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CIDADE & REGIÃO

23/03/2008

Educação: Alunos das Emeis conhecem a Arte Naïf

Detalhes Notícia

Derivada do francês, a palavra naïf significa ingênuo, primitivo. O artista ingênuo não tem formação acadêmica e estabelece uma relação íntima com o público através da imagem. A sua fonte é a sua própria emoção. Talvez por essa proximidade com a arte infantil, as obras expostas no Museu do Sol chamam tanto a atenção dos alunos das Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil) que visitam o local.
As crianças participam do projeto da Secretaria de Educação em parceria com o Museu do Sol, cujo objetivo é o conhecimento do aluno e do professor sobre essa manifestação artística. Em contrapartida, o Museu ganha mais divulgação e envolvimento da comunidade para a conservação do prédio e do acervo.
A diretora administrativa do Museu, Andrea Cristina Moreira Mendonça, conta que é a primeira vez que o Museu recebe a visita monitorada de crianças de cinco a seis anos que foram orientadas anteriormente por seus professores. “Antes de receber os alunos, fizemos um trabalho com os professores, para que eles soubessem primeiro a história do Museu do Sol, o acervo que ele contém e as normas de visitação. A partir daí os professores trabalham em sala de aula o tema e depois os alunos visitam o Museu”, explicou. Segundo constatou Andréa, todo esse processo de orientação tem proporcionado um resultado positivo durantes as visitas. “Percebemos que os alunos ficam muito mais interessados, interagem melhor com o ambiente e com o assunto que é exposto. Cada criança assimila a arte de acordo com sua bagagem”, comentou.
Para as professoras, esse processo também está contribuindo para as atividades em sala de aula. Conforme revelou a chefe de serviço de Pré-Escola, Neira Maria Pereira Pinheiro, através da orientação dada pelas profissionais do Museu, as professoras da rede adquirem conhecimento para trabalhar arte em sala de aula. “A partir de agora, as professoras vão ficar mais seguras para trabalhar esse tipo de atividade com os alunos. Poderão analisar as obras, comentar sobre a vida do artista, fazer releitura, entre outras idéias”.

Universo lúdico
Não bastasse tantas cores, formas e expressões presentes na arte naïf, ao final da visita, as crianças são surpreendidas por outra forma de arte: o teatro de bonecos. Manipulados pelo estagiário da Secretaria de Educação, Rodrigo Matias Teixeira, os bonecos Dani e Vini contam a história do Ranchinho, um dos maiores artistas naïfs brasileiros, com telas expostas no Museu. Em uma divertida conversa com os alunos, os fantoches Dani e Vini ao mesmo tempo em que contam a história de Ranchinho, também permitem que as crianças interajam com o assunto, tornando o universo lúdico cada vez mais próximo do mundo real. “A proposta é usar algumas ferramentas da educação que prenda a atenção das crianças numa linguagem próxima delas. É um novo caminho da educação para a arte de ensinar”, explicou Rodrigo. De acordo com ele, atualmente há uma necessidade dos educadores transgredirem os métodos tradicionais de ensino para uma linguagem mais próxima da criança. “Através da intervenção artística, é mais fácil e prazeroso trabalhar a arte-educação. Além disso, as crianças se interessam mais pelo assunto, podendo assimilar de forma divertida o conteúdo que é exposto”, afirmou Rodrigo. Secom – PMP

Foto: Alunos das Emeis se encantam com as cores, formas e expressões presentes na arte naïf

Ranchinho, o artista naïf brasileiro

Sebastião Theodoro Paulino da Silva, conhecido como Ranchinho, é um artista naïf que viveu na cidade de Assis. Ele nasceu em 1923 e faleceu em 2003. Nascido em uma família carente, Ranchinho também apresentava deficiência mental, com dificuldade para locomoção, fala e audição. Por esse motivo, foi expulso da escola quando criança. Ele perdeu os pais precocemente e passou ajudar um amigo no trabalho com a máquina de garapa. Com a morte desse amigo, Ranchinho ficou perambulando pelas ruas vendendo latas e garrafas; também passou a desenhar com tocos de lápis e giz de cera em qualquer papel que encontrava pelas ruas. E então sua arte foi descoberta e hoje Ranchinho é uma das maiores expressões da arte naïf brasileira com exposições feitas em todo o Brasil, inclusive no exterior, como o México. Secom – PMP

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