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CIDADE & REGIÃO

28/11/2007

Entrevista: Caco Barcellos fala dos desafios da profissão repórter

Detalhes Notícia

O cantor Leonardo não foi a única atração na cidade na última sexta-feira em seu show realizado no Estádio Municipal Tenente Carriço. A chegada do jornalista global Caco Barcellos pegou de surpresa o público que esperava o cantor. Caco foi assediado com inúmeros pedidos para fotos e autógrafos e dividiu a atenção de quem aguardavam Leonardo na área atrás do palco.

 O jornalista e sua equipe do quadro “Profissão Repórter”, exibido aos domingos no “Fantástico”, acompanhavam o cantor para a produção de uma reportagem. No intervalo das gravações, ele atendeu a Reportagem do Diário e falou sobre as experiências do projeto “Profissão Repórter” e da atuação dos profissionais da área nos dias atuais. Confira a entrevista:

 

Diário: Qual o assunto desta reportagem que tem imagens feitas em Penápolis?

Caco: Estamos contando histórias de pessoas simples, pessoas anônimas que lutam muito, trabalham muito, se esforçam, enfrentam desafio e vencem obstáculos em busca da fama e do reconhecimento.

 

Diário: Qual a intenção do “Profissão Repórter” ao adotar um formato diferenciado?

Caco: A intenção é mostrar que a coisa mais antiga do mundo no jornalismo é a reportagem; que eu acho que continua muito viva, tão viva que as pessoas acham que é novo. É estar perto das pessoas mais simples, anônimas, e tentando sempre os vários ângulos de uma mesma história.

 

Diário: Qual a principal dificuldade em produzir o programa?

Caco: A dificuldade é a escolha de personagens que representem a história que a gente quer contar. Buscamos contextualizar as coisas. No caso desta matéria que está sendo preparada agora, percorremos o Brasil em busca de jovens, cuja quantidade chega a 60 mil por ano, que tentam uma vaga, no Corinthians ou no São Paulo, por exemplo. Milhares de mulheres que tentam chegar à passarela ou ainda milhares que tentam ser um cantor como o Leonardo e para isso enfrentando as competições de calouro. Ou seja, registramos estes momentos acompanhando toda a luta e o esforço que muitos fazem para chegar ao estágio que chegou o Leonardo, que é um ícone das pessoas trabalhadoras que ficaram famosas.

 

Diário: O que você observa nos comunicadores que acabam de concluir a faculdade? Você acha que apenas o curso o prepara para o mercado?

Caco: Não tenho condições de responder isso plenamente, mas o que observo é que o pessoal que eu recebo para ser selecionado é um pessoal que, ao contrário de faltar eu diria que sobra. Sobra muita coisa que não tínhamos no passado. Por exemplo, eu sou de uma geração que não tinha acesso à informação como eles têm hoje. Lembro-me que para fazer uma pesquisa com mais profundidade eu tinha que ir até uma biblioteca e enfrentar um burocrata às vezes mal humorado e limpar a poeira dos livros, se é que eu fosse encontrar o livro. Hoje os jovens em poucos minutos entram não só na biblioteca de seu bairro como em qualquer biblioteca ou jornal do mundo, por meio da internet.

Diário: E você acha que esta facilidade é bem aproveitada? Já que costumamos ouvir que antigamente se fazia jornalismo com mais garra.

Caco: Acho que hoje chegam à profissão mais informados do que éramos; [os da atualidade] têm as ferramentas mais eficientes para executar. Eu acho que são melhores do que éramos por conta da democracia de acesso à informação. Porém, evidentemente, como jovens que são, precisam de um pouco de experiência de rua, de periferia, esse acesso às pessoas mais simples e os conhecimentos dos bastidores. Mas aí a gente acaba é trocando experiências com eles.

 

Diário: Nestes 33 anos de profissão, qual a reportagem mais marcante para você?

Caco: Não sei dizer ao certo. Talvez tenha sido uma cobertura sobre um acidente nuclear com emissão radioativa de baixa intensidade. É um inimigo que você não vê, não sente, não cheira, mas é terrivelmente mortal. Foi muito impressionante.

 

Diário: Como você diferencia um bom programa de televisão de um programa ruim?

Caco: Sou suspeito pra falar porque adoro reportagem. Acho que a reportagem oferece para o público muitos elementos que nem todos os programas jornalísticos oferecem. Vai muito além da entrevista, do comentário, da opinião. Vamos para a rua e tentamos mostrar os bastidores da notícia, os desafios de cada reportagem. Estes são elementos que, para mim, acrescentam muito à informação.

 

O quadro “Profissão Repórter” estreou no Fantástico em abril de 2006. A equipe que esteve em Penápolis é formada pelos jovens repórteres Mariane Salerno e Caio Cavechini, Mikael Fox, repórter fotográfico, e Luiz Finotti, assistente de iluminação. A data de exibição da matéria gravada no estádio não foi divulgada. (AR)

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