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CIDADE & REGIÃO

26/05/2018

Greve dos caminhoneiros: Depois do combustível, falta gás de cozinha em Penápolis

Imagem/Colaboração
Detalhes Notícia
Centro de distribuição de gás em Bauru tem fila de caminhões para o abastecimento de botijões vazios

DA REPORTAGEM

A greve dos caminhoneiros que atinge todo o Brasil, ainda tem resultados negativos em Penápolis. Na quinta-feira (24), muitos motoristas foram para os postos de combustíveis abastecer seus carros preocupados com o desabastecimento que vem ocorrendo nos postos de todo o país.
Agora outro problema que ocorre na cidade é a falta do gás de cozinha, que se agravou  ontem, quando nenhum dos depósitos pesquisados pelo DIÁRIO tinha botijão de gás para vender.
Apesar de o Governo Federal anunciar o acordo com os sindicatos da categoria, a paralisação dos caminhoneiros continuou ontem, o que agravou mais a situação de diversas cidades, inclusive em Penápolis, que passou a registrar a falta de alguns produtos, entre eles, o gás de cozinha.
Ontem pela manhã, a reportagem percorreu diversos depósitos na cidade,e em nenhum deles foi encontrado o produto para venda. Em alguns destes locais, a falta do botijão já acontecia deste a noite de quarta-feira (23).
Foi o que aconteceu com o comerciante Edmilson dos Reis, o Nil que relatou que o seu  estoque acabou ainda na quarta-feira, e  devido a greve dos caminhoneiros, seus caminhões que deveriam trazer o produto não conseguiam entrar na distribuidora em Bauru. “Hoje na loja não tenho nem mesmo os botijões vazios. Tive que enviá-los para Bauru na expectativa de que consiga fazer o reabastecimento, e que o caminhão retorne o mais breve possível após a liberação das rodovias, tentando amenizar, o quanto antes, a falta de estoque”, explicou. 
Ele comentou ainda que o problema não é somente de Penápolis, mas de diversas outras cidades da região. “Eu também faço a distribuição para outros depósitos da região, que ligam pedindo mais botijões. Infelizmente, enquanto a greve não acabar, ainda enfrentaremos estes problemas de abastecimento”, ressaltou.
Enquanto a reportagem estava num dos depósitos pesquisados, a todo instante pessoas ligavam ou iam ao local para saber se havia gás para venda. “A venda nas últimas horas foi muito intensa para pessoas que preocupadas com a greve queriam se prevenir  e deixar em estoque”, comentou.

Surpresa
A falta do produto acabou pegando muita gente de surpresa, como ocorreu com o aposentado Orlando Faustino. Ele contou que começou a procurar gás na manhã desta sexta-feira porque o gás de sua casa havia acabado, entretanto,  não imaginava esta situação da falta do produto, “não pensei que fosse afetar nossa cidade, já passei por diversos estabelecimentos, mas até agora nada”, se não conseguir comprar  botijão de gás, o jeito será apelar para restaurantes, o que é um gasto a mais para mim, mas pelo menos vou tentando me virar como posso”, comentou.
Os restaurantes também podem ser afetados pela falta de gás, principalmente quem trabalha em preparar alimentos e entregar  marmitex. A falta do botijão já assusta a comerciante Lucilene Lopes, que possui uma micro-empresa que produz marmitex. Segundo ela, até dois dias atrás, sua preocupação era o combustível para abastecer as motos que fazem as entregas, hoje, é a falta de gás na cidade. “Por realizar uma pequena produção, não tenho estoque de botijões e dependo da entrega dos depósitos, se eles não forem abastecidos logo, também terei minha produção afetada com prejuízo”, disse.

Combustíveis
Ontem, alguns postos permaneceram fechados em Penápolis por falta de combustíveis em seus reservatórios. Poucos dos que tiveram suas reservas zeradas no dia anterior ainda conseguiram uma pequena quantidade para novos abastecimentos. O problema, apesar do caos gerado na quinta-feira, não causou grandes dificuldades aos motoristas em geral, pois alguns postos ainda garantem reservas de combustíveis.
Na quinta-feira, a Justiça Federal expediu uma liminar que determinou o desbloqueio do acesso de caminhões-tanque em uma base de distribuição de combustíveis em São José do Rio Preto, mas na manhã de ontem, nenhum caminhão entrou ou saiu do pátio da distribuidora, apesar dos manifestantes terem deixado o local.
Em Araçatuba, a entrada do centro de distribuição de uma empresa de combustíveis foi fechada ontem também por um grupo de caminhoneiros. Os caminhões que chagavam ao local não puderam entrar para o abastecimento de seus tanques.

Força federal
O presidente Michel Temer disse ontem, em pronunciamento no Palácio do Planalto, que acionou forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhoneiros em greve. Temer optou em acionar as forças federais depois de se reunir com ministros para uma “avaliação de segurança” no país, pois a greve dos caminhoneiros continuou, apesar do acordo firmado entre governo e representantes da categoria.
Segundo a assessoria do Ministério da Segurança Pública, as forças federais incluem Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O governo informou que já entrou em contato com governadores, para que as polícias militares dos estados também sejam utilizadas na operação para desbloquear rodovias estaduais.

(Rafael Machi)

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