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CIDADE & REGIÃO

18/01/2007

Esquecido: Bairro Santa Leonor reclama de abandono

Detalhes Notícia

Abandonados. É assim que estão se sentindo os moradores do bairro Santa Leonor. Criado há aproximadamente sete anos, a região, conforme declararam alguns moradores consultados pela Reportagem, conta com o mínimo de investimento do Poder Público.

Os problemas começam pela rua Enildo Bezerra, antiga estrada do Pepino, que dá acesso ao bairro. Prejudicada pelas constantes chuvas, está em estado precário e impede a entrada do ônibus do transporte coletivo. Para conseguir sair do bairro utilizando o veículo da empresa Cidade Paraízo os moradores precisam percorrer a pé uma distância de aproximadamente 400 metros. Se a entrada principal do bairro não conta com os benefícios que a pavimentação asfáltica traz, as ruas centrais não vivem situação diferente. Mesmo os munícipes elegendo o asfalto como principal prioridade, até o momento as vias não contam nem com guias e sarjetas. Mas esse é apenas uma ilha num mar de problemas que o bairro enfrenta.

Sem posto de atendimento médico, escola ou mesmo espaço para prática de esportes, o Santa Leonor está ficando também sem a Horta Comunitária, criada há menos de um ano. Por desinteresse de alguns moradores, a horta está tomada pelo mato. Mato e sujeira, aliás, é o que não faltam nos muitos terrenos que encontram-se abandonados. O fato, além de retardar o desenvolvimento do local, ainda representa um grave problema de saúde pública, já que são potenciais criadouros do mosquito da dengue e de animais peçonhentos. “Recentemente abatemos uma cobra sucuri de aproximadamente cinco metros de comprimento que saiu de um dos terrenos”, revelou um morador.

O emissário de esgoto construído de forma irregular e que exala um odor desagradável, além de uma área de preservação ambiental de 34 mil metros quadrados que ainda não saiu do papel, engrossam a lista de problemas do local. (SRF)

 

“Bairro não se desenvolveu”, afirma representante

 

Em comparação com outros bairros criados mais recentemente, como é o caso do Sílvia Covas, o Santa Leonor não se desenvolveu desde sua implantação. Para Edson José Silveira, presidente da Associação de Moradores do Bairro Santa Leonor, uma das razões está relacionada ao fato da área ser um brejo. “Na atual legislação, que prevê a preservação do meio ambiente, os idealizadores do projeto estariam impedidos de lançar o loteamento”, comentou.

Como exemplo ele cita o fato de muitas nascentes de água terem sido extintas na época. “Foi também um dos últimos bairros onde o empreendedor não era obrigado a entregá-lo com toda infra-estrutura, como guias de sarjeta, água, esgoto, luz e asfalto. Também por seus moradores serem na maioria humilde, ele não se desenvolveu como deveria e era esperado”, lembrou Edson. Com exceção do bar, que abre somente à noite e que também poucas opções tem a oferecer aos clientes, o bairro não conta com nenhum outro tipo de comércio. Ele aponta outro problema provocado pela falta de guias e sarjetas. “Muitos moradores estão construindo seus imóveis sem saber onde será o nível da rua quando passar o asfalto. Algumas com certeza ficarão abaixo e além da desvalorização do imóvel os moradores terão problemas em dias de chuva”, afirmou.

O presidente lembrou ainda que uma área na entrada do loteamento, que deveria servir de área verde por exigência da Cebesb, com 34 mil m2, sem nenhuma fiscalização atualmente serve de piquetes para proprietários de animais. “Tem alguns donos de animais moradores da Vila Tóquio que até se apossaram da área e as trancam com cadeado nas porteiras, como se fossem deles”, finalizou Edson. (SRF)

 

“Falta tudo”, afirmam moradores

 

Apesar da região já contar com inúmeros imóveis habitados e outros em construção, para o proprietário do único estabelecimento comercial em funcionamento, Edgar Leandro Pereira, falta de tudo no bairro. “Para receber atendimento médico temos que nos deslocar até o Posto de Saúde da Vila Tóquio”, afirmou Edgar ao lembrar que a distância a ser percorrida é de aproximadamente dois quilômetros. A situação piora em dias de chuva, como vêm ocorrendo neste período. “Por falta de condição de tráfego o coletivo só chega até a entrada do loteamento e volta. Infelizmente este bairro é esquecido pelos administradores”, reclamou. “Asfalto por aqui é um sonho que ao meu ver está muito distante”, reclamou.

Recentemente moradores abateram uma cobra sucuri de cinco metros, que dividida em pedaços foi consumida por alguns apreciadores deste tipo de carne. “Para quem tem filhos na escola a opção é levá-los até a unidade localizada no bairro Eldorado”, afirmou. Já as crianças que frequentam a creche e escola infantil as opções são as unidades dos bairros Eldorado e Tóquio, ambas distantes aproximadamente dois quilômetros.

 

Aspecto

Sem guias e sarjetas muitas ruas estão tomadas pelo mato provocando a desvalorização dos imóveis devido ao péssimo aspecto do local.

“Com R$ 6 mil é possível comercializar terrenos”, garantiu o comerciante ao reconhecer o baixo valor. Para outro morador, Roberto Gomes Cabral, os problemas não param por aí. Como a galeria de esgoto foi construída de forma irregular, não raro os moradores precisam conviver com o mau cheiro que exala das tubulações. “Já reclamamos várias vezes com os responsáveis pela administração, mas ainda não obtivemos um resultado prático”, afirmou o morador. Cabral também cobra com insistência  a pavimentação asfáltica. “Ao menos a vila ganharia um aspecto melhor e muitos moradores pavimentariam suas calçadas. Aos poucos tudo melhoraria”, previu Roberto. Paralelamente, ao seu ver, a rua principal precisa ser pavimentada para garantir melhor condições de tráfego para todos, inclusive para o ônibus do transporte coletivo.

“Como prova do desânimo dos moradores, até mesmo a Horta Comunitária, implantada há um ano, está abandonada”, concluiu. (SRF)

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