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CIDADE & REGIÃO

16/12/2015

Equipes simulam acidente de caminhão com carga tóxica

Rafael Machi
Detalhes Notícia
Alça de acesso das rodovias foram interditadas para simulação de acidente

DA REPORTAGEM

Uma grande operação simulada foi realizada na manhã desta terça-feira (15) no cruzamento das rodovias Assis Chateaubriand (SP 425) com a Marechal Rondon (SP 300). A ação consiste no resgate de duas pessoas inconscientes após o choque de um caminhão contra um obstáculo, havendo ainda o vazamento de amônia, produto tóxico que coloca em risco a saúde de pessoas que se aproximem do produto sem a devida roupa de proteção. Participaram da ação o Corpo de Bombeiros de Penápolis, Polícia Militar Rodoviária, equipe de Socorristas e demais funcionários da Via Rondon – concessionária que administra a rodovia Marechal Rondon – e funcionários do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), que administra a rodovia Assis Chateaubriand.
Os trabalhos iniciaram às 10h00. A ideia da simulação é de que o motorista de um caminhão carregado com amônia perdeu o controle da direção na ação de acesso das rodovias, saindo da pista e batendo contra um obstáculo representado por uma árvore. Com o acidente, o motorista e seu ajudante são jogados pra fora do caminhão e ficam inconscientes até a chegada de socorro, havendo ainda o vazamento de parte da carga, que é tóxica. Para o início da simulação foi gerada uma chamada junto à Polícia Militar Rodoviária, acionando ainda equipes de socorristas da Via Rondon e também do Corpo de Bombeiros, sendo deslocadas para o local.
A primeira equipe a chegar foi a da Polícia Rodoviária, que imediatamente cercou toda a área do acidente, fechando, inclusive, uma das aças de acesso das rodovias. Para isso houve o apoio das equipes de tráfego da Via Rondon e também do DER. Em seguida chegou ao local à equipe de socorristas da Via Rondon, que, com equipamentos especiais para o tipo de carga que vazava do caminhão, realizou a primeira avaliação do espaço até a chegada dos bombeiros, passando toda a situação do ocorrido para melhor ação da equipe de salvamento de Penápolis. Apesar de ser apenas uma simulação, todas as demais equipes que auxiliavam os trabalhos, inclusive a imprensa que acompanhava a movimentação, teve que se manter a uma distância segura ao que seria em uma situação real, pois neste caso, haveria o risco de contaminação. 

Resgate
Usando cilindros de oxigênio e roupas especiais para ação contra produtos tóxicos, soldados do Corpo de Bombeiros foram até o caminhão acidentado e realizaram a imobilização e resgate das vítimas. Segundo o sargento Marcelo, do Corpo de Bombeiros de Penápolis, uma operação que exige cuidado por parte da equipe. “Por se tratar de um produto tóxico, é necessária uma ação rápida para evitar a exposição maior das vítimas ao produto, e também por não se saber, ao certo, o estado de saúde das vítimas, que neste caso estavam desacordadas. Então temos que utilizar roupas especiais para que nós também não tenhamos contato com o produto, além de cilindros de oxigênio, já que com a roupa ficamos isolados de todo o ambiente externo”, explicou. “Depois disso tudo ainda fazemos uma espécie de limpeza das vítimas para tirar o excesso do produto, isso seguindo o manual de trabalho sobre produtos tóxicos, já que a amônia nos permite isso. Em seguida os bombeiros também passam por um processo de limpeza do corpo, deixando-os livres de qualquer intoxicação”, ressaltou. Além dos bombeiros, o trabalho de resgate foi auxiliado por socorristas da Via Rondon, que usando roupas especiais realizaram o transporte das vítimas até o Pronto Socorro de Penápolis, onde receberiam atendimento médico em uma situação real. 

Avaliação
Para o sargento do Corpo de Bombeiros, o trabalho foi bastante positivo. “Ficamos contentes com os resultados avaliados em um primeiro momento, já que a ação teve cautela, por se tratar de produto químico, e foi realizada de forma rápida visando salvar s duas vítimas envolvidas no acidente. Faremos ainda uma avaliação mais profunda sobre a ação, corrigindo erros para que possamos agir na forma mais correta e rápida possível em um casso real”, comentou. Para o 1º Tenente da Polícia Militar Rodoviária de Penápolis, Gercimar Dias dos Santos, a avaliação também foi bastante positiva. “Quando se chega em um acidente como este, a primeira coisa que observamos é o tipo de material que o caminhão está levando, que é identificado através de um código existente em seu tanque. Como neste caso observamos que se tratava de amônia, que é tóxica, tratamos de isolar rapidamente a área para que não haja o contato de mais ninguém com a substância até que a área esteja segura. Desta forma tivemos a ação rápida de socorristas e do Corpo de Bombeiros, garantindo o resgate das vítimas e o isolamento da carga para que não oferecesse mais riscos”, disse. Ele ainda explicou que em uma situação real seria necessário acionar técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) para avaliação dos possíveis danos causados ao meio ambiente. “A simulação foi importante, principalmente pelo local, já que se trata de duas importantes rodovias do Estado, por onde diariamente passam centenas de caminhões com produtos perigosos”, finalizou. 
Em agosto deste ano um acidente envolvendo um caminhão carregado com solventes interditou a rodovia Marechal Rondon no sentido capital/interior em Penápolis. Os veículos tiveram que ser desviados para o perímetro urbano da rodovia Arnaldo Covolan e a interdição durou quase 24 horas, já que uma equipe de Campinas teve que ser enviada ao local para o transbordo da carga tóxica e também para a limpeza do local. Apesar do acidente, não foram registrados grandes danos ambientais.

(Rafael Machi)

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