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CIDADE & REGIÃO

20/12/2020

Desafios e emoções: Richard Torsiano descreve a Expedição Jumeca

Imagem/Reprodução Instagram Jumeca
Detalhes Notícia
Ao chegar em Penápolis, Torsiano foi recebido por parentes e amigos

DA REPORTAGEM

Após percorrer 2,6 mil quilômetros entre as cidades de Teresina, no Piauí, e Penápolis, e concluir seu trajeto no último sábado (18), o penapolense Richard Martins Torsiano completou na sexta-feira (18), 40 anos de idade e destacou que a ‘Expedição Jumeca’ foi um grande presente de aniversário, que o fez ter novo sentido para a vida. Ele percorreu todo o trajeto numa moto Honda POP 110 cilindradas.
A viagem foi realizada para homenagear a população daquele estado, uma vez que Richard permanece grande parte do tempo no Piauí. Ele reside em Brasília/DF há 13 anos e é consultor das Nações Unidas em Governança e Administração de Terras para América Latina e Caribe. “Fazer esse itinerário do Piauí a Penápolis, que é minha cidade natal, foi instigante e desafiador pela distância e pelos perigos, mas, principalmente, por tentar reproduzir o trajeto que muitos imigrantes piauienses pobres tiveram que encarar em cima de um jumento, em algum momento da vida, buscando uma alternativa de sobrevivência em São Paulo”, disse.
Em entrevista ao DIÁRIO, Richard afirmou que teve muita cautela em todo o percurso por conta da distância e também da moto utilizada por ele. Por ser um tipo de veículo bastante comum naquele estado e considerada uma moto de poucas cilindradas, a Honda POP é conhecida pelos piauienses como “jumento mecânico”, nome que deu origem ao título da ‘Expedição Jumeca’. “Eu saía do ponto onde havia pernoitado sempre às 05h00 e passava 12 horas na pista. A distância e o tipo de veículo sempre foram o grande desafio, sendo que enfrentei chuva e sol, por isso se tornou um trajeto bastante perigoso pelas estradas”, explicou.
Um dos maiores desafios foi o caminho entre Luís Eduardo Magalhães (BA) e Formosa (GO). “Este foi um trajeto difícil por conta das fortes chuvas e ventos pelo caminho. Além disso, o trânsito era pesado, com muitos caminhões. Aliás, só tenho a destacar o respeito que tive dos caminhoneiros. O tempo todo eles esperavam pacientemente o meu deslocamento e até buzinavam como forma de incentivo ao perceberem de que se tratava de um aventureiro”, destacou.
Apesar dos riscos e do cansaço sofrido pelo penapolense, ele prefere destacar algumas situações boas vividas. “Eu também parava em diversas comunidades e pontos que me chamavam a atenção. Tive a oportunidade de conversar com muitas pessoas e conhecer algumas culturas, o que considero como o meu maior presente”, afirmou.

Humildade
Para ele, a humildade das pessoas que conheceu no caminho foi uma das melhores experiências. Segundo Richard, onde ele chegava era bem recepcionado, principalmente, por aquelas famílias mais pobres, podendo perceber o carinho que demonstravam pelo visitante. “Em certa ocasião tomei café na casa de uma família, e a bebida estava muito doce, quase um melaço. Somente depois descobri que aquilo havia sido proposital: o açúcar em determinadas regiões, para algumas famílias mais pobres, é tão raro que é considerado algo muito valioso para elas. Então, oferecer algo com muito açúcar é uma forma de valorizar aquela visita, lhe oferecendo aquilo que há de melhor”, revelou.
“Vim de uma família humilde e poder conhecer estas pessoas tão simples, me traz uma imersão às minhas origens, lembrando da importância da humildade e da solidariedade”, enfatizou.

Recepção em Penápolis
Ao chegar em Penápolis, Richard Torsiano foi recebido por parentes e amigos, terminando sua viagem no Santuário de São Francisco de Assis, considerado um ponto de referência para ele e para a cidade. “Todo penapolense sabe o que o Santuário representa para a cidade. Para mim, em especial representa muito a minha fé. Sou devoto de São Francisco e sempre frequentei o Santuário. Terminar minha expedição neste lugar tão especial é a minha oportunidade de agradecer a Deus por ter dado tudo certo e pela minha vida”, disse.
Richard ganhou a companhia do Diretor Técnico do Rally Sertões, Du Sachs, que o acompanhou de moto nos últimos dias, e como forma de reconhecimento pelo esforço do amigo, Torsiano foi presenteado com uma medalha oficial do Rally Sertões. “Com certeza foi uma grande alegria para mim, receber um presente como esse que representa muito,  por ser uma das competições mais difíceis e disputadas até mesmo no mundo. Esta medalha representa a minha premiação pelo meu esforço diante da Expedição Jumeca”, acrescentou.
Por fim, Richard Torsiano agradeceu ao incentivo e carinho recebido. “Tenho muito que agradecer a cada palavra de carinho, cada incentivo recebido daquelas pessoas que não me conheciam, mas que foram muito solidárias comigo durante o percurso. Agradecer aos amigos e, principalmente minha família, que sempre me apoiou, absolutamente em tudo em minha vida. Esta expedição foi uma vitória alcançada e representa uma conquista de todo nosso Brasil”, finalizou. 
Quem quiser acompanhar mais fotos e vídeos da expedição é só acessar o Instagram: @jumeca_pop110 . 

(Rafael Machi)

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