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CIDADE & REGIÃO

27/06/2010

Doenças do álcool e outras drogas são tratadas em unidades de Penápolis

POR TANIA PINHEIRO

As drogas já se tornaram um mal social em todo mundo. No Brasil, os dados são particularmente alarmantes. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o mundo tem pelo menos 200 milhões de consumidores de drogas, dos quais 40 milhões são dependentes.
A magnitude do problema do uso indevido de drogas lícitas (álcool e cigarro) e ilícitas (maconha, crack, cocaina, extase, etc.) verificada nas últimas décadas, ganhou proporções tão graves que hoje é um desafio da saúde pública no país. Além disso, este contexto também é refletido nos demais segmentos da sociedade por sua relação comprovada com os agravos sociais, tais como: acidentes de trânsito e de trabalho, violência domiciliar e crescimento da criminalidade.
Os motivos que podem levar uma pessoa a se entregar ao vício de drogas são vários e vão desde a necessidade de aceitação por um grupo até um problema de cunho familiar ou emocional. Da mesma forma são inúmeras as pessoas que se aproveitam disso para traficar e obter lucros com as fraquezas alheias. Mas como resolver essa situação? O tráfico cresce porque cresce o número de usuários de drogas. Este número aumenta porque aumenta o tráfico de drogas. Isso significa que não adianta combater às drogas simplesmente como um "problema de polícia".
Não adianta lutar contra o tráfico, enquanto crime, e esquecer de lutar contra às causas que levam as pessoas ao consumo e a dependência química. O combate às drogas deve se dar também no âmbito educacional, psico-social, econômico e até mesmo espiritual. Muitos setores da sociedade já perceberam isso e, em conseqüência, aumentam as campanhas de combate às drogas e as organizações que visam a recuperação de dependentes químicos e sua reintegração na sociedade. 

Drogas licitas Álcool e cigarro

A Unisam – Unidade de Saúde Mental que atende pacientes de Penápolis e das seis cidades da região, funciona em período integral, e através de uma equipe multi profissional formada por enfermeira, psicólogo e psiquiatra faz um acompanhamento de pacientes que desejam deixar o uso de drogas. São formados grupos de pacientes que recebem semanalmente na Unidade, orientações sobre a dependência química. Segundo a enfermeira Patrícia Poleto Antiqueira a maioria dos que buscam atendimento na unidade, não considera o alcoolismo como doença e por isso acredita que pode deixar o vicio a qualquer momento. “Por isso os alcoolistas e dependentes de outras drogas recebem na Unisam orientação sobre saúde e as conseqüências que o vício acarreta a ele, à família e a sociedade em geral. Eles também trocam experiências sobre as dificuldades que enfrentam com a doença do alcoolismo , fortalecendo uns aos outros através de suas histórias de superação da dependência”, explicou ela. “Infelizmente 40% dos pacientes têm recaída no alcoolismo”, lamentou, e diz que o número de homens é maior do que mulheres. Outras informações sobre o atendimento na Unisam podem ser obtidas pelo telefone 3652.5520.

Internação no Hospital Espírita

Quando os dependentes de álcool e outras drogas estão enfrentando surto da doença e se tornam agressivos, ou têm outros problemas de saúde relacionados ao uso de drogas e precisam de internação hospitalar, eles são encaminhados pelas unidades de saúde do município ao Hospital Espírita João Marchesi (HE) que possui 78 leitos e atende a pacientes de Penápolis e de mais de 40 cidades da região. O HE é mantido pelo SUS e por campanhas beneficentes de arrecadação de alimentos, leilão de gado, telemarketing, etc. Segundo a auxiliar administrativa Cláudia Regina Rodrigues, em 2009 foram atendidos no HE, 212 pacientes dependentes de bebidas alcoólicas e 94 de outras drogas, que ficam internados para tratamento por um período variável entre 30 a 40 dias. Telefone do HE: 3652.0033. 

Alcoólicos Anônimos

O grupo penapolense de Alcoólicos Anônimos (AA) se reúne aos sábados,  a partir das 19h30, sala cedida pela Prefeitura, embaixo da arquibancada do Estádio Municipal. Durante as reuniões há a oportunidade para cada um falar sobre as dificuldades que enfrentam com o uso do álcool, possível superação da dependência química e como estão vivendo em período de abstinência de bebidas alcoólicas. Em média de 15 a 20 pessoas participam dos encontros.
Muitos chegam às reuniões inseguros e desconhecem o que acontece no grupo de AA, mas a medida que vão se integrando ao grupo percebem que podem ser ajudados de forma significativa e conseguem resultados positivos pessoais e para toda a família. Segundo um dos coordenadores do AA penapolense e que segundo as normas de AA, não deve ser identificado, o alcoolismo na maioria das vezes tem inicio no ambiente familiar, onde crianças e adolescentes observam os pais fumando e ingerindo bebidas alcoólicas. “Sou um exemplo da doença do alcoolismo que hoje não mais faço uso de bebidas alcoólicas, mas eu e mais dois irmãos tivemos graves problemas com o uso do álcool porque vimos sempre nossos pais fumando e bebendo em nossa casa”, explicou.
Ele cita também um dos maiores problemas sociais do país  que são motoristas dirigindo embriagados. “Acredito que a pena alternativa é positiva para este problema: “se for autuado por dirigir bêbado, sem ter provocado acidente com morte ou outra gravidade, e for condenado a cumprir pena alternativa, o motorista é encaminhado pelo Judiciário a um grupo de Alcoólicos Anônimos e ainda deve visitar hospitais para se conscientizar das conseqüências que os acidentes causam às suas vítimas”, concluiu.

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