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CIDADE & REGIÃO

09/03/2017

Embriaguez ao volante: Família de agente pede Justiça sobre acusado de acidente

Imagem/Rafael Machi
Detalhes Notícia
Mãe, filha e irmão de Valdic pedem que a Justiça condene o acusado de atropelar o agente penitenciário

DA REPORTAGEM

Foi realizada na tarde de terça-feira (07) a primeira audiência sobre o caso da morte do agente penitenciário Valdic Junio Alves Primo, morto em janeiro do ano passado depois de ter sido atropelado na rodovia Marechal Rondon (SP 300) por um bancário de 23 anos, morador de Lins, que retornava de uma festa na cidade de Birigui e que estava embriagado. Valdic, que era morador de Barbosa, seguia com sua motocicleta pela rodovia para a penitenciária de Avanhandava, onde iniciaria seu trabalho daquele dia. 
Segundo apurado pela reportagem do DIÁRIO DE PENÁPOLIS, a audiência iniciou por volta das 13h30 na 3ª Vara do Fórum de Penápolis sob o comando do Juiz Luciano Brunetto Beltran.
Nesta primeira fase, foram ouvidas apenas as testemunhas de acusação do jovem. Para isso, foram designadas testemunhas da acusação e também da assistente de acusação, neste caso, representada pela própria família da vítima. Desta forma, o jovem acusado não esteve presente, já que ele deverá ser ouvido somente na fase final do processo. O próximo passo será ouvir testemunhas de defesa através de carta precatória, já que se trata de pessoas residentes em Marília, Birigui e Lins. A expectativa é de que estas oitivas ocorram ainda neste mês. 

Família
Durante a audiência, houve a aglomeração em frente ao Fórum da cidade de familiares de Valdic, que cobram da Justiça a prisão do jovem, que foi acusado de estar embriagado quando bateu na moto conduzida pela vítima. 
A esposa, filha, mãe, irmãos e demais parentes e amigos de Valdic estenderam faixas e cartazes de pedidos de Justiça, para que o caso fosse julgado como crime doloso – quando há intenção de matar. Segundo o irmão de Valdic, Jerri Aires Alves Primo, a família considera que o que aconteceu tenha sido um assassinato e não acidente. “Ele tem que arcar com a responsabilidade. O que aconteceu foi algo gravíssimo. Meu irmão estava indo trabalhar enquanto ele retornava de uma festa e sem condições de estar dirigindo, por isso queremos que seja feita Justiça e que ele pague pelo crime que cometeu”, afirmou.  Ele disse ainda que o agravante do caso, foi o jovem estar embriagado no dia. “Não foi um acidente. Ele havia ingerido bebida alcoólica e sabia que não estava em plenas condições de dirigir. Dentro do conceito da minha família, o fato de alguém embriagado estar dirigindo deve ser considerado como crime hediondo. Ele ceifou a vida de um pai de família, que estava indo trabalhar de forma honesta, o que muito nos entristece”, enfatizou. 
A reportagem tentou falar com o advogado de defesa do jovem, entretanto, não conseguiu contato. 

Acidente
Segundo o que havia sido registrado no Boletim de Ocorrência e divulgado pelo DIÁRIO na época, o acidente ocorreu por volta das 06h00 do dia 23 de janeiro de 2016, no quilômetro 479 da rodovia. No local, policiais militares rodoviários encontraram o bancário que conduzia um veículo Hyundai HB20, ano 2015. Ele revelou na época que retornava de uma festa na cidade de Birigui e no local teria se chocado com a traseira de uma motocicleta, uma Honda Titam, ano 2014, que era conduzida pelo agente. Ele alegou ainda que não viu nenhuma iluminação da motocicleta. Com o impacto, o condutor da moto foi arremessado ao chão e o veículo arrastado pelo carro por cerca de 200 metros. Valdic foi socorrido e levado para a Santa Casa de Araçatuba, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois. Consta ainda no Boletim de Ocorrência, que, ao conversar com o bancário, os policiais rodoviários perceberam que ele aparentava estar embriagado, sendo que além do odor etílico e fala pastosa, o rapaz não sabia onde estava. Ele foi convidado a realizar o teste do bafômetro, mas se recusou, bem como não quis fornecer sangue para exame de dosagem alcoólica. No carro que ele conduzia foram encontradas duas garrafas de vodka, uma delas parcialmente cheia.
Diante dos fatos, ele foi levado ao Plantão Policial para prestar mais esclarecimentos. Na unidade ele concordou em fazer o teste do bafômetro, que apontou resultado de 0,83 miligramas de álcool por litro de ar alveolar. O limite para a prisão em flagrante, de acordo com a lei seca, é de 0,33 miligramas. Com a constatação, foi dada voz de prisão ao jovem. Entretanto, ele pagou fiança de R$ 5 mil, sendo liberado.

(Rafael Machi)

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