Educação: Idesp aponta qualidade de ensino mantida na comarca

DA REPORTAGEM

A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo divulgou recentemente o resultado sobre a educação através do Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) referente ao ano 2016. O resultado apontou que as escolas pertencentes à Diretoria de Ensino (DE) de Penápolis mantiveram resultados bastante positivos em comparação a 2015. Naquele ano, a DE obteve o melhor desempenho em educação em todo estado sobre o ciclo 1º ano do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano). Neste ano, o Estado não divulgou o ranking dos melhores resultados na educação, mas apenas os resultados de cada Diretoria e escola de forma individual. A Diretoria de Ensino de Penápolis abrange também sete cidades da comarca: Alto Alegre, Avanhandava, Barbosa, Braúna, Clementina, Luiziânia e Santópolis do Aguapeí. Segundo o que foi divulgado, em 2016, todas as escolas estaduais abrangidas pela DE de Penápolis tiveram nota total de 7,06 referente aos anos iniciais do Ensino Fundamental. Em 2015, este ciclo havia obtido a nota 7,7. Apesar da pequena diminuição, o resultado está acima da média estimada em todo o estado neste ciclo para o ano de 2030, que é de 7,0. Já em relação aos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), a média obtida pela Diretoria de Ensino foi de 3,11 no ano passado. O resultado deste ciclo apresentou melhoras em relação ao ano anterior, quando a média havia sido de 2,89. Da mesma forma, o Ensino Médio obteve média positiva, com 2,59. Em 2015 esta média havia sido de 2,58. Em todos estes ciclos, a Diretoria de Ensino de Penápolis se manteve acima da média estadual em 2016, que foi de 5,40 para os anos iniciais e 2,93 para os anos finais do Ensino Fundamental. A média estadual obtida pelo Ensino Médio foi de 2,30. Para o Dirigente Regional de Ensino, professor Lucinei Aparecido Euzébio, os resultados obtidos pela região são bastante positivos e mostram o resultado de uma série de atividades desenvolvidas durante o ano de 2016. Ele explicou que um dos projetos colocados em prática e que apresentou bons resultados está relacionado à leitura. “Desenvolvemos a prática da leitura em todas as disciplinas, não deixando somente para a disciplina específica de leitura. Quando você tem um professor de matemática, por exemplo, que além do exercício, ele ensine o aluno a interpretar o que aquela atividade quer que ele faça, o aluno vai obter melhores resultados. Isso porque, às vezes, ele sabe desenvolver a conta, mas não consegue interpretar o enunciado da atividade. Não consegue entender o que o exercício lhe pede”, explicou. Além de todo o empenho das equipes escolares, Lucinei destacou também a participação das famílias e da comunidade através do projeto ‘Gestão Democrática da Escola’. “O projeto tem objetivo de promover a participação de todos os segmentos envolvidos com as escolas no processo de gestão escolar. Isso promove uma escola de alta qualidade”, acrescentou.

Idesp no Estado
Pelo quarto ano consecutivo, o Ensino Médio da rede estadual avançou no Idesp. De acordo com o índice, o ciclo alcançou na última medição 2,30, contra os 2,25 registrados em 2015. A pontuação é também a mais alta desde 2008, quando a Secretaria adotou o indicador de qualidade da educação paulista. Assim como o Ensino Médio, o desempenho dos Anos Iniciais do Fundamental superou a marca anterior. Em 2016, o ciclo atingiu 5,40 (uma diferença de 0,15 ponto em relação aos 5,25 de 2015). A pontuação conquistada também é a melhor dos últimos nove anos. Os Anos Finais, por sua vez, tiveram queda: as notas foram de 3,06 para 2,93. Os resultados indicam que a rede estadual continua avançando para atingir as metas estabelecidas pela Secretaria para 2030. O ciclo 1 do Fundamental já atingiu 77,1% da meta 7 (em 2016: 5,40). O ciclo 2, 48,8% da meta 6 (em 2016: 2,93). No Ensino Médio, 46% da meta 5 (em 2016: 2,30). Para o cálculo do Idesp são utilizadas as notas do Saresp (Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, além das taxas de aprovação, reprovação e abandono. 

(Rafael Machi – Com informações Educação-SP)