Empregos registram saldo positivo em Penápolis

DA REPORTAGEM

O município de Penápolis teve um saldo positivo na geração de empregos durante o mês de fevereiro. A informação foi divulgada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ligado ao Ministério do Trabalho. Segundo o levantamento, no mês passado Penápolis gerou 239 empregos. Entre os setores que apresentaram os maiores saldos está o do trabalhador da cultura da cana-de-açúcar, com 70, mostrando que neste início de ano a Usina Clealco foi a que mais gerou emprego na cidade. O setor do costureiro da confecção em série apresentou o segundo maior saldo, com 61 empregos, enquanto o servente de obras foi o setor com a terceira melhor colocação em fevereiro com 44 empregos. O saldo também foi positivo e agradou em relação à geração do 1º emprego, já que Penápolis contratou 66 novos profissionais. Entretanto, se por um lado a geração de empregos no mês de fevereiro foi boa, por outro, no comparativo, o período deixou a desejar ficando abaixo em relação aos números. De acordo com o levantamento, enquanto no mês de fevereiro de 2015 a cidade gerou 239 empregos, no mesmo período do ano passado foram 370. Porém, se compararmos fevereiro ao mês de janeiro deste ano, as contratações foram bastante positivas, subiram de 32 para 239. No acumulado do ano, Penápolis gerou 271 empregos, enquanto no mesmo período do ano passado, foram criados 573.  

Avaliação
De acordo com o secretário de Desenvolvimento, Trabalho e Turismo de Penápolis, Enio Cesar Almeida, depois da crise vivenciada pelo município com o pedido de falência da Usina Campestre até o período de ascensão do grupo Clealco, a tendência dos registros feitos pelo Caged tende a oscilar. Segundo ele, o ano de 2014 foi um ano expressivo, quando a cidade saía de um saldo bastante negativo, com menos 478 empregos, saltando para um saldo positivo de 711 empregos criados. “Todos lembram quando a cidade passou por uma crise complicada com a Campestre mandando embora muitos trabalhadores e o quanto a vinda da Clealco foi positiva, com diversas pessoas voltando a serem contratadas”, comentou. 
Ele explicou também que a geração de empregos através da Clealco, que hoje é uma das maiores empregadoras na cidade, trouxe benefícios não somente pela própria geração de empregos, mas pela estabilidade econômica ao município. “Não podemos negar que a usina possui grande influência econômica para a cidade. Com a instalação da Clealco em Penápolis tivemos esta estabilidade. O que aconteceu é que as pessoas tiveram mais confiança na hora de efetuar uma compra no comércio, pois sabiam que a fase havia melhorado e que assim poderiam voltar a gastar”, disse. Para 2015, Enio lembra que o país passa por dificuldade econômica, mas que o município precisa se esforçar para não ser atingido de forma tão significante. Ele lembrou que o crescimento de empresas instaladas aqui é a prova de que Penápolis pode se manter com bons resultados. “Mesmo com esta crise, a cidade passa por uma situação ainda confortável, já que teremos a instalação do Extra Supermercado com mais empregos, a construção do Big Mart hipermercado, a Expansão do Milenium e ainda o novo prédio do Supermercado Eldorado. Todas essas empresas apostaram na cidade e estão crescendo e gerando empregos”, enfatizou.  A Midori Atlântica também foi lembrada pelo secretário, pois está em fase de expansão. “Esta é outra empresa que quer se expandir e crescer, com isso estará gerando cerca de 500 novos empregos, o que será muito bom para a cidade”,  acrescentou. 

Valorização
De acordo com o secretário, outro objetivo para incentivar a geração de empregos é a valorização das empresas que estão instaladas na cidade. “Elas precisam ser valorizadas para que cresçam e gerem cada vez mais empregos. Dentre esta valorização está a de oferecer um local adequado, dentro de nossas possibilidades, para esta empresa, por isso, hoje, buscamos a criação de um novo parque industrial”, comentou Enio. Da mesma forma, é preciso investir na valorização de empresas que buscam conhecer o município para instalar suas unidades. “Temos que oferecer um diferencial e este, é a qualificação da mão de obra. Para isso buscamos parcerias, para oferecer cursos para capacitação de mão de obra, seja através do Instituto de Profissões ou por demais cursos que oferecemos”, finalizou.

Geral
O Caged mostrou que, considerando todo o Brasil, a economia demitiu mais do que contratou. O País fechou 2.415 vagas de emprego formal em fevereiro, enquanto, no mesmo prazo do ano passado, abriram-se 260.823 postos de trabalho. Foi o pior resultado para meses de fevereiro desde 1999, ocasião em quando foram fechados 78.030 empregos com carteira assinada. Mesmo com o panorama negativo apresentado, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, considerou o resultado como um sinal de estabilidade. Isso uma vez que, em janeiro, foram fechadas 81 mil vagas. “Tivemos algumas áreas com mais perdas, como construção civil e comércio, mas tivemos recuperação em serviços. Mas o FGTS de R$ 56,5 bilhões para construção de moradias para baixa renda vai ensejar a construção de 545 mil unidades, com a criação de 2,5 milhões de empregos”, disse.

(Rafael Machi)