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CIDADE & REGIÃO

20/11/2008

Dia da Consciência: O que é o dia da Consciência Negra?

Esse dia representa primeiramente o aniversário de Zumbi dos Palmares, o ilustríssimo negro que lutou pelos seus irmãos numa época muito diferente da nossa e bateu de frente com as injustiças humanas, mesmo sendo considerado pela sociedade um animal quadrúpede. Zumbi dos Palmares, nasceu no ano de 1655 em uma das aldeias do Quilombo de Palmares, foi feito prisioneiro ainda recém nascido, e entregue ao Padre Antônio Melo da freguesia de Porto Calvo, foi batizado com o nome de Francisco, foi coroinha, estudou latim e português, em 1670 fugiu da paróquia para Palmares onde se tornou o grande líder após ter passado por grandes provas de coragem. Era corajoso e tinha grande capacidade de organização e comando, tornou-se um mito entre os negros. Sua consciência negra o levava a lutar não pela sua liberdade e sim pela liberdade de todos os negros e índios que viviam em Palmares. Ter consciência negra significa compreender que somos diferentes, pois temos mais melanina na pele, cabelo pixaim, lábios carnudos e nariz achatado, mas que essas diferenças não significam inferioridade. Ter consciência negra, significa que ser negro não significa defeito, significa apenas pertencer a uma raça que não é pior e nem melhor que outra, e sim, igual. A nossa maldita mídia sempre transforma um Preto Tipo A num neguinho. Enquanto população, o negro continua situado no hall da miséria. Poucos ascenderam socialmente; destes, a mínima parte discute ou pratica a Negritude. A consciência negra não sugere uma revolução armada, e sim uma mudança de atitude, baseada na informação e articulação das mentes que podem transformar a sociedade. Os valores são igualdade, justiça e paz. O negro precisa se enxergar e ter seus valores, pois cobrar a sociedade é fácil, ter atitude própria e articulação suficiente para exigir seus direitos é diferente. Justiça, Igualdade, União e Paz, não são esmolas, são conquistas, são nossos desafios.

 

 

Retalhos de um Poema chamado

Sou Negro porque encaro minhas origens

Não precisa ter cor, nem raça, nem etnia.

É preciso amar

É preciso respeitar

Não sou negro porque minha pele é negra

Não sou negro porque tenho cabelo embolado de “pixain”

Não sou negro porque tenho Zumbi como um dos mártires da nossa raça.

Não sou negro porque grito por liberdade

Sou negro porque sou filho da natureza

Tenho o direito de ser livre.

Sou negro porque sei encarar e reconhecer as minhas origens.

Sou negro porque sou cidadão.

Porque sou gente.

Sou negro porque amo e sou amado

Sou negro porque sou palco, mas também sou platéia.

Sou negro porque meu coração se aperta

Desperta,

Deseja,

Peleja por liberdade.

Sou negro na igualdade do ser

Sou negro porque a noite sempre virá antecedendo o alvorecer de um novo dia.

Acreditando num povo afro-descendente que ACORDA, LEVANTA E LUTA.

“Genivaldo Pereira dos Santos”

 

“O texto e o poema acima nos dizem que não somos melhores ou piores simplesmente pela maior pigmentação da pele, somos igualmente capazes independente de sermos branco, pardo, amarelo, mulato ou negro. A cor da pele nos diz sobre nosso passado, nossas origens, quanto ao nosso Futuro. Lutaremos.”

 

 

 

País ainda aguarda aprovação de Estatuto da Igualdade Racial

É grande a expectativa para a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial ainda em 2008. O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial realizou reunião em Brasília, na primeira semaa de outubro, com o objetivo de levar o debate sobre o Estatuto para diversos Estados, buscando o apoio de entidades da sociedade civil para a aprovação do projeto no Congresso.

Saudado como um divisor de águas na luta contra o racismo, o Estatuto reúne um conjunto de ações e medidas voltadas aos direitos fundamentais da população negra, como o acesso universal e igualitário ao Sistema Único (SUS); o respeito à liberdade de consciência, de crença e livre exercício dos cultos e religiões de matrizes africanas praticadas no Brasil; a implantação do sistema de cotas para ingresso nas universidades públicas e a garantia aos remanescentes de quilombos da propriedade definitiva das terras que ocupam.

Também está assegurada no projeto a inclusão da disciplina História Geral da África e do Negro no Brasil no currículo do ensino fundamental e médio. Mas, segundo o próprio MEC, a lei federal que torna obrigatório o ensino desses temas ainda não saiu do papel na maioria das escolas do País.

“O tema racismo e discriminação racial no âmbito da educação nos preocupa. É obrigação do Estado a proteção das manifestações culturais das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras. A educação é um direito de todos, e o Brasil de hoje, graças aos esforços realizados nos últimos anos, caminha para um país mais justo. É preciso, ainda, que a educação tenha qualidade, que sirva para abrir os espíritos, não para fechá-los, que respeite e promova respeito as diferenças culturais, que ajude a fortalecer nos corações e mentes de todos os barsileiros o ideal de igualdade de oportunidades. E a educação é um dos terrenos decisivos para que sejamos vitoriosos nesse esforço.” O feriado de 20 de novembro também não tem sido respeitado. O Dia da Consciência Negra será feriado em 2008 em apenas 300 municípios brasileiros, em um total de 5.561, segundo levantamento da Secretaria Especial de Políticas de Promoção de Igualdade Racial. Para agilizar a votação do Estatuto, a Câmara dos Deputados instalou, em março de 2008, uma comissão especial encarregada de analisar o projeto. O objetivo é levar à Casa a opnião de diversos segmentos da sociedade civil, lideranças e intelectuais sobre o conteúdo do projeto, favorecendo assim uma mobilização ampla em torno do tema.

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