EDUCAÇÃO: Alunos cobram mais segurança e respeito no Enem 2010

DA REPORTAGEM

Há um ano, em 1º de outubro de 2009, o MEC (Ministério da Educação) cancelava o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), pois a prova foi furtada de dentro das instalações da gráfica Plural, onde o exame estava sendo impresso. Em Penápolis muitos alunos reclamaram sobre o adiamento, principalmente porque a data remarcada coincidia com outros vestibulares do país. Este ano a prova será aplicada em dois dias, em 06 de novembro, referentes a Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, e no dia sete com as matérias de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, além de Redação, Matemática e suas Tecnologias. Muitos alunos estão receosos em prestar o exame deste ano, mas não querem desistir. Para a estudante Franciele Rodrigues, 19 anos, a prova deve ser aplicada com mais respeito aos alunos. “Espero que possa ser aplicada com maior segurança, justiça e respeito a todos estudantes e que tudo tenha transparência”, comentou. Ela disse que no ano passado, houve muitos problemas por causa da mudança. “Com o cancelamento da primeira data, consequentemente o adiamento da prova coincidiu com outros vestibulares, e assim tive que optar por fazer uma ou outra. Também prejudicou o desgaste, nervosismo para tantas avaliações seguidas, foi muito exaustivo”, ressaltou. Para o estudante Emanuel Naba, 20 anos, a prova deve manter os mesmo critério, porém cobra maior segurança e respeito aos alunos. “Um fato como o ocorrido no ano passado não pode se repetir, principalmente porque, caso haja um adiamento como antes, eles prejudicam não só a realização de outras provas, mas a realização de sonhos”, enfatizou. No final do ano passado, o MPF (Ministério Público Federal) abriu processo contra cinco suspeitos pelo furto das provas, que ainda estão respondendo em liberdade. Apenas em agosto deste ano, há dois meses, as testemunhas do caso começaram ser ouvidas, e os réus serão no dia 12 de novembro, quando acontecerá a última audiência judicial. Os acusados respondem o processo em liberdade, no dia em que o vazamento completou um ano, um dos suspeitos estava tocando como DJ em uma discoteca recém-inaugurada em São Paulo. (Rafael Machi)