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CIDADE & REGIÃO

04/07/2013

Falta de anestesista prejudica internações na Santa Casa

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Santa Casa não tem condições de receber internações por falta de médicos anestesistas e materiais

DA REPORTAGEM

 

As dificuldades financeiras, a falta de médicos em algumas especialidades, e de materiais a serem usados nos procedimentos cirúrgicos estão comprometendo o atendimento realizado na Santa Casa de Penápolis. Os problemas enfrentados pela irmandade têm feito com que internações na unidade não sejam realizadas, pois o hospital teme que o atendimento ao paciente seja prejudicado pela falta de médico ou material. Um boletim de ocorrência chegou a ser feito na Polícia Civil na madrugada de ontem. Nele o médico plantonista do Pronto Socorro alega que uma gestante deu entrada no PS em trabalho de parto, necessitando a internação imediata, que foi recusada pela Santa Casa justamente pela falta de anestesista, necessitando que o médico plantonista do PS procurasse vaga para a gestante em um hospital de outra cidade. A direção da Santa Casa foi procurada pela reportagem do DIÁRIO para falar sobre o assunto, no entanto o supervisor do conselho diretor, Antonio Crosatti, disse apenas que uma reunião havia sido realizada na tarde de ontem, com o Secretário Municipal de Saúde, Alex Marques Cruz, para que os problemas da irmandade fossem discutidos, recusando a falar sobre a matéria, informando que se pronunciaria apenas através da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Penápolis.

 

Problemas

O problema estrutural da Santa Casa se agravou em maio deste ano, quando três médicos anestesistas haviam reivindicado aumento salarial de 45%, o que não foi acatado pela Santa Casa na ocasião por falta de recursos. Por conta da recusa, no dia 14 daquele mês os médicos entraram em greve, realizando apenas os atendimentos emergenciais, deixando de atender as cirurgias eletivas. Durante o processo de negociação, um dos profissionais pediu demissão, saindo do corpo de funcionários da Santa Casa, agravando a situação. Com a saída de um dos médicos anestesistas, alguns dias da semana deixaram de ser cobertos pelos profissionais e desta forma, a Santa Casa não poderia receber internações. A orientação passada pelos diretores do hospital é que nestas datas nenhum tipo de internação seja feito, nem mesmo na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Assim, todo atendimento emergencial que necessita de internação do paciente será feito procedimento de pedido de vagas, através de uma central, para a transferência para outro hospital na região que tenha condições de recebê-lo. Durante este período, os procedimentos de primeiros socorros são feitos no próprio Pronto Socorro. O secretário municipal de Saúde afirmou que mesmo a Santa Casa passando por estas dificuldades, os profissionais do Pronto Socorro estão orientados a oferecerem todo o atendimento necessário ao paciente. "Inclusive com o pedido de vaga para outros hospitais. Sabemos que a situação da Santa Casa não está sendo fácil, assim iremos ajudar no que for possível, principalmente no amparo ao paciente que necessita de internação emergencial, realizando sua transferência o mais rápido possível", ressaltou Alex. Ele explicou que este procedimento teve que ser adotado justamente pela falta de anestesistas. "A santa Casa não pode receber internações sem um anestesista de plantão, pois se for necessário um procedimento cirúrgico, não haverá condições de realizá-lo, por isso a necessidade da transferência imediata", explicou.

 

Solução

Em entrevista para a rádio Difusora, o administrador da Santa Casa, Roberto Bastos, informou que através de negociações um contrato estava sendo firmado com um médico anestesista para completar o quadro, e que ele deve iniciar seus trabalhos no dia 15 de julho. Desta forma os problemas causados pela falta de profissionais serão amenizados, pois o hospital voltará a ter três plantonistas disponíveis. Segundo o secretário de Saúde, a prefeitura ajudará a Santa Casa com a disponibilização de um aporte financeiro ao hospital, que terá mais recursos para ser investidos no pagamento de funcionários e manutenção do hospital. Atualmente a Santa Casa recebe um repasse da Prefeitura de aproximadamente R$ 245 mil. (Rafael Machi)

 

Ortopedia e falta de materiais agravam situação da Santa Casa

A situação enfrentada pela Santa Casa em relação aos anestesistas se repetiu no quadro de médicos ortopedistas. O hospital contava com quatro profissionais que também pediram reajuste salarial. Da mesma forma, como a solicitação não foi viabilizada, estes também decidiram pela suspensão de atendimentos eletivos. A situação se agravou quando um dos ortopedistas pediu desligamento do hospital, fazendo com que os atendimentos emergenciais também fossem prejudicados.

A Santa Casa está estudando de que maneira irá sanar o problema. O fornecimento de materiais ortopédicos também está prejudicado, devido ao atraso de pagamento de fornecedores que seria realizado com recursos do Pró Santa Casa II. A quebra de instrumentos de trabalho também teria sido um dos responsáveis pela crise vivida na Santa Casa. Cirurgias ortopédicas, por exemplo, não teriam sido realizadas nas últimas semanas por conta de problemas nos três perfuradores que a Santa Casa possui. Um ofício do hospital foi enviado ao Ministério Público para que o mesmo possa instituir um grupo para buscar alternativas para a solução dos problemas da entidade. (RM)

 

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