Funcionários da Santa Casa devem entrar em greve

DA REPORTAGEM

A Santa Casa de Misericórdia de Penápolis poderá ter seu atendimento suspenso na próxima terça-feira (02), quando os funcionários do hospital ameaçam paralisar as atividades em protesto por não serem atendidos em suas reivindicações de reajuste de salários e outros benefícios. A paralisação foi acertada entre os funcionários durante assembleia realizada na manhã de ontem sob o comando do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Araçatuba e Região—SinSaúde. Em nota, o SinSaúde informou que os funcionários da Santa Casa estariam insatisfeitos com a falta do cumprimento de acordos estabelecidos desde maio deste ano. Eles querem reajuste salarial de 8%, vale alimentação de R$100,00, o pagamento dos dias 31 e a manutenção das cláusulas e benefícios pré-existentes nos acordos anteriores. O presidente do sindicato Erivelto Correa de Araújo, afirmou que o movimento grevista, que reuniu cerca de 130 trabalhadores, não se trata de manifestação isolada, mas tem como principal objetivo chamar a atenção da provedoria da Santa Casa sobre o que vem acontecendo, causando prejuízos, principalmente pela falta do cumprimento de acordos estabelecidos. “Outra atitude somente será tomada se até o próximo dia 2 obtivermos um sinal positivo da provedoria, acatando integralmente as reivindicações legais dos trabalhadores que temos a honra e o orgulho de representar”, afirmou o presidente em nota enviada à imprensa. O sindicato informou que comunicou  a todos os órgão competentes sobre a greve a ser realizada. 

Santa Casa
Em contato com a reportagem, o superintendente do hospital, Antônio Crosatti, afirmou que a diretoria não foi convidada para participar da assembleia, que foi realizada somente entre os funcionários da Santa Casa e o sindicato. Crosatti revelou que o assunto deverá ser discutido na assembleia da irmandade que já ocorreria na próxima terça-feira. “O assunto vai ser discutido em assembleia e vamos avaliar qual poderá ser a melhor maneira de resolvermos este impasse, garantindo assim a melhor posição para os funcionários e as centenas de pessoas que dependem o atendimento da Santa Casa”, afirmou. O superintendente explicou que o reajuste de 2013 também não foi possível ser realizado no mês de maio, mas que o mesmo aconteceu em dezembro com o pagamento retroativo. “Na época conversamos com os funcionários, explicamos a situação e fomos compreendidos, o mesmo aconteceu neste ano, no entanto, sem a compreensão deles, que preferiram aderir à greve”, ressaltou. Crosatti afirmou que apesar do déficit mensal de R$ 140 mil, os pagamentos dos funcionários estavam sendo realizados em dia. Hoje o hospital possui 255 funcionários e uma folha de pagamento de R$ 380 mil. Com o reajuste pedido pelos funcionários o hospital incorporaria em sua folha de pagamento a quantia de R$ 360 mil ao ano.

(Rafael Machi)