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CIDADE & REGIÃO

15/09/2013

Feira do Brás divide opiniões de pessoas e órgãos da cidade

Arquivo/DIÁRIO
Detalhes Notícia
A “feirinha do Brás” atrai milhares pessoas por onde passa em busca de vestuários com preços baixos

DA REPORTAGEM

Nestes últimos dias muito se falou sobre a “Feirinha da Madrugada do Brás” que deve ocorrer no município de Alto Alegre no próximo fim de semana. O assunto gerou polêmica por causa de atos de vandalismos ocorridos na cidade em represália à realização do evento, que divide opiniões. Muitas pessoas são favoráveis e outras contra a vinda de comerciantes de São Paulo para revenderem seus produtos de vestuários – nem sempre com origem comprovada - a preços bastante acessíveis. Por conta dos preços baixos, por onde passa a feira é considerada de grande sucesso, pois atrai milhares de pessoas em busca dos produtos como calças, camisas e camisetas, e demais peças de vestuário para homem e mulher, para diversas idades e gostos. Os motivos que geram divisões de opiniões são variados. Em Penápolis, há tempos que os responsáveis pela organização da feira tentam alvará para a realização na cidade, no entanto, o projeto é barrado pela Prefeitura Municipal que, mesmo sendo efetuado o pagamento de taxas exigidas pelo município, não libera o documento. A não realização do evento na cidade também é compartilhada pelo Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio) de Penápolis. Entre estes órgãos o principal motivo para recusa é a valorização do comerciante local e o fato de muitos produtos serem de origem duvidosa. O prefeito Célio de Oliveira (PSD) faz questão de ressaltar sua opinião. “Se depender de mim o evento não será realizado em Penápolis”, afirmou. Segundo ele, o comerciante local é quem deve ser valorizado. “Eu prefiro valorizar e trabalhar com o comércio local. Os comerciantes daqui, além de trabalharem com produtos de qualidade e pagarem corretamente seus impostos, geram empregos na cidade, o que é muito bom para as pessoas”, explicou. Célio disse que entende os motivos pela qual as pessoas querem a realização da feira, mas que a ideia não traz benefícios para a cidade. “Eu sei que os preços são acessíveis e que por isso chamam a atenção, mas, em primeiro lugar, nem sempre sabemos a origem do produto, e as pessoas pagariam para um comerciante que não traz nenhum benefício para a cidade, eles simplesmente pegam seus lucros e vão embora e Penápolis fica sem nenhum benefício sobre isso”, comentou.

 

Sincomércio

O presidente do Sincomércio de Penápolis, Flávio Galinari, também apontou motivos parecidos para a não realização do evento. "Os comerciantes pagam seus impostos todos de forma correta e oferecem um produto de qualidade aos seus clientes. Quem participa de uma feira como esta oferece às pessoas um produto de qualidade inferior e procedência duvidosa, por isso os preços mais baixos", comentou. Ele explicou que quando se compra no comércio estabelecido em Penápolis, o cliente tem uma série de vantagens e direitos que não são oferecidas pelos feirantes.  “O tratamento é diferenciado, pois o comerciante estabelecido oferece um produto de qualidade, além de uma garantia e direitos até de troca de determinada peça de vestuário, o que não acontece na feira, onde o comerciante simplesmente vende e o cliente ainda tem que ter a sorte do produto lhe servir e não apresentar qualquer tipo de problema”, enfatizou. Flávio revelou que outro motivo para a não realização da feira é o desconhecimento da empresa responsável pela organização do evento. Segundo ele, contatos foram feitos com os responsáveis para apurar os dados da empresa que realiza a feira, mas que não consegue qualquer tipo de informação. “Assim como o município vai permitir a realização de um evento de uma empresa que você nem sabe a origem, quem é o responsável legal e se ela está de acordo com a Justiça? O evento não é organizado de forma clara, os feirantes veem à cidade, tiram o dinheiro de nossa população e simplesmente vão embora, causando prejuízos para a nossa própria cidade”, ressaltou. A Feira fixa do Brás é realizada naquele bairro em São Paulo, e é conhecida em todo o Brasil pela grandiosidade, diversidade em vestuários e o preço bastante acessível. Por conta destes quesitos, milhares de lojistas procuram este comércio todos os dias para comprar os produtos para revender em suas cidades. Também é grande o movimento de pessoas que vão ao comércio do Brás para a compra de roupas para o uso próprio. (Rafael Machi)

 

Opiniões populares sobre a “Feirinha do Brás”

Apesar da opinião contrária à realização da feira por parte de comerciantes, Sincomério e Prefeitura Municipal, grande parte da população se diz favorável à realização do evento na cidade. Conversando com pessoas pelas ruas sobre o assunto percebe-se que muitas delas alegam que o motivo pela qual preferem comprar na feira é em relação aos preços praticados pelos feirantes, sendo mais baratos que os preços de roupas encontradas em lojas penapolenses. Muitos comentam que mesmo sendo vestuários de qualidade inferior, os preços ainda valem a pena, já que em algumas lojas são considerados abusivos. Para saber as opiniões das pessoas, a reportagem do DIÁRIO foi ás ruas e ouviu munícipes sobre o assunto, e apenas uma se mostrou contrario a realização da feira. O aposentado Antônio Francisco Sanches Molin se diz contra porque o produto não oferece garantia de qualidade, e que o comércio local tem que ser valorizado. “Sem contar a sonegação fiscal que há sobre estes produtos. Eles simplesmente veem e levam nosso dinheiro embora, sou contra este tipo de coisa”, comentou. A dona de casa Maria Eulália da Cunha acredita que a feira deva ser realizada. Ela é uma das pessoas que levam em consideração a qualidade do vestuário em relação ao preço. “Sei que a qualidade nem sempre é boa, mas os preços são muito baratos e eu considero os das lojas da cidade muito caros, por isso sou a favor da feira, é uma chance que tenho de comprar mais. Talvez se os comerciantes praticassem preços mais razoáveis, as vendas seriam melhores e as pessoas dariam mais valor ao comércio local”, disse.  (RM)
 

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