Estatísticas criminais se mantêm baixas em Penápolis

DA REPORTAGEM

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo divulgou nesta semana os dados estatísticos sobre a criminalidade registrada em todo o Estado no mês de julho. Penápolis manteve os baixos números criminais que já vinha obtendo no decorrer do primeiro semestre, apesar de ser pequeno o aumento no comparativo de um mês para outro. 
De acordo com o levantamento apontado pela SSP, Penápolis registrou cinco casos de roubos durante o mês passado. Mesmo com este total, ainda foi o menor no acumulado do ano quando comparado com 2015 e 2016, que tiveram acumulativos de 98 e 26 roubos respectivamente. No acumulado de 2017 este total foi de apenas 16, o que representa uma redução de 89%. 
Sobre os roubos registrados em julho, a polícia ainda investiga as informações passadas pelas supostas vítimas em, pelo menos, três dos casos, já que existe a suspeita de que eles possam ter sido fraudados. Por outro lado, o número de roubos de veículos se manteve zerado neste ano de 2017, já que nenhum caso foi registrado até o momento. Estupros na cidade no mês passado foram dois casos registrados, enquanto que o total de furtos em geral foi de 57 em julho. Os casos de furto de veículos totalizaram quatro casos e se manteve em um efeito “sanfona” desde abril quando variou entre dois e quatro casos.  Ainda de acordo com o levantamento apresentado pela SSP, a cidade mantém apenas um caso de homicídio doloso registrado entre janeiro e julho deste ano. 
O número de casos de lesão corporal dolosa também caiu de 21 em junho para 17 no mês seguinte. Da mesma forma ocorreu com o número de vítimas por lesão corporal culposa por acidente de trânsito, que teve redução de 47 para 43 nos últimos dois meses. 
De acordo com o comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar de Penápolis, Luiz Antônio Flauzino, os números refletem o trabalho desenvolvido através da integração entre as Polícias Militar e Civil, além do Poder Judiciário e o Ministério Público. “A união destes órgãos e a troca de informações tem possibilitado que a Polícia Militar desempenhe um bom papel de fiscalização de pessoas que podem oferecer algum tipo de risco, como aquelas pessoas que estão em condicionais e que, muitas vezes, acabam se aproveitando da situação para voltar a praticar crimes, ou até mesmo pessoas que cumpriram suas penas e são postas em liberdade com a intenção de serem reinseridas na sociedade, mas que, infelizmente, não apresentam melhoras de comportamento e acabam retornando ao crime”, explicou. Além disso, o trabalho desempenhado em combate ao tráfico de drogas também tem ganhado destaque. No acumulado deste ano foram 106 ocorrências registradas em Penápolis. “O combate a este tipo de crime é muito importante, já que o tráfico acaba se tornando a porta de entrada para outros crimes. Combater o traficante, também é combater os crimes de roubos e furtos, por isso existe uma grande dedicação para este tipo de situação com operações pela cidade, inclusive abordagem de condutores de veículos, que muitas vezes podem estar transportando drogas e até armas, por isso a importância também da fiscalização de trânsito”, complementou. 

Números baixos
O comandante do pelotão da 2ª Companhia da Polícia Militar de Penápolis, 1º tenente Flávio Augusto Bachiega Zambrosi, destacou que Penápolis tem mantido excelentes números no que diz respeito à criminalidade. Para ele, os crimes na cidade ocorrem de forma sazonal. “Quando você obtém números extremamente baixos em relação aos crimes, é difícil mantê-los nos demais meses. Entretanto, temos que ressaltar que Penápolis se mantém com índices ainda a baixo do que seria o normal para uma cidade deste porte”, disse. 
Para se ter uma ideia desta significativa redução, com os 16 casos de roubo registrados entre janeiro e julho deste ano, ainda não é metade do total registrado durante todo o ano de 2016, ou seja, mesmo que o total de roubos dobrasse até o fim deste ano, ainda não atingiria os 47 registrados no ano passado. Zambrosi voltou a ressaltar a importância da conscientização das pessoas em não realizarem a falsa comunicação de crimes. A pessoa que procura a polícia, seja a Militar ou Civil, para comunicar um crime na qual tenha sido vítima e este fato não aconteceu, também é considerado um crime e ela pode até responder processo por conta disso. 
Ele destacou que este tipo de coisa ainda tem ocorrido com certa frequência na cidade, apesar de todo apelo. “São pessoas mal intencionadas que acabam causando transtornos, já que a Polícia Militar dedica empenho em um local onde não houve a ocorrência de crime, a Polícia Civil passa a investigar algo que não aconteceu. É uma série de coisas que acabam tirando o foco da polícia sobre algo que necessite a real atenção”, destacou. “Infelizmente ainda estamos tendo registros de furtos de veículos de pessoas que, por algum motivo, foram multadas e que buscam maneiras de não pagarem as multas. Isso também atrapalha os trabalhos da Polícia Militar e da Civil”, acrescentou. 
Ele explicou que este tipo de informação tem sido descoberta pela polícia e que as pessoas estão sendo responsabilizadas. “As pessoas informam este tipo de crime falso, mas se esquecem que temos meios para descobrir estas irregularidades. Os órgãos responsáveis checam cada informação recebida por isso temos descoberto muitos crimes desta natureza”, finalizou.

(Rafael Machi)