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CIDADE & REGIÃO

10/03/2007

Estado fará vistoria em prédio que abrigará Diretoria de Ensino

O deputado estadual Ricardo Castilho recebeu ontem, 8, no Palácio Nove de Julho, antes da sessão solene em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, a titular da Pasta de Educação do Estado de São Paulo, doutora Maria Lucia Marcondes Carvalho Vasconcelos.

Durante o encontro, a Secretaria de Estado informou ao parlamentar penapolense que, na semana vindoura enviará uma técnica daquela pasta à Penápolis para vistoriar os prédios colocados pela Prefeitura à disposição da Secretaria da Educação, destinados à instalação da Diretoria de Ensino.

Uma vez realizada a mencionada inspeção, após escolhido o imóvel e feitas as eventuais adaptações, será imediatamente instalada a unidade, ato para o qual a Secretaria prometeu estar presente. Na mesma sessão, o deputado penapolense leu seu discurso de final de mandato (box), já que não obteve a reeleição.

Na segunda feira, dia 12, às 9h00, o deputado Ricardo Castilho concederá entrevista coletiva à imprensa da região para dar detalhes de seu encontro com a Secretaria de Educação na Assembléia Legislativa . (AI/RC)

 

Integra do discurso final do deputado Ricardo Castilho

 

Senhor Presidente,

Senhoras Deputadas,

Senhores Deputados,

Senhoras e Senhores Assessores,

Queridos Funcionários da TV Assembléia,

e desta Casa de Leis,

Brasileiros e Brasileiras de São Paulo.

                   

Ainda nos bancos da universidade, ao sofrer um revés político-eleitoral, traído por companheiros – até por colegas de “república” -, que se deixaram seduzir por promessas nunca cumpridas, deparei-me, em uma de minhas leituras, com um ensinamento do escritor positivista José Ingenieros, o qual, a partir de então, adotei como princípio de vida e de ação política:

                   

“EM TODA LUTA POR UM IDEAL SE TROPEÇA COM  ADVERSÁRIOS E SE CRIAM INIMIZADES; O HOMEM FIRME NÃO OS OUVE E NEM SE DETÉM A CONTÁ-LOS. SEGUE A SUA ROTA, IRREDUTÍVEL EM SUA FÉ, IMPERTUBÁVEL EM SUA AÇÃO, PORQUE QUEM MARCHA EM DIREÇÃO DE UMA LUZ, NÃO PODE VER O QUE CORRE NA SOMBRA...”

                   

Foi assim que, em 15 de março de 2003 eu aportava nesta Assembléia, ainda sob o impacto emocional da histórica eleição de outubro de 2002, quando Penápolis elegeu seu primeiro deputado estadual, então cercado pelo carinho e entusiasmo contagiante de dezenas de familiares e amigos, vindos desta capital e de vários municípios do Estado.

Após a solenidade de posse, conheci, estarrecido, o surgimento da primeira decepção: por ato da anterior Mesa Diretora, publicado na edição do Diário Oficial do mesmo dia (15) , eu e meus quatro companheiros do Partido Verde tomamos conhecimento de que não teríamos acesso aos direitos e prerrogativas de “Liderança Partidária”, passando a exercer o nosso mandato como verdadeiros “Deputados de segunda categoria”.

Minha revolta foi enorme, pois não conseguia entender, como justo, o fato de que possuindo, até aquela data, apenas um deputado, o PV tivesse desfrutado de todos aqueles direitos e prerrogativas; e, depois, com cinco deputados, se visse usurpado dos mesmos!

Como conseqüência, perdemos, desde logo, dois deputados, ficando a bancada restrita a apenas três parlamentares: eu, Giba Marson e Afonso Lobato.

Apesar de toda a decepção pelo acontecido, fomos à luta e, muito cedo, nossos desafetos passaram a nos chamar de “Os três patetas”. Nós, porém, orgulhosamente nos tratávamos como “Os três mosqueteiros”!

Mostrando a todos que aqui viemos com o único compromisso de honrarmos o mandato popular conquistado eticamente através do voto soberano e consciente de milhares de paulistas, jamais nos omitimos na discussão e votação de pareceres nas Comissões Temáticas e de Projetos de Lei em plenário. Por várias vezes, entre março de 2003 e fevereiro de 2005, os três votos do PV foram decisivos na aprovação de Pareceres e de Projetos de Lei, inclusive os relativos à LDO, ao PPA e à Lei Orçamentária.

Em março de 2005, com grande alegria, víamos a nossa bancada novamente constituída de cinco Deputados, com a posse do companheiro Sebastião Machado, como primeiro suplente do PV, e a vinda do nobre Deputado Paulo Sérgio, eleito pelo Prona.

Naquele mesmo mês, no entanto, por erros políticos primários cometidos pelo Governador Geraldo Alckmin, por seu Secretário da Casa Civil, e pelo candidato do PSDB à Presidência da Mesa, nossa união de bancada sucumbiu de maneira melancólica, pois, após termo nos comprometido formalmente com o candidato Rodrigo Garcia, os Deputados Afonso Lobato e Sebastião Machado não resistiram às pressões e às promessas palacianas, rompendo aquele compromisso e votando no candidato do PSDB.

Todavia, eu, Giba e Paulo Sérgio, apesar de termos recebido iguais – ou maiores – pressões e promessas, e até mesmo ameaças de toda ordem, cumprimos, sem nenhuma paga ou vantagem pessoal, com a palavra empenhada, votando em Rodrigo Garcia, na heróica e histórica vitória de 15 de março de 2005.

A partir de então, nós três fomos “marcados para morrer politicamente”, apesar de continuarmos Deputados presentes, atuantes e imparciais, jamais nos furtando às discussões e votações de pareceres e projetos, por mais polêmicos que se apresentassem. Por isso, todos nós do PV fomos classificados pela ONG “Voto Consciente” entre os dez melhores deputados da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, na legislatura de ora se encerra.

Todos os compromissos assumidos conosco, até 31 de dezembro de 2006, pela liderança do PSDB, a mando do Palácio dos Bandeirantes, em especial para contarem com os nossos preciosos votos para a aprovação dos Projetos da LDO, dos Orçamentos de 2006 e 2007, e do Projeto da Anistia do ICMS, restaram não cumpridos.

O pior, porém, estava para acontecer no Processo Eleitoral de 2006. Foram empregados contra nós – Ricardo, Giba e Paulo Sérgio – os meios mais aéticos e imorais de mudança de adesões de votos, de nós retirando, de maneira inconfessável e indefensável, votos e apoios que, até então, nos garantiam tranqüila reeleição.

Deu no que deu! Não nos reelegemos!

Apesar do decepcionante resultado das urnas, em nenhum momento, fugimos de nossas responsabilidades funcionais, e assim agiremos até o último dia de nosso mandato. Confirmando as palavras que proferi, desta mesma heróica tribuna, em 29 de junho de 2005, chego ao final deste mandato, o mais importante de minha vida pública, “...de cabeça erguida e de consciência tranqüila, como aqui cheguei, em 15 de março de 2003, cheio de ideal e de vontade de servir...”.

Se outros motivos não existissem – e eles existem e em quantidade -, o simples fato de ter ajudado a mudar a história desta Assembléia Legislativa, em 15 de março de 2005, ao elegermos o Deputado Rodrigo Garcia por apenas um voto de diferença – o empate daria a vitória para o candidato do PSDB -, já foi suficiente para eu levar daqui a satisfação do dever cumprido, honrando a confiança pública em mim depositada.

Ao fazer naquela eleição a corajosa opção, eu tinha certeza de que marchava na direção de uma luz e de que, em tal caminhada, iria me deparar com adversários raivosos que se transformariam, em breve, em inimigos vingativos, os quais usariam de todos os recursos eticamente condenáveis, almejando a minha não reeleição.

Para espanto e decepção deles, porém, eu não me acovardei nem me detive para contá-los ou combatê-los, escondidos que atuaram na sombra da demagogia e da corrupção eleitoral. Ao contrário, fui à luta destemidamente; aumentei a minha votação de 2002 em mais de cinco mil votos; recebi mais de 50% dos votos válidos de Penápolis; e somente não alcancei a reeleição em razão do crescimento eleitoral fantástico que o Partido Verde, mais uma vez, alcançou, em outubro de 2006. Crescimento do qual eu me orgulho e para o qual, tenho certeza, muito contribui.

Além de muitas outras conquistas alcançadas pela atual Direção Administrativa desta Casa de Leis, à qual me orgulho de pertencer como terceiro secretário, despontaram: a troca de nossa frota de cento e vinte veículos; a reforma administrativa, com a eliminação de velhos “fantasmas”; a condensação e codificação da Legislação Estadual ; a reforma do nosso histórico Palácio 9 de Julho, em especial do Plenário Juscelino Kubstchek; a construção do majestoso anexo; e as volumosas devoluções de recursos financeiros, ao Governo Estadual, no final dos exercícios  de 2005 e 2006.

Resta-me, agora, torcer para que o nosso novo parlamento, a se instalar no dia 15 deste mês, dê continuidade à administração moralizadora, democrática e empreendedora  implantada a partir de 15 de março de 2005.

Ao finalizar, cumpre-me despedir, com emocionado abraço, e já com uma parcela de saudade, da legião de novos amigos e amigas que aqui conheci, ao longo destes quatro anos, envolvendo Deputados de todos os Partidos Políticos aqui representados; os meus queridos, eficientes e leais assessores; os assessores técnicos  da casa; meus amigos e minhas amigas da TV assembléia, que tanto prestigiaram o “Deputado Caipira”; os senhores e senhoras Policiais Civis e Militares, sem distinção de graduação, responsáveis pela nossa segurança e tranqüilidade de ação parlamentar; e, por fim, os meus irmãos e minhas irmãs, não graduados, que trabalham, anonimamente, nos mais variados setores da ALESP.

Deus lhes pague pela amizade e pelo carinho com que sempre me dispensaram.

Aos que me perseguiram, caluniaram, injuriaram e difamaram ofereço o perdão !

Aos que, de qualquer forma, tenham, em algum momento, se sentido prejudicados ou ofendidos por mim, imploro que me desculpem, pois que, conscientemente, jamais tive sequer a intenção de prejudicá-los em suas vontades puras e éticas, e, menos ainda, de ofendê-los.

Parodiando o apóstolo Paulo, em sua segunda Carta e Timóteo, cap. 4º, vers.07, encerro, afirmando, cheio de emoção, que:  

                   

“COMBATI O BOM COMBATE, TERMINEI O MEU MANDATO, NÃO TRAÍ A CONFIANÇA DOS QUE EM MIM VOTARAM, E CONSERVEI A FÉ EM DEUS, NOSSO  ÚNICO SENHOR E SALVADOR”!

                   

Plenário Juscelino Kubstchek, 08/03/2007

                   

Deputado Ricardo Castilho (PV)

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