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CIDADE & REGIÃO

21/10/2008

Drama: Servidor municipal morre três meses após ser agredido

Detalhes Notícia

Faleceu às 00h30 de ontem, na Santa Casa de Araçatuba, três meses após ter sido vítima de uma agressão, o servidor municipal José Carmello Marroco, 38 anos. Marroco, como era chamado pelos amigos e que estava lotado na Secretaria Municipal de Agricultora, foi agredido com um soco no dia 16 de julho deste ano, por volta das 17h20, quando com um trator, ligado a uma roçadeira, fazia o serviço de capinação da grama do Parque Maria Chica. Na época a cidade estava sendo preparada para a realização dos Jogos Regionais. Segundo o delegado Mauro Gabriel, que cuida do caso, Marroco teria se envolvido em um problema com a família do segurança F. B., 33 anos. Segundo consta, ao realizar o serviço o equipamento teria jogado terra na companheira e em dois filhos do segurança, que estavam no parque. A linha de um pipa que era empinado pelo filho do acusado também teria se rompido na máquina, o que teria revoltado a mulher do acusado da agressão. No momento em que o problema ocorreu o segurança não estava no local, mas para lá se dirigiu ao ser avisado. Na versão apresentada por Marroco, o segurança teria avançado sobre ele e o agredido violentamente com um soco que atingiu o rosto e trouxe sérias complicações em seu olho esquerdo. Depois disso o agressor saiu rapidamente do parque. 
O servidor ferido conseguiu fugir correndo e após pedir socorro foi encaminhado por uma testemunha até o Pronto-socorro, onde recebeu atendimento médico. Ao ser liberado ele procurou a Polícia para registrar a queixa.

As agressões
Ao registrar o boletim de ocorrência o servidor afirmou que no dia do incidente prestava serviço no parque quando avistou o agressor vindo em sua direção e ao chegar próximo começou a falar. Mas, como o motor do veículo e da roçadeira estavam acelerados, não conseguia entender o que ele falava. Marroco chegou a diminuir a aceleração, mas neste instante o segurança já havia subido no estribo do trator e desferiu um forte soco que atingiu seu olho esquerdo. Através da placa da moto, que foi deixada abandonada pelo agressor, os policiais conseguiram sua identificação. Existia a suspeita de que o segurança teria utilizado um equipamento chamado de soco-inglês, mas os laudos iniciais não comprovaram esta possibilidade. Apesar de naquele dia Marroco ter sido liberado após receber atendimento médico, posteriormente precisou ser novamente medicado quando foi constatada a gravidade do caso. Devido às complicações da agressão, precisou ficar afastado de suas funções.

Versão
No dia seguinte aos fatos F. se apresentou à Polícia e deu sua versão do ocorrido. Segundo ele, o servidor teria importunado sua família naquele local de diversão, ao jogar poeira com os equipamentos sobre sua esposa e filhos. "Ao reclamar o segurança também relatou que o trator teria quebrado a linha do pipa que um dos filhos estava empinando. O acusado também afirmou que o trabalhador, ao ser procurado por ele, fazia que não estava ouvindo o que falava. Por esta razão ele afirmou que subiu no veículo que era operado pela vítima mas teria sido agarrado pelo pescoço. Neste instante ele passou a agredi-lo com vários socos", destacou o delegado. Ao falar com a vítima Mauro Gabriel já sentiu que a agressão era grave. Após ter passado por exame de corpo delito os peritos comprovaram a necessidade de exames complementares, inclusive de avaliação de um médico oftalmologista, já que havia lesões sérias em seu globo ocular. "Hoje (ontem) pela manhã fomos surpreendidos com a informação de que o funcionário faleceu e que a morte estaria relacionada a agressão sofrida naquele dia", explicou o delegado. Os policiais irão aguardar o exame necroscópico para comprovar se a morte foi em decorrência da lesão. Sendo positivo o resultado, o agressor, que inicialmente seria indiciado por lesão corporal grave, passará a responder pelo crime de lesão corporal seguida de morte. Caso seja condenado, a pena será de quatro a 12 anos de prisão. Paralelamente a administração municipal instaurou uma sindicância para apurar o ocorrido. Segundo os familiares ouvidos pela Reportagem, o servidor, após a agressão sofrida passou a sentir dores constantes de cabeça, o que levou a procurar por atendimento médico. Sexta-feira as dores pioraram, sendo necessário seu encaminhamento, a princípio para a Santa Casa de Penápolis e, devido à gravidade que o quadro clínico apresentava ser transferido para Araçatuba, onde faleceu. Marroco, que trabalhava há 15 anos na Prefeitura Municipal de Penápolis, era casado com Rosimeire Soares e, além de inúmeros parentes e amigos, deixou um filho, Paulo, de 12 anos. O corpo foi velado no Velório Municipal e o sepultamento ocorreu ontem às 17h30. (SRF)

Foto: Marroco trabalhava há 15 anos na Prefeitura de Penápolis

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