Greve dos caminhoneiros: Movimento começa a gerar falta do combustível na cidade

DA REPORTAGEM

O protesto de caminhoneiros por todo o Brasil tem provocado a falta de combustíveis em muitos postos de abastecimento. As notícias de postos de combustíveis fechando por falta do etanol e da gasolina têm assustado muitas pessoas, que correram para garantir o tanque do carro cheio. 
Em Penápolis não foi diferente. Logo pela manhã desta quinta-feira (24) os mais de 10 postos da cidade registraram movimentação intensa de veículos para serem abastecidos. Com a paralisação dos caminhoneiros em rodovias do país, muitos caminhões carregados com combustíveis não estão conseguindo chegar aos postos, provocando a falta dos combustíveis. 
Em cidades da região, como Araçatuba e Birigui, muitos postos fecharam ontem por conta do problema. Em Penápolis, ontem os postos ficaram cheios e enormes filas foram formadas em muitos deles. Em algumas situações, as filas, que eram formadas nas ruas, geraram problemas no trânsito, dificultando a passagem de veículos. No fim da tarde, os combustíveis de alguns postos acabaram. Sem ter como que abastecer os veículos, eles fecharam as portas.
Ainda no fim da tarde, em alguns postos havia somente gasolina, que apesar do preço, era à única saída para muitos motoristas não ficar sem o combustível. Foi preciso ter muita paciência para enfrentar as enormes filas que se formaram no fim do dia. 
A reportagem do DIÁRIO apurou que, nos postos que já estavam sem combustível, não há previsão de reposição, já que os caminhões de transporte não conseguem sair das refinarias.  Os que ainda tinham combustíveis utilizavam apenas seu estoque, sem previsão de reposição. 

Rodovia
Pelo terceiro dia consecutivo, diversos caminhoneiros aderiram à paralisação da categoria que vem ocorrendo em todo o Brasil e novamente cruzaram os braços na rodovia Marechal Rondon (SP 300), no trevo de acesso ao município de Avanhandava. A movimentação no quilômetro 476 continuou sendo pacífica e não gerou prejuízos para quem passava pelo local. Os caminhoneiros protestam contra a disparada do preço do diesel que faz parte da política de preços da Petrobras, em vigor desde julho. Nos dias de paralisação, os motoristas iniciaram o movimento no período da tarde e permaneceram até o fim do dia. 
O movimento foi acompanhado por policiais militares rodoviários, e também funcionários da concessionária que administra a rodovia. O movimento nacional ocorre nas rodovias federais e estaduais, além de vias importantes em 23 estados do país mais o Distrito Federal. Alguns atos ocorrem diante de refinarias, impedindo a saída de caminhões-tanque. 
A falta de entregas de produtos alimentícios em alguns pontos de CEAGESP causa transtornos para comerciantes que necessitam do centro de distribuição. A falta de produtos tem gerado aumento nos preços.

(Rafael Machi)