Educação: Secretaria busca solução para falta de vagas em creches

DA REPORTAGEM

Um dos principais problemas constatados em uma rede municipal de ensino, seja em Penápolis ou qualquer outra cidade do Brasil, é a falta de vagas em creches para oferecer a todas as crianças. Muitos pais procuram o poder público em busca de uma vaga.
Em Penápolis, por exemplo, o problema existe em menor escalada quando comparado aos grandes centros, mas ainda se trata de um desafio para as responsáveis pelo setor. Até esta sexta-feira (15), 189 crianças aguardavam nas listas de espera do município. O número, entretanto, já foi bem maior no início de fevereiro, quando a fila de espera era de 329 crianças. 
Mais de 5,3 mil crianças ocupam vagas hoje nas 18 unidades municipais que abrigam diferentes etapas da educação em Penápolis, sejam elas nos Centros de Educação Infantil Municipais (Ceims) – antiga creche para crianças com idade de 4 meses a 3 anos e 11 meses; nas Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) – para crianças com idade de 4 anos e 5 anos e 11 meses; ou nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) – para crianças a partir de 6 anos.
De acordo com a supervisora educacional de Penápolis, Mary Felício Bueno Franco, o principal problema da falta de vagas se dá entre as crianças menores, principalmente as atendidas pelos Ceims.
Segundo ela, nesta etapa, a frequência em creches não é obrigatória, mas se tornou um direito devido às vantagens que a criança pode ter através de uma educação ainda nesta fase da infância e, principalmente, pela necessidade que muitos pais encontram em manter seus filhos em segurança enquanto trabalham. “A procura é alta, por isso, temos uma equipe que trabalha com a organização destas vagas a fim de realizar os remanejamentos necessários e atender as necessidades das crianças e de seus pais”, afirmou. 

Dificuldades
Apesar de todo o esforço, algumas dificuldades existem para esta equipe encaixar as crianças em determinadas vagas. Uma delas é a insistência dos pais por determinada unidade. “Muitas vezes termos a vaga em uma unidade, mas os pais não aceitam e insistem que a criança permaneça naquela de sua preferência. Quando isso acontece, infelizmente, a criança é deixada na fila de espera daquela unidade até que surja a vaga”, explicou. 
Nesta semana, a Secretaria Municipal de Educação possuía 63 vagas disponíveis em toda a cidade, entretanto, mesmo com esse número, muitos pais insistiam em aguardar a abertura em outra unidade.
Outro problema enfrentado pela equipe são os pais que não trabalham ou que teriam condições de deixar a criança pequena com algum familiar, no entanto ocupam uma vaga que poderia ser fornecida a um pai ou mãe que não possuem a mesma disponibilidade e precisam do espaço na creche por não terem outra opção para deixar o filho. “Sempre conversamos com os pais a fim de que possam nos ajudar neste sentido. É importante haver esta conscientização em prol daquele que mais necessitam”, destacou.
A expectativa é que a fila de espera diminua ainda mais. Isso porque com remanejamentos é possível liberar mais vagas nas unidades de educação infantil.

Gimenes
Outra ação que deve ajudar os pais com crianças na lista de espera é a inauguração da creche escola do Residencial Gimenes, que deve atender crianças do bairro e também do Benone Soares, além de, futuramente, atender o bairro Marco Gurreiro. A creche deve abrir um total de 120 vagas.
O problema é que a obra deveria ter sido entregue em 2016, mas até hoje não foi concluída.
As obras da nova creche escola estavam paralisadas após a empresa vencedora da licitação pública, abandonar os trabalhos no local.
Em janeiro do ano passado a Empresa Municipal de Urbanização de Penápolis, a Emurpe, assumiu as obras para conclusão da unidade, mas até hoje a unidade não foi entregue.
Segundo a secretária de Educação, a previsão é de que a nova unidade possa ser inaugurada em julho deste ano, com início de sua operação prevista para agosto. “Outra situação que estamos empenhados é em relação aos funcionários. Sabemos da importância de profissionais qualificados, por isso também já estamos nos empenhando para isso”, enfatizou.

(Rafael Machi)