos dos delegados chega a ser encarado por muitos como uma afronta. Para os policiais, enquanto o defensor recebe para defender, na maioria dos casos, a bandidos, o delegado ganha para defender a população. Em Penápolis a expectativa é que apenas os casos graves sejam atendidos. Ficarão prejudicados os serviços de escolta de presos, visitas na Cadeia, investigações, inquéritos em andamento e os que iriam iniciar, atendimento de ocorrências corriqueiras, expedição de documentos como o RG (primeira ou segunda via), antecedentes criminais, cadastramento de carteira nacional de habilitação e renovação, licenciamento de veículo, dentre outros.
Apesar de comparecerem nas unidades, os policiais pretendem ficar parados, provavelmente na frente do prédio. “Eles orientarão a população e explicarão o motivo da paralisação”, informou Mauro Gabriel. A expectativa, apesar da tendência, até ontem era de que um acordo fosse fechado e não houvesse a necessidade da interrupção nos serviços. “Esperamos a compreensão da população caso a greve tenha início e torcemos para que não dure por muito tempo”, finalizou o delegado. A categoria é representada pelo Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), presidido por João Batista Rebouças. (SRF)
Apesar de comparecerem nas unidades, os policiais pretendem ficar parados, provavelmente na frente do prédio. “Eles orientarão a população e explicarão o motivo da paralisação”, informou Mauro Gabriel. A expectativa, apesar da tendência, até ontem era de que um acordo fosse fechado e não houvesse a necessidade da interrupção nos serviços. “Esperamos a compreensão da população caso a greve tenha início e torcemos para que não dure por muito tempo”, finalizou o delegado. A categoria é representada pelo Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), presidido por João Batista Rebouças. (SRF)
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